Num ensolarado domingo, 16 de agosto, os brasileiros saíram novamente às ruas para fazer ouvir as suas reclamações em face da surdez sistemática do governo petralha. Mais de 1 milhão de cidadãos desfilaram pacificamente por ruas, praças e avenidas. As mensagens dos manifestantes? Praticamente as mesmas das passeatas anteriores, dos meses de março e abril. Chega de corrupção! Chega de gastança irresponsável do dinheiro público! Chega de arrocho para o povo enquanto o governo não controla gastos! Fora Dilma! Impeachment nela! Fora PT! Chega de marxismo nos altos escalões do governo e nos demais níveis da administração pública federal! Chega de roubalheira em nome do povo! Ponto final para a imoralidade dos que mandam, alicerçada no marxismo gramsciano com a finalidade de corroer os valores da nossa sociedade!
Essas vozes de indignação foram engrossadas com as que manifestavam apoio ao juiz Sérgio Moro e às atividades investigativas do Ministério Público e da Polícia Federal. Outra voz indignada: “Lula no xilindró”. O enorme boneco que, em Brasília, reclamava isso com a legenda “13-171” fazia eco da exigência de milhões de manifestantes para que fossem levados à barra dos tribunais todos os envolvidos no escândalo do petrolão, a começar pelo chefe, Lula da Silva, que segundo as investigações da Operação Lava Jato aparece, agora, ligado aos meliantes nas gravações telefônicas feitas pelas autoridades. Em menor escala, alguns grupos exigiam intervenção militar já.
O melhor para o Brasil seria que Dilma renunciasse a um cargo para o qual jamais esteve preparada
- Insatisfação geral, protestos seletivos (artigo de Daniel Medeiros, publicado em 19 de agosto de 2015)
- A mensagem das ruas (editorial de 19 de agosto de 2015)
- As razões político-jurídicas do impeachment (artigo de Ives Gandra da Silva Martins, publicado em 18 de agosto de 2015)
- Distorce o presente quem não situa o passado (artigo de Mirian Gonçalves, publicado em 18 de agosto de 2015)
- O protesto e o confronto (editorial de 16 de agosto de 2015)
- O impeachment é do povo (artigo de Paulo Martins, publicado em 16 de agosto de 2015)
Um fato novo: o senador oposicionista Aécio Neves juntou o seu protesto contra o governo às vozes dos manifestantes em Belo Horizonte. De outro lado, foram numerosos os que, com cartazes, destacavam que os cidadãos brasileiros não se deixarão intimidar pelas ameaças totalitárias dos militantes petralhas que, do alto dos seus cargos de chefes de sindicatos filiados ao PT, ameaçam com ações armadas quem ousar protestar. A Venezuela não é aqui! Bolivarianos fora do Brasil! Em mais de 200 cidades brasileiras fizeram-se ouvir essas vozes de protesto e de rejeição ao governo petralha. Em Londrina, onde moro, os manifestantes foram calculados em 25 mil.
Qual será a resposta de Dilma aos brasileiros indignados? Ela já começou a ladainha de obviedades que nada dizem: o Brasil é um país democrático onde as pessoas podem protestar. Tudo bem: e qual será a sua resposta efetiva diante do clamor das ruas? Até agora, o máximo que tentou foi arquitetar conchavos entre quatro paredes, a fim de fazer melar a Operação Lava Jato e obstaculizar o caminho para uma livre investigação por parte do TCU sobre os gastos na gestão passada. Nessa queda de braço entre a Presidência da República e o eleitorado, certamente Dilma está perdendo a parada: a sua popularidade mal chega aos 8%, segundo as últimas pesquisas. É evidente que um governo assim deve acabar. O melhor para o Brasil seria que Dilma renunciasse a um cargo para o qual jamais esteve preparada. Mas o seu orgulho e a sua convicção ideológica afinada com o totalitarismo marxista são obstáculos para que ela chegue à solução esperada. Mais pressão virá das ruas. Os cidadãos indignados não vão se calar. Os atuais arquitetos do caos, instalados no Planalto e nos ministérios, podem estar seguros de que os dias de poder do PT estão terminando. O Brasil não tolera mais a existência de “donos do poder”.