| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
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Sejamos honestos. Se alguém merece, de forma inconteste, o título de embaixadora do Dia Mundial da Educação no Brasil, essa pessoa se chama Anitta. Afinal, em todas as escolas do país, o que temos e vemos é um grande baile funk, inspirado em traficantes, cafetões e militantes ideológicos cujo único objetivo é doutrinar crianças e formar revolucionários que prendam seus próprios pés em grilhões do Estado. A escola se tornou o lugar geométrico das nascentes de tudo que há de mais baixo e intelectualmente inferior do país.

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Não há mãe ou pai que tenha segurança em mandar seus filhos a uma escola no Brasil, sendo que o único motivo real de os ter em um ambiente tão hostil é alimentá-los e mantê-los ocupados para que os pais possam trabalhar relativamente em paz.

Raro ver qualquer criança voltar da escola citando Aristóteles ou Platão, ao passo que tem contato com qualquer coisa que a estimule a dançar até o chão, na boquinha da garrafa. Longe de aprender o português, o mínimo de matemática e a amar o conhecimento e a verdade, nossas crianças são bombardeadas pela violência, vendo ou sofrendo agressões que são comuns entre alunos, mas também aos professores, e convivem com experiências químicas das mais “educativas” como cheirar corretivos, aprender os benefícios da “ervinha verde do bem” e ocupar seu tempo com o ócio, além dos mais novos avanços tecnológicos do momento, como usar seu corpo para atrair seguidores no Instagram e ficar rico com seus dotes corporais expostos de forma animalesca, a uma turba sedenta por prazer. Anitta é nossa mais fiel e significativa embaixadora do sistema educacional brasileiro.

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O Dia Mundial da Educação foi criado em 28 de abril de 2000, em Dacar, no Senegal, com a presença de líderes de 164 países, incluindo o Brasil, no Fórum Mundial da de Educação. A iniciativa buscava fixar a “marca Educação” e firmar compromissos em conjunto para o ano de 2030. Uma farsa completa; afinal, a verdadeira questão deveria ser: qual o objetivo da educação globalizada, ou melhor, de uma educação padronizada pelos países dominantes?

Por detrás de uma pretensa e inverídica educação global, e uma falsa crise ética dos países que compõem a Unesco, deveríamos questionar em qual cosmovisão ou objetivo ela se baseia, seus princípios ideológicos e para que precisamos de uma educação internacionalmente padronizada, sendo chave perguntar: qual o objetivo de se traçar metas globais de educação? Uma crise ética ou uma necessidade ideológica? E como ela poderia despertar os dons e talentos de um brasileirinho do nosso interior, completamente desconhecido de tão grandes especialistas?

Todo o mau precedente vem ancorado em uma medida perfeitamente justificável. Nesse sentido, a preocupação com uma meta de valores e objetivos comuns realizados por esse encontro de países não tem real interesse, a não ser o domínio geopolítico e controle do sistema de poder, tendo nosso saudoso bruxo do Cosme Velho razão em profetizar que educação “democrática” seria apenas um ritual que levaria ao controle de almas.

Bingo! A educação no Brasil se tornou objeto de controle exercido pelo Estado através de uma política educacional ideológica que tem defensores como Tábata Amaral e ONGs como o Todos pela Educação, que sempre trazem modismos impulsionados pela tendência de aumento quantitativo do acesso educacional, mas raramente se debruçam seriamente sobre seus padrões de qualidade.

Isso não é à toa. A evolução da democracia para a tirania só pode ser contida por um modelo educacional de qualidade; afinal, como alertou o presidente americano James A. Garfield, apenas as bênçãos de uma educação de qualidade podem nos proteger das más decisões do sufrágio das massas iletradas.

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Por isso, a educação do governo do presidente Jair Bolsonaro tem sido tão atacada pelos membros do império educacional local. Afinal, o plano nacional de alfabetização constante do Decreto 9.765, de 11 de abril, tem por objetivo melhorar a qualidade de alfabetização, resgatando a consciência fonêmica, a instrução fônica, a fluência oral e desenvolvimento de compreensão de textos e produção escrita, resgatando várias gerações de um holocausto educacional – vejam que absurdo!

De maneira ousada, o atual governo agride frontalmente o desejo de ativistas militantes locais e de ONGs da moda, patrocinadas de forma abundante por megacapitalistas, e busca alfabetizar as crianças permitindo que elas possam ler e compreender de maneira a decidir por si, independentemente de doutrinações e imposições de pensamento moldadas por países estrangeiros, seguindo a neurociência da educação, amor à pátria e princípios cristãos. Podendo criar seu próprio caminho e construir sua personalidade.

De fato, deveríamos aproveitar o Dia Mundial da Educação para poder romper com todos os modismos educacionais que levam nossas crianças a esse analfabetismo funcional degradante, declarando nossa independência educacional, abraçando o sonho de um governo que decidiu assumir sua responsabilidade educacional de maneira a formar homens livres e pensantes, o homem magnânimo da ética aristotélica, o megalopsykhos, e escolas capazes de serem a “omnium Studior Umcivitas”, ou a sede de todos os estudos, que tenham alunos que leiam como Homero, pensem como Aristóteles e Sêneca e falem como Cícero, ao contrário de nossos mais singelos representantes educacionais e líderes da oposição.

Arthur Machado é empresário na área da educação e fundador da Associação Semeadora.