Mais uma vez, o governo, com a ajuda da grande mídia, tenta emplacar uma narrativa absolutamente absurda e mentirosa. Segundo a mais nova historinha, os atos do dia 13 de dezembro foram um grande fracasso, uma derrota para os “golpistas”, uma verdadeira demonstração da legitimidade de Dilma Rousseff.

CARREGANDO :)

Sim, menos pessoas foram às ruas. Mas, como o Movimento Brasil Livre já vinha anunciando desde o início, a ideia era de que os atos fossem apenas um aquecimento, uma sinalização de que a população voltaria às ruas e está atenta quanto ao processo de impeachment.

Acabou sendo muito mais do que isso. Segundo o Datafolha – e vejam que estou falando do Datafolha –, só na cidade de São Paulo 40,3 mil pessoas compareceram. Como eles calcularam com tanta exatidão essas 300 pessoas? Não faço ideia. Mas o número não deixa de ser expressivo.

Publicidade

Para um mero aquecimento, cujos organizadores tiveram menos de duas semanas para divulgar, está excelente. Eu mesmo não esperava tanto. O PT sabe que o evento foi expressivo. Sabe que, na comparação com qualquer uma de suas dezenas de manifestações patrocinadas com dinheiro sujo, qualquer ato pró-impeachment, incluindo o do dia 13 de dezembro, é colossal.

O maior especialista em processos de impeachment no Brasil, Fernando Collor, já deu a letra: uma vez iniciado o processo, não há como pará-lo

É a narrativa do desespero. O maior especialista em processos de impeachment no Brasil, Fernando Collor, já deu a letra: uma vez iniciado o processo, não há como pará-lo. É uma bola de neve. O PT sabe disso. E é por isso que esperneia.

O agravamento da crise econômica, as surpresas da Operação Lava Jato e o incansável e involuntário esforço do governo em agravar a crise política fazem essa bola crescer cada vez mais rápido.

Publicidade

As ruas, muito sensíveis a todas essas questões, serão o fator decisivo na votação do pedido de impeachment na Câmara dos Deputados. Sem dinheiro, sem paciência e enxergando a queda da presidente com clareza no horizonte, a população pressionará o Congresso como uma avalanche. Parlamentares que insistirem na canalhice e na burrice de defender o governo estarão enterrando suas carreiras.

Torna-se, assim, muito claro que o impeachment é questão de tempo. Nos bastidores, ministros próximos à presidente já admitem saber que o governo acabou. Os ainda aliados do PT já não enxergam mais poder em Dilma Rousseff.

A oposição que, por forte e insistente pressão popular, agora defende o impeachment com todas as letras, espera ansiosamente o dia 13 de março de 2016, quando ocorrerá a última e definitiva manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Até lá, o governo irá espernear e berrar histericamente. Continuará tentando emplacar sua narrativa, sua fantasia paralela à realidade. O governo, hoje, é como um zumbi. Não tem cérebro, não tem vida, mas continua caminhando. Cabe a nós acabarmos com a sua existência miserável.

Kim Kataguiri é coordenador nacional do Movimento Brasil Livre.