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O novo governo deve ser supervisionado com rédeas curtas

O presidente Lula (PT). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Findo o longo processo eleitoral no Brasil, o país começa a acordar do pesadelo que se seguiu após o resultado das urnas que deu vitória ao candidato Lula. O inconformismo que tomou conta da chamada direita ensejou o acampamento de milhares de brasileiros em frente aos quartéis esperando alguma ação das Forças Armadas, que pudesse deter a posse do novo governante.

Não vale a pena analisar o episódio de 8 de janeiro em Brasília com a depredação dos Palácios que sediam os Três Poderes da República. Lamentável sob todos os aspectos, há inúmeras controvérsias sobre a autoria dos atos.

É preciso manter as lideranças empresariais e todas as forças de direita em estado de alerta total. Não vamos aceitar retrocesso na legislação trabalhista e nas políticas públicas que vinham melhorando os indicadores econômicos do Brasil.

Sobra-nos o Brasil real, nossa pátria amada, com a perspectiva de ser governado pela dita esquerda, tendo à frente um presidente polêmico, que respondeu vários processos de improbidade em seus governos anteriores, tendo inclusive cumprido pena de prisão.

Penso que é preciso manter as lideranças empresariais e todas as forças de direita em estado de alerta total. Não vamos aceitar retrocesso na legislação trabalhista e tampouco nas políticas públicas que vinham melhorando os indicadores econômicos do Brasil, especialmente as medidas de austeridade fiscal, de redução da dívida pública e de controle da inflação, entre outras.

Isto, a meu ver, não se resolve com entrevistas e passeatas como muitos pensam. É preciso agir no Parlamento. O Legislativo é o único poder capaz de frear a sanha populista do novo governo, que já vem declarando que não respeitará limites orçamentários para desenvolver os seus “programas sociais”, que consistem em entregar o peixe, ao invés de ensinar a pescar.

Lembro que, apesar do desastre na eleição para o Executivo, a direita brasileira fez valer sua força elegendo uma maioria esmagadora de parlamentares que defendem o liberalismo e a economia de mercado, tanto no Senado como na Câmara.

É a estes que devemos nos reportar, cobrando posicionamento e oposição às tentativas que certamente virão, de levar o Brasil paro o rumo do desconhecido, implantando políticas testadas e reprovadas em todo o mundo.

O novo governo deve ser supervisionado com rédeas curtas, eterna vigilância, absoluto controle de contas e permanente vigilância quanto à integridade de contas e aplicação dos recursos públicos.

Isso vai exigir muito trabalho. Acho que cada um de nós que conhece um parlamentar de direita tem o dever de procurá-lo, oferecer contribuições sobre projetos e ações que possam ser desenvolvidos para coibir avanços indevidos que tenham matiz puramente ideológico.

Nesse sentido, cresce a importância de entidades como o IDL, que tem como fundamento defender a democracia e a liberdade sob os preceitos do livre mercado.

Nossa entidade pode e será um porto seguro daqueles que defendem essas bandeiras e não admitirão que o Brasil marche por caminhos tortuosos, pois todos sabemos como a história termina.

Não proponho radicalismo ou sectarismo. Tampouco imagino que devamos fazer oposição a tudo para inviabilizar o governo. Nossa vigilância terá de ser ideológica ao defender nossos princípios, mas, sobretudo, consequente, para evitar que o Brasil viva nova crise econômica que leva todos a perder, especialmente as empresas que geram postos de trabalho e o agronegócio, que tem sido o esteio das exportações e da economia brasileira.

Edson José Ramon é empresário e presidente do Instituto Democracia e Liberdade (IDL).

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