Pais, prestem atenção. Um silencioso perigo pode estar rondando a sua casa. Isso porque, com o acesso cada vez mais fácil, as crianças têm criado contas em espaços virtuais que não são permitidos para a sua faixa etária e isso as coloca em perigo. Em 2012, a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no nosso país, mostrou a exposição dos brasileirinhos no mundo virtual. Os indicadores revelaram que 70% das crianças e dos adolescentes entrevistados têm perfil próprio nas redes sociais. Entre os menores de 13 anos, 42% dos entrevistados na faixa de 9 e 10 anos e 71% daqueles com 11 ou 12 anos já fazem uso delas – lembrando que a idade mínima exigida para ter um perfil na internet é 13 anos. Por isso – o que não me causa nenhuma surpresa – grande parte altera a idade para ficar conectado.

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E parece que a tendência continua, uma vez que praticamente toda criança brasileira com idade entre 6 e 9 anos, filha de pai ou mãe que usa internet, está conectada. Além disso, mais da metade delas está no Facebook, segundo um estudo feito pela empresa de cibersegurança AVG. Esta pesquisa, baseada em 5.423 entrevistas on-line com pais em nove países além do Brasil, realizadas em dezembro do ano passado, apontou que a proporção do uso de internet por crianças brasileiras cujos pais usam a rede é de 97%; um número alto, que destoa um pouco da média dos outros países pesquisados (89%). Já em relação à presença de tais crianças no Facebook, a taxa brasileira, de 54%, é mais que o triplo da dos demais (16%).

Mas qual é o problema disso? Nas redes sociais, as crianças ficam extremamente vulneráveis. Por não saberem ainda avaliar os resultados das próprias ações, este é um ambiente em que elas se expõem demais. Mesmo sem a permissão dos pais, muitas colocam fotos e adicionam estranhos. E é neste ponto que se faz necessário bastante cuidado, pois nem sempre quem está do outro lado tem boas intenções.

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Precisamos nos lembrar de que na internet a criança e o adolescente podem ter contato com conteúdo violento, impróprio para a idade e pessoas estranhas. E isso não pode ser banalizado. Mas, como está cada vez mais difícil proibir, os pais ou responsáveis precisam dedicar uma atenção especial para aquilo que o filho está fazendo no mundo virtual e até mesmo conversar com ele sobre esses perigos, sem gerar pânico, e sim criando um laço de confiança.

É preciso dar devida atenção para os perigos, mas também temos de ter o cuidado de não achar que a internet é somente perigosa. Como tudo na vida, ela tem o lado bom e o lado ruim. Entretanto, a proteção dos nossos pequenos deve ser a nossa prioridade. Evitar situações de risco é possível; basta fazermos nossa lição de casa.

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