| Foto: Brendan Smialowski/AFP

Já se passou o tempo em que ser sustentável se restringia a não desperdiçar água ou separar o lixo. Atualmente o termo sustentabilidade está presente e pode ser aplicado nos mais diversos setores da sociedade, seja na economia, na educação, na vida pessoal ou na administração pública.

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Uma pesquisa da agência de relações públicas Cone Communication levantou que 91% dos consumidores globais esperam que as empresas busquem algo mais que apenas lucro. Ou seja, que conduzam seus negócios de maneira responsável e observando questões sociais e ambientais. Traduzindo: que as empresas sejam sustentáveis.

Mas e o que é ser sustentável na essência da palavra? Ser sustentável tem a ver com responsabilidade ambiental? Sim e não. Não necessariamente.

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Sustentabilidade é o respeito aos valores que sustentam a sua, a minha e a vida de todo mundo

Um conceito correto e amplo de sustentabilidade está associado a soluções, caminhos e planos que busquem resgatar adoções de práticas sustentáveis na vida de cada pessoa e que atinjam uma melhora comum a todos. Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela Cúpula das Nações Unidas em 2015, trazem essa atmosfera. Alguns desses pontos focam em igualdade de gênero, promoção do bem-estar e redução das desigualdades, por exemplo.

Sendo assim, é correto dizer que sustentabilidade é o respeito aos valores que sustentam a sua, a minha e a vida de todo mundo. Esses mesmos valores cabem no mundo corporativo, pois são eles também que sustentam o seu negócio. Ou seja, tem postura sustentável quem respeita esses valores.

Nossas convicções:As empresas, sua finalidade e o bem comum

E aqui entramos em um dos pontos fundamentais desta recategorização. É cada vez mais proeminente a necessidade de tomarmos decisões e atitudes que priorizem o todo. Agir com consciência, ética, espírito de coletividade e cumplicidade. Pensar em uma nova perspectiva para a vida comum, que traga equilíbrio entre as pessoas e o contexto social não é fácil, mas é o que alcança e faz sentido quando falamos da verdadeira preocupação com o próximo.

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Finalmente, quando pensamos no futuro e em como estará o mundo, a lógica se inverte. Não temos mais de pensar no mudo que vamos deixar para nossos filhos, mas pensar nos filhos que nós vamos deixar para o mundo.

Glauco Requião é diretor de Meio Ambiente da Sanepar.