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Olimpo, Olimpíada, talento e iniciativa

Recentemente, a Escola de Ballet Teatro Guaíra apresentou, como espetáculo anual da escola, Olimpo. Os que tiveram a oportunidade de assistir à apresentação, como o secretário de Estado da Cultura, sabem do que se trata. Com todas as restrições orçamentárias possíveis e imaginárias, a escola conseguiu montar um espetáculo memorável, graças ao talento de seus coreógrafos, alunos, professores, cenografistas e pessoal de apoio.

O limpo teve por pano de fundo os Jogos Olímpicos, certamente inspirado pela proximidade dos jogos do Rio de Janeiro. As coreografias fugiram de qualquer obviedade. A alusão, no primeiro ato, ao histórico dos Jogos, e, no segundo, aos esportes que lá se apresentam foi sensível e inteligente.

Nossos meios de comunicação têm por vezes encampado campanhas nobres em proveito do estado do Paraná. Seja na luta pela definição dos limites territoriais marítimos, seja quando há algum profissional paranaense ou radicado no Paraná lutando por um posto de projeção nacional. Há também uma plêiade de artistas nascidos no Paraná e que gozam de reconhecimento nacional. Pois, durante o espetáculo, não foram poucas as vozes que se manifestaram, na plateia e nos comentários, dizendo que o nível do espetáculo permite que se possa imaginar e propor: por que não utilizar Olimpo como uma belíssima demonstração do talento nacional no Rio de Janeiro, durante os jogos? Certamente não como um espetáculo que congrega todos os estudantes, mas bastaria aproveitar os solistas do primeiro ato e a maior parte das peças inteiras do segundo ato.

Por que não utilizar “Olimpo” como uma belíssima demonstração do talento nacional no Rio de Janeiro, durante os jogos?

Paranaenses natos e adquiridos poderiam se unir, primeiro com um contato com os organizadores dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, levando de preferência uma gravação do espetáculo, com força e perseverança, vencendo os entraves da burocracia e dos apadrinhamentos, propondo a apresentação do espetáculo como parte do evento de abertura ou de encerramento. Se não for possível, quem sabe algumas apresentações no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ou outra casa de espetáculo? Depois, outros paranaenses poderiam associar seus nomes em patronato para as despesas, com muito orgulho, com um sentimento de justiça e de dever cívico cumprido.

Quem viu o espetáculo e as representações ali contidas sabem do que se trata. Trata-se da oportunidade de compartilhar beleza em meio a um mundo tumultuado e maltratado. Trata-se de dar permissão ao tempo da beleza e da arte, no qual uma luta no tatame é ao mesmo tempo luta e dança, dança e luta.

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