| Foto: Google/Divulgação

Os grandes centros urbanos não param de crescer e em 2020 teremos mais de 50 bilhões de dispositivos conectados e mais de 5 bilhões de pessoas on-line. Além da inteligência artificial, robótica e drones, que também são realidade, cada vez mais a população mundial estará conectada. Só no Brasil já temos mais 110 milhões de brasileiros com acesso à internet.

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A cultura da inovação está viabilizando um ambiente colaborativo, de aprendizado contínuo e disponibilização de novos serviços. Um novo ecossistema é formado nas cidades, em suas economias, serviços e na vida das pessoas. A mudança nunca aconteceu com tanta velocidade. Algumas tecnologias utilizadas hoje terão desaparecido daqui a cinco anos. Projetos de geração de energia solar, por exemplo, eram economicamente inviáveis há alguns anos, mas hoje estão implantados em muitas residências.

Algumas tecnologias utilizadas hoje terão desaparecido daqui a cinco anos

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As cidades crescem e necessitam de novas soluções e tecnologias, que gerem inovação e tragam novas oportunidades para seus habitantes. Com essa realidade estabelecida, surge a geração de trabalhadores e consumidores conectados, em busca de serviços de qualidade com o menor custo e maior disponibilidade. Como exemplo, podemos citar a batalha com os serviços de transporte no mundo. Em pouco tempo, uma nova empresa se tornou a maior operadora global de mobilidade urbana sem ter um carro em sua frota. Velhos modelos estão tendo de se adaptar, se reinventar neste novo mundo. As mudanças não param por aí e em breve estaremos com nossas ruas cheias de veículos elétricos e autônomos.

Talvez as grandes perguntas sejam “o que fazemos que a máquina não pode fazer?” e “como podemos gerar um ambiente de inovação e extrair o máximo das tecnologias?”. Com a internet das coisas, Big Data, mobilidade e redes sociais, pode-se transformar os modelos de negócios e as experiências dos usuários. Soluções para educação, saúde, transporte e manutenção urbana são alguns exemplos de transformação das cidades que, com uso da tecnologia, possibilitam a redução de tempo, aumento de segurança e da qualidade dos serviços para as pessoas.

Estamos à frente de um grande desafio e oportunidades para cidades e pessoas. Nossa única certeza é a da mudança. Talvez ideias simples que combinem dois ou mais elementos tecnológicos possam gerar grandes revoluções e solucionar problemas. A cidade inteligente terá de ajudar a promover o processo de transformação para que as empresas continuem crescendo e gerando lucros, e as pessoas tenham um sentimento de satisfação e de desenvolvimento contínuo. É nas cidades onde vivemos que buscamos a realização de nossos sonhos.

A transformação digital está acontecendo em todas as áreas da sociedade e questões como padrões, segurança, legislação e o desenvolvimento de algoritmos capazes de analisar dados e executarem uma determinada ação são desafios deste momento. Na era cognitiva, as pessoas farão as perguntas e os computadores darão as respostas. Tudo vai ser um dispositivo: seu carro, sua roupa, o espelho. Teremos mais de 20 bilhões de aparelhos conectados e interagindo. As informações estarão em qualquer lugar, o tempo todo. Mudaremos mais nos próximos 20 anos do que mudamos nos últimos 200 anos.

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Luís Mário Luchetta, especialista em Planejamento e Marketing Empresarial, é presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).