Imagem ilustrativa.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ato de votar é muito simples e é muito fácil. Entretanto, aí está presente uma dicotomia: você pode votar certo ou poderá votar errado. Por isso defendo o voto lúcido, consciente. Caso você, eleitor ou eleitora, esteja feliz com o nosso regime democrático de governo, simplesmente votar não será suficiente para mantê-lo.

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Deixar de votar, então, nem pensar. Votos em branco ou nulos são uma demonstração não de insatisfação, mas de covardia. Parece uma afirmação muito forte? Talvez seja. Caso alguém esteja insatisfeito com um regime ou com um político deverá votar de forma adequada e conforme a sua consciência. A sua ausência poderá ser aquele voto que mudaria a história da qual você não fez parte. Você poderá se arrepender por não ter contribuído com o futuro de um município ou de um estado ou até mesmo do país. Portanto, não corra esse risco, adote o voto lúcido.

Imagine por um momento que você tem uma grande empresa, para a qual deverá escolher um diretor que, dependendo do seu desempenho profissional, poderá fazer com que a sua empresa cresça e se consolide no mercado ou poderá fazer com que ela quebre e o deixe cheio de dívidas para pagar.

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Imaginou? Pois agora saiba que o seu voto ajudará a escolher um político que será presidente da República ou governador; senador ou deputado federal que o representará no Congresso Nacional ou um deputado estadual que o representará no Legislativo Estadual.

Parece óbvio que, ao escolher alguém para ocupar um cargo de destaque na sua empresa, o candidato lhe apresente um bom currículo. Afinal, isso será uma exigência sua. Então, por que antes de selecionar o número de um candidato na urna, no dia das eleições, você não consulta previamente o currículo de cada um dos candidatos que concorrerão a qualquer cargo? Todos os cargos políticos têm importância ou não existiriam. Cada um, logicamente, com sua representatividade.

Não é correto pensar que o seu voto não fará a diferença. Ainda assim, muitos eleitores, infelizmente, pensam dessa forma. Caso todos esses votos fossem computados, será que o resultado não seria diferente? Lembre-se de que a diferença de apenas um voto pode decidir quem assumirá um determinado cargo político.

As mídias digitais provocam muita influência nas pessoas nos mais variados segmentos. Perfis com grande número de seguidores podem fazer uma pessoa mudar de ideia ou tomar uma atitude equivocada. Familiares e amigos próximos poderão exercer uma influência na sua tomada de decisão. Tudo isso é fato comprovadamente correto, mas não se deixe influenciar quando a sua tomada de decisão se referir a uma eleição para presidente da República ou para qualquer outro cargo político. Tenha senso crítico. Vote lúcido.

Nelson Pereira Castanheira é doutor em Engenharia de Produção e exerce cargo de pró-reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]