Por que Dilma é melhor para o Brasil
A tentativa de colocar em oposição PT e PSDB, o velho e o novo, é ilusória e reduz o debate a uma partida de futebol. Nós contra eles. Há, sim, uma disputa, mas de dois modelos: o social e o neoliberal.
Leia a opinião completa de Mirian Gonçalves, uma das fundadoras do PT no Paraná, vice-prefeita de Curitiba e secretária municipal do Trabalho e Emprego
Quero aqui reiterar, mais uma vez, o meu mais sincero agradecimento ao povo paranaense. De forma especial àqueles que deram seu voto de confiança em nosso trabalho, mas também a todos que participaram do processo eleitoral e, assim, contribuíram para enriquecer a nossa democracia.
O Paraná que foi às urnas no dia 5 de outubro disse sim ao diálogo e ao desenvolvimento. Enfatizou de forma inequívoca o seu apoio à ética, à transparência, à geração de empregos e à modernização da gestão pública, ao mesmo tempo em que disse um não insofismável à mentira, à intolerância e à truculência.
Quem não entendeu o recado categórico das urnas está fadado à irrelevância no confronto das ideias. E é neste terreno que continuaremos trabalhando por um país melhor e mais justo, por Aécio Neves presidente da República. Porque o Paraná é muito importante para todos nós que escolhemos esta terra para viver e ser felizes com as nossas famílias. Mas o Brasil é fundamental.
Nosso estado vive um ciclo de industrialização sem precedentes, pelo volume e extensão dos investimentos aqui realizados nos últimos anos, como comprovam todos os indicadores do IBGE, do Ipardes e do Ministério do Trabalho. Mas este processo de desenvolvimento seria ainda mais sólido se a economia nacional estivesse rodando nos trilhos do crescimento. Enquanto o Paraná amplia e diversifica a sua indústria, o Brasil sofre com a desindustrialização.
Neste ano, o PIB brasileiro deverá crescer 0,3%, índice insignificante que coroa o pífio desempenho da economia nos quatro anos de governo da presidente Dilma Rousseff. A inflação continua acima dos 6% (a inflação dos preços de alimentos é ainda mais alta), corroendo o poder de compra do trabalhador. As contas externas fecharão 2014 com déficit de US$ 80 bilhões. Os escândalos de corrupção se sucedem e agora ameaçam a saúde da maior empresa do país, a Petrobras, orgulho e patrimônio de todos os brasileiros.
A gestão petista mostrou méritos iniciais ao preservar a matriz econômica herdada do presidente Fernando Henrique Cardoso e, beneficiada pela prosperidade global, ampliou os programas de distribuição de renda. Mas não teve competência para guiar o país pelos caminhos árduos da crise que se seguiu à bonança. São vários anos seguidos de inflação alta e crescimento baixo.
Esperava-se que a presidente Dilma compensasse a inexperiência política com competência administrativa. Mas que ilusão! A gerente que aparecia na propaganda petista revelou-se um engodo. O desastre no setor de energia é a fotografia mais nítida de sua gestão, marcada por um intervencionismo obtuso que quebrou a confiança dos investidores, e pelo mais avassalador aparelhamento partidário do Estado que já se viu na República. Aqui, sofremos com a estagnação econômica agravada pela odiosa discriminação imposta ao Paraná, um dos primeiros estados em arrecadação e dos últimos a receber repasses e investimentos federais.
Paranaenses e brasileiros têm, em 26 de outubro, a extraordinária oportunidade de romper o círculo vicioso em que se transformou o governo do PT. Aécio Neves tem a têmpera, o talento e o dinamismo exigidos pelo momento: é o nome da mudança. É o único candidato com os atributos e virtudes para vencer os imensos desafios que travam o desenvolvimento nacional.
Beto Richa é governador reeleito do Paraná.
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