Curitiba é hoje um dos melhores destinos turísticos do país; prova disto foi a grande procura por ingressos para os jogos na cidade, que ficou atrás apenas de São Paulo (abertura) e Rio de Janeiro (encerramento), segundo a Fifa. Devido à grande procura por parte dos turistas, a Match (Fifa) reservou 13 mil leitos na rede hoteleira local, e a não realização dos jogos na cidade implicaria enorme prejuízo para as empresas do setor hoteleiro, bem como em outras áreas, como bares, restaurantes e o comércio em geral. O Paraná teve 74 hotéis classificados para receber turistas na Copa, e que Curitiba tem 49 hotéis na lista; Foz do Iguaçu, 13; e a Região Metropolitana de Curitiba, cinco.
O Paraná teve sete centros de treinamento (CTs) incluídos no Catálogo Oficial da Fifa. A Espanha escolheu concentrar-se em Curitiba (CT do Caju), e a Coreia do Sul ficará em Foz. Como campos oficiais de treinamento (COTs), local de treino para as seleções que jogarão em Curitiba, a Fifa escolheu três locais: o Couto Pereira (do Coritiba), o J. Malucelli e o CT Barcelos (reserva). Com relação à Arena da Baixada, palco da Copa no Paraná, é o estádio com menor custo (R$ 330 milhões) dentre os que sediarão jogos da Copa. Os recursos repassados através da Fomento Paraná ao Clube Atlético Paranaense são empréstimos contratados com as devidas garantias legais.
Apesar da sede ser Curitiba, a Copa envolve também diversas cidades do interior. O Paraná oferece muitos destinos turísticos, que certamente terão grande procura. E alguns municípios se destacam na confecção de produtos oficiais para a Copa. A empresa Boneleska, de Apucarana, conquistou o direito de produzir os bonés com a marca da Copa, e a Cooperativa dos Produtores de Artesanatos de Seda (Copraseda), de Nova Esperança, confecciona cachecóis de seda para o mundial. Até agora, os preparativos para a Copa renderam R$ 281 milhões em negócios para micro e pequenas empresas, de acordo com o Sebrae.
A escolha de Curitiba para a Copa trouxe um grande volume de investimentos nas áreas de turismo, educação, infraestrutura, saúde e, principalmente, mobilidade urbana. Muitas empresas, em virtude da Copa, também aumentaram seus investimentos e se programaram para o aumento da demanda de turistas. Várias ações foram feitas não só para a Copa, mas que ficarão como legado após o megaevento, como as obras realizadas pela Infraero nos aeroportos Afonso Pena (com investimentos de R$ 350 milhões), Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina; um novo Centro Integrado de Comando e Controle, que integra órgãos responsáveis pela segurança, dois caminhões de alta tecnologia cedidos pelo Ministério da Justiça (cada um custando R$ 5 milhões e que ficarão para a Polícia Militar após a Copa); as obras de mobilidade urbana (PAC da Copa), que incluem sete projetos, entregues até maio de 2014; além de outras ações ligadas diretamente à preparação para a Copa. Sem falar da ampliação do turismo interno, da geração de empregos e impostos e do fortalecimento do orgulho cívico.
Outro grande legado é a capacitação profissional: já foram qualificados mais de 30 mil trabalhadores em diversas áreas, com noções básicas de inglês e espanhol, e cursos de bem receber o turista. Há ações em parceria com Sebrae, Senac, Abrasel, Abih, Sindihotéis, Senasp, Pronatec, Facop e outras entidades.
A Copa do Mundo será transmitida para mais de 200 países, com público estimado em 4 bilhões de espectadores. Curitiba, que sempre foi uma cidade conhecida internacionalmente, acima de tudo pela infraestrutura e transporte coletivo, como polo industrial e também por ser considerada a segunda capital brasileira em arborização e qualidade de vida, certamente ganhará uma visibilidade ainda maior. Além disso, Curitiba será palco de um jogo da Espanha, atual campeã do mundo, e da Rússia, próxima anfitriã da Copa, em 2018. A mídia internacional estará com foco no evento, ampliando a divulgação da cidade-sede.
Curitiba está pronta para receber a Copa!
Mario Celso Cunha é coordenador-geral da Copa do Mundo 2014 no Paraná.
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