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| Foto: Yuri Cortez/AFP

Não importa quando, hoje ou no passado, as fronteiras sempre foram difíceis de controlar. No Brasil, o Barão do Rio Branco foi um dos grandes artífices da manutenção das fronteiras que fazem de nossas terras um país continental. Novamente, após muitas décadas, um conflito fronteiriço está próximo de explodir, aumentando a tensão existente entre Brasil e Venezuela.

A crise vivida pelos nossos vizinhos, dramática pelo sofrimento humano que está levando a uma possível explosão fronteiriça, pode se transformar em um choque de natureza militar. A militarização imposta pela Venezuela deixa cada vez mais possível um embate com forças militares brasileiras.

Após muitas décadas, um conflito fronteiriço está próximo de explodir

Isto demonstra o quanto é importante a democracia, que um país pode ter e perder por “caudilhismos” surgidos por meio de políticas populistas – que de populares não têm nada, pois a população está sofrendo na miséria, no mesmo nível das que sofreram alguns países na 2.ª Guerra Mundial.

O mundo parece que tem mudado pela velocidade da informação, mas por outro lado há as misérias humanas que governantes autoimpostos se dão ao luxo de continuar fazendo, com intuito de “ter o poder sem importar os meios”. Isso mostra que é necessário adotar iniciativas consistentes e fortes para terminar com essas atitudes.

Opinião da Gazeta: Maduro quer ver seu povo passando fome (editorial de 22 de fevereiro de 2019)

Leia também: Poder suave: a influência de Cuba sobre o regime venezuelano (artigo de Jorge C. Carrasco, publicado em 24 de fevereiro de 2019)

A colaboração internacional, que visa neutralizar este tipo de ação antidemocrática, antiética e antipopular, está permitindo que o povo venezuelano possa ter ainda esperança de mudar esta situação catastrófica, seja militarmente ou pela desidratação do regime antidemocrático da Venezuela.

Esperamos que o resultado final seja a derrota das fronteiras militares impostas pela Venezuela, possibilitando a entrada da ajuda humanitária urgente e necessária para dar dignidade ao povo, e finalmente, o retiro da atual liderança venezuelana para uma “Ilha de Elba”, para meditar a derrota imposta, como fez Napoleão. Lógico, sem querer comparar o “personagem” atual com o grande estrategista e estadista francês.

Rene Berardi é doutor em sociologia e atua como professor do Isae Escola de Negócios.
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