No momento atual, a situação do Brasil e do mundo requer a união de esforços para a solução dos problemas sociais. Nosso país é um dos campeões em desigualdades sociais. O governo, sozinho, não conseguirá resolver todos os problemas. Portanto, a participação das empresas nesse setor torna-se relevante. É preciso ressaltar que o papel da empresa, hoje, pode ir além da geração de empregos e do pagamento de impostos.
As corporações possuem recursos humanos e expertise, que possibilitam que elas façam uma contribuição efetiva para transformar a comunidade onde estão instaladas nos campos das mais diversas áreas, entre elas educação, saúde e cultura. Não podemos descartar a importância do voluntariado assistencial, em especial em momento de situações emergenciais da população. Porém, diferentemente de períodos anteriores, é importante que as empresas se organizem para transcender questões paternalistas, trazendo metodologias com foco em resultados e planejamento estratégico, garantindo assim resultados concretos para a comunidade, evoluindo do auxílio pontual para priorizar ações mais transformadoras. E o ponto crucial para o sucesso do serviço de voluntariado passa pelo colaborador. A empresa precisa ter ações de mobilização junto aos funcionários. Para despertar o interesse da equipe, essas ações devem ser feitas de forma estruturada, para que o profissional sinta que terá todo o apoio necessário para mergulhar nessa nova realidade.
O colaborador pode deixar uma herança de profundas transformações na comunidade
A partir do momento que a empresa dá a largada para investir no projeto de voluntariado, cabe a ela pavimentar o caminho para chegar à comunidade. Deve-se levar em conta que o trabalho junto a organizações sociais deve ser marcado pela gestão participativa. O primeiro passo é o estabelecimento do diálogo para o real entendimento das carências e prioridades, e de que forma o colaborador poderá atuar para que a ação seja efetiva e o projeto social implantado. Os benefícios para o colaborador que está no trabalho de campo são inúmeros, diante do contato com novas pessoas e ideias. Ele terá a capacidade de desenvolver novas habilidades, como trabalho em equipe, lidar com o diferente, ampliar a resiliência, despertar a consciência social e a doação de seu tempo em prol da melhoria de uma comunidade. Na prática, ele sente que exerce o verdadeiro papel de cidadão, que sai de sua zona de conforto para se destacar numa função proativa na sociedade em que vive.
Dependendo do projeto social em que estiver envolvido, o colaborador pode deixar uma herança de profundas transformações na comunidade. Esse trabalho é chamado de voluntariado transformador, responsável por deixar um legado que colabora na transformação de indivíduos, de comunidades e de organizações sociais, capaz de superar o assistencialismo puro, ensinando o indivíduo a pescar no lugar de dar o peixe. É uma linha de ação que trabalha no empoderamento das pessoas, potencializando as habilidades para que elas tomem suas próprias decisões no futuro. A tendência é que o voluntariado transformador seja um voluntariado a ser seguido daqui para frente nas empresas. O grande sonho é que ele passe a fazer parte do hábito do cidadão no Brasil. O país está aquém no número de voluntários para causas mais estratégicas e uma mudança na cultura pode fazer com que o serviço de voluntariado transformador ganhe mais espaço para colaborar na diminuição das desigualdades sociais que tanto marcam nossa sociedade.
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens