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Prova Curitiba: caminhos do processo avaliativo numa cidade educadora

Retomada das aulas ocorre em diferentes momentos nos estados. Imagens ilustrativas. (Foto: SEED/PR)

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A rede municipal de ensino de Curitiba entende o processo avaliativo como constitutivo da organização do trabalho pedagógico numa perspectiva formativa e diagnóstica. Qual a importância deste diagnóstico? Levantar informações que permitam às escolas traçar novos planos de trabalho, redimensionar ações e fortalecer as boas práticas.

Para acompanhar a aprendizagem de nossos estudantes, a rede municipal de ensino dispõe de uma avaliação diagnóstica específica, a Prova Curitiba, que está em sua terceira edição e expressa a essência de um olhar sensível para a aprendizagem de nossos estudantes. Este instrumento é organizado a partir da base curricular que orienta o planejamento docente; sua construção é fruto do trabalho de comissões técnico-pedagógicas que atuam na SME, nas áreas de Matemática, Língua Portuguesa (com produção textual) e Ciências.

Nossos estudantes do segundo ao nono ano do ensino fundamental estão participando desta importante atividade avaliativa diagnóstica no período de 16 a 27 de agosto. A organização destas semanas respeita as condições do protocolo sanitário e garante que os alunos participem com segurança desta iniciativa, para observar seus avanços na aprendizagem, assim como identificar aspectos que precisam ser redimensionados e replanejados.

Entendemos que distintas oportunidades de aprendizagem devem ser garantidas aos estudantes processualmente, tendo como princípio o seu percurso de aprendizagem, ou seja, cada estudante necessita ser diagnosticado para que se compreenda o que já sabe, como aprendeu e o que pode ser feito para que amplie o seu conhecimento. O princípio avaliativo, o qual decorre do processo de ensino e aprendizagem, respeita as aprendizagens conquistadas pelos sujeitos aprendentes e compreende que sua evolução decorre da ampliação do que já se sabe.

Ao acompanhar a realização da atividade nesta primeira semana, observou-se a qualidade com que todas as fases ocorrem: desde o planejamento do instrumento, distribuição, organização dos espaços, aplicação da Prova Curitiba, sem contar os desdobramentos pedagógicos após a avaliação, que envolvem correções, sistematização dos dados (resultados), estudo dos mesmos e planos de ação e melhorias com estratégias específicas.

Enaltecemos o cuidado com que todas as unidades educacionais vêm trabalhando neste processo de maneira acolhedora, garantindo as ações de segurança sanitária e organizando horários alternativos para que mesmo os estudantes cujos familiares optaram pela manutenção do ensino remoto possam vir à escola e participar desse processo avaliativo que consiste em ação de larga escala.

O processo, na sua totalidade, expressa o comprometimento do trabalho pedagógico das unidades, núcleos e Secretaria Municipal de Educação, na efetivação de uma proposta consolidada que defende a avaliação escolar como promoção humana e emancipatória, como o caminho para a inclusão e a garantia do direito à aprendizagem.

Maria Sílvia Bacila é secretária municipal de Educação de Curitiba. Simone Zampier é diretora do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação.

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