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A cada dia que passa a gente vai descobrindo que está envelhecendo. Mas lembro bem quando ainda criança, no interior do Pará, que, na Escola Irmã Ivone, todos os dias, antes das aulas, saudávamos a Bandeira e cantávamos o Hino Nacional.
Lembro de aos 18 anos haver prometido defender a minha pátria, jurando isso perante uma Bandeja Nacional, hasteada em frente a um batalhão do Exército Brasileiro. Lembro de quando como policial militar, cantei todos os dias, ao raiar da alvorada e a plenos pulmões, que "primeiro você sonha um sonho intenso" depois você "vive um amor eterno". Lembro de como advogado, ter jurado defender a Constituição da República Federativa do Brasil.
São muitas juras de amor, eu sei. E é esse amor pela minha nação que me faz ser apaixonado e lutar pelo país onde nasci, cresci, tenho trabalhado e onde provavelmente verei meus filhos crescerem. Infelizmente, muitos brasileiros hoje não possuem esse sentimento de patriotismo, não sabem cantar o Hino Nacional, não têm orgulho do próprio país, ou respeitam a luta de homens como Tiradentes, que deram suas vidas para que hoje pudéssemos ser um país livre.
No último dia 2 de outubro, milhões de brasileiros foram às urnas e escolheram seus representantes políticos pelos próximos 4 anos. Como consequência disso, elegemos o Congresso mais conservador da história da República.
Hoje, 30 de outubro, os brasileiros irão às urnas escolher o seu representante político do Executivo federal, e eu sempre parto do pressuposto que nenhum eleitor (seja mais de esquerda ou de direita, mais conservador ou revolucionário) deseja o mal para o seu país. Assim, oro a Deus para que nos dê sabedoria para escolhermos bem, sabendo que Ele está no controle de todas as coisas, e que tudo coopera para o bem daqueles que O amam.
No último dia 7 de setembro comemoramos os 200 anos da primeira independência, nos livrando do jugo da coroa portuguesa. Espero que neste domingo nos livremos do jugo do mau-caratismo, dos privilégios, do jeitinho brasileiro. Espero que nos livremos de um Estado inchado, das manobras políticas e da corrupção, de uma vez por todas.
Que seja a nossa segunda independência!
Ezequiel Silveira, advogado e professor, é líder da temática de Direitos Humanos do Grupo de estudos Constitucionais e Legislativos do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR).