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Quem foi Rose Wilder Lane, a pioneira da liberdade educacional

Lane criticava todos os programas governamentais que sentia que tiravam o poder do indivíduo e davam mais poder ao Estado, como a educação compulsória.
Lane criticava todos os programas governamentais que sentia que tiravam o poder do indivíduo e davam mais poder ao Estado, como a educação compulsória. (Foto: Reprodução)

Minha filha de oito anos, Abby, começou recentemente a ler Little House in the Big Woods [Pequena casa no grande bosque], de Laura Ingalls Wilder. Isso foi motivado, em parte, por assistir a episódios da televisão de Os Pioneiros com sua tia-avó. Por coincidência, recentemente tenho lido mais sobre algumas das mulheres-chave da história que promoveram os ideais de liberdade individual, governo limitado, não coerção e cooperação voluntária através do comércio. Rose Wilder Lane é uma dessas mulheres. Ela nasceu em 5 de dezembro de 1886.

A liberdade deve sempre superar a coerção

Filha de Laura Ingalls Wilder e Almanzo Wilder, a bebê Rose é a criança da qual muitos nos lembramos no nono livro de Little House, The First Four Years. Aqueles anos de crescimento nas pradarias talvez tenham instilado em Lane um senso de áspero individualismo e autoconfiança que acabaram sendo encontrados em seus escritos ao longo do século XX. No final dos anos 1920, ela era uma das escritoras mais bem pagas dos EUA. Ela se tornou uma franca crítica do New Deal de Roosevelt, da Previdência Social e outros programas do governo que ela sentiu que deixavam os indivíduos sem poder e que deram maior autoridade ao Estado.

Em seu livro de 1943, The Discovery of Freedom [A descoberta da liberdade], Lane faz uma defesa convincente da liberdade individual e da limitação do poder do governo. Ela traça as raízes da coação em muitas áreas da vida, incluindo educação, e explica por que a liberdade deve sempre superar a coerção:

A escola nos Estados Unidos agora é obrigatória, compelida pela polícia e controlada pelo Estado (isto é, pelos políticos em exercício) e paga por meio de impostos obrigatórios. O resultado inevitável é adiar o crescimento da criança; ela passa da autoridade de seus pais para a autoridade da polícia. Ela não tem controle de seu tempo e nenhuma responsabilidade sobre seu uso até os dezesseis anos de idade. Sua situação atual não exige que ela desenvolva autoconfiança, autodisciplina e responsabilidade; isto é, ela não tem nenhuma experiência real de liberdade em sua juventude (pp. 259-260).

Lanes continua e diz que esse tipo de educação, importada da Prússia pelos reformadores da educação do século XIX, “é ideal para o Estado alemão, de cujos assuntos não se espera jamais o conhecimento da liberdade”, mas “não é a melhor preparação para herdar a liderança da Revolução Mundial pela liberdade” (p. 260). Ela lamenta a “substituição da antiga educação gratuita norte-americana pela educação obrigatória do Estado”, dizendo que anteriormente “as crianças americanas frequentavam a escola porque queria ir ou porque seus pais as enviavam”, não porque uso era uma ordem para os pais sob ameaça de punição legal (p. 258).

Enquanto Abby estuda a série Little House (que Lane foi fundamental para ajudar a criar para catalogar as experiências de seus pais), aprendo ao lado de minha filha, fascinada pela vida e pelas obras da bebê Rose, que esta cresceria para se tornar uma pioneira da liberdade.

Kerry McDonald é fellow sênior de Educação da FEE e autora de “Unschooled: Raising Curious, Well-Educated Children Outside the Conventional Classroom (Chicago Review Press, 2019)”. 

© 2019 FFE. Publicado com permissão. Original em inglês.

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