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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, quer a autonomia financeira da instituição. O PT é contra
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.| Foto: Kelly Fersan/MF

Com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 19 e 20 de março de 2024, crescem as expectativas sobre os rumos que a taxa Selic tomará. Atualmente fixada em 11,25% ao ano, desde a última reunião em 31 de janeiro, quando foi reduzida em 0,5 ponto percentual, a Selic continua sendo a bússola para os demais juros da economia brasileira.

Esse instrumento, primordial na política econômica do país, serve como a principal ferramenta do Banco Central (BC) para controlar a inflação, impactando toda a economia. Seu ajuste pode tanto estimular o consumo e investimentos, ao reduzi-la, quanto conter a inflação, ao elevá-la, equilibrando a atividade econômica.

A reunião do Copom é sempre um momento de intensa análise e discussão, em que membros da diretoria colegiada do BC, chefes de determinados departamentos e, sobretudo, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, que tem voto de minerva em caso de empate, decidirão se há necessidade de ajuste na taxa Selic. Essa decisão é crucial não só para o controle inflacionário, mas também para sinalizar o caminho da política econômica do país.

O Boletim Focus, publicação do Banco Central que agrega as expectativas de mercado, projeta que a Selic terminará o ano de 2024 em 9%. Tal expectativa reflete a confiança do mercado na capacidade do Copom de manter a inflação sob controle, ao mesmo tempo em que incentiva a retomada do crescimento econômico.

A reunião de março será particularmente significativa, uma vez que ocorre em um momento de cautela e expectativa sobre a recuperação econômica do Brasil. A decisão sobre a Selic impactará diretamente na atividade econômica, influenciando desde a concessão de crédito até os investimentos e o consumo das famílias.

Dada a importância da taxa Selic como referencial para os juros da economia, sua definição envolve uma análise cuidadosa das condições econômicas atuais e futuras. A redução da taxa em janeiro já foi um sinal de que o Copom está atento às necessidades de estímulo à economia, mas sem perder de vista o controle da inflação.

A reunião será um marco na definição das políticas econômicas para 2024. Com uma projeção otimista para o fechamento da Selic, o mercado se mantém atento às sinalizações do Banco Central. A decisão do Copom, seja por manter, reduzir ou aumentar a Selic, refletirá o compromisso do órgão em equilibrar crescimento econômico sustentável com o controle da inflação, desafiando os membros do comitê a ponderar meticulosamente sobre o melhor caminho a seguir para a economia brasileira.

Hugo Garbe, Professor Doutor de Ciências Econômicas do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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