Vivemos no Brasil uma época de dificuldades de ordem econômica, política e social em função de problemas estruturais que há décadas requerem reformas profundas para ajustar o país à nova realidade de um mundo competitivo e globalizado. São medidas que passam, prioritariamente, por novas maneiras de pensar e agir na educação, na ética e na gestão pública e privada.
Os países desenvolvidos têm cultura que valoriza a ética e o combate à corrupção com efetividade. Da mesma forma, possuem planos estratégicos que produzem resultados práticos na educação para as suas sociedades. Os gestores públicos, nesses países, seguem com rigor e austeridade a administração dos recursos colocados à disposição, segundo planos de nação bem estruturados em longo prazo. Na gestão de empresas privadas, a preocupação pela sustentabilidade é pauta permanente, permeando suas ações nos campos econômico, ambiental e social. Esta nova visão de olhar e de gerir os negócios inspirou organismos internacionais a fundar, em 1997, o Global Reporting Initiative (GRI), com sede na cidade de Amsterdã (Holanda), responsável pela edição e aprimoramento de um guia das melhores práticas de gestão para sustentabilidade das empresas e de seus negócios, em suas dimensões econômica, social e ambiental.
Os países desenvolvidos têm cultura que valoriza a ética e o combate à corrupção com efetividade
O GRI estabeleceu, em 2007, o Brasil como um dos pontos focais. Hoje, 88 das 100 maiores empresas nacionais seguem este guia e editam seus Relatórios de Sustentabilidade anualmente. Entretanto, as diretrizes contidas nesse valioso conteúdo de gestão servem para empresas de qualquer porte, desde micro, pequenas, médias e grandes empresas. Atualmente, o guia é aplicado em mais de 70 países.
Entendemos que a prática das ações materializadas no GRI e mapeadas dentro do universo de cada organização é um bom caminho para a rentabilização e perenização das empresas, pavimentando um futuro mais seguro e menos vulnerável às crises das mais variadas naturezas. Trata-se de um percurso longo, de avanços progressivos, mas no qual vale a pena investir, porque os bons frutos da sustentabilidade virão, tanto para as organizações como para toda a sociedade.
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