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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O cidadão digital exige, cada vez mais, que as empresas aprimorem seus serviços, o que inclui o transporte urbano. Neste quesito, o conceito de mobilidade urbana deve ser adaptado à economia digital, trazendo às cidades modernas uma infraestrutura alinhada às demandas e necessidades de seus habitantes.

Para tornar realidade essa mudança, é preciso reduzir os tempos de viagem, minimizar os custos e integrar diferentes meios de transporte e de pagamento. Isso somente é possível com a adoção de sistemas integrados de pagamento, soluções eficientes de gerenciamento de frota e plataformas de última geração que ofereçam informações ao usuário.

O conceito de mobilidade urbana deve ser adaptado à economia digital

Quando falamos em sistema integrado de pagamento, a proposta é utilizar uma cobertura ampla de rede comercial de carga – pontos de vendas e máquinas de autoatendimento. É fundamental expandir o sistema para que ele possa ser pago com cartões de crédito ou débito e também com novas tecnologias, utilizando dispositivos inteligentes (smartphones, wearables) e aplicativos de pagamento, que não exigem uma rede de recarga física e específica, facilitando a vida do usuário, oferecendo conveniência e maior cobertura à rede de transporte.

Para permitir o uso desses meios de pagamento, é preciso ter um sistema de processamento robusto e uma plataforma tecnológica e de segurança da informação sólida, que transmitam ao sistema central todas as informações sobre a viagem e a tarifa paga, de acordo com o registro das transações realizadas. Além disso, o provedor de tecnologia deve ser capaz de realizar a compensação de transações, que consiste nas validações de todas as passagens pagantes e as que têm benefícios parciais ou totais, assim como a distribuição da cobrança para os múltiplos operadores, de acordo com os contratos estabelecidos.

Leia também: Automóvel: amigo ou vilão da mobilidade urbana? (artigo de Roberto Cerdeira, publicado em 6 de abril de 2017)

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Todos esses sistemas, por sua vez, exigem uma série de elementos que incluem infraestrutura ad hoc e software especializado: validadores, zonas pagas, totens e terminais de recarga e autosserviço, cartões, ferramentas de software, servidores, bases de dados, data warehouses, antenas, sensores e equipamentos de inspeção, entre outros. Tudo isso com serviços de suporte e manutenção especializados. Em paralelo, deve haver progressos na concepção e implementação de soluções inovadoras para controlar a evasão, tais como o mapeamento eficiente e autossustentável de “zonas de pagamento” .

Os provedores de tecnologia que têm trabalhado intensamente nessa evolução estão constantemente testando soluções alinhadas com os novos requisitos dos usuários e às novas ferramentas digitais que estão surgindo. O foco é aplicar diferentes elementos que proporcionem um melhor serviço para o usuário, o centro de qualquer sistema de transporte moderno.

Anderson Benino é business development manager de Transportes da Sonda, companhia que mantém um centro de competência no Chile para a aplicação de projetos digitais de mobilidade urbana.
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