| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Como é da tradição adotada há anos pela Associação Comercial do Paraná (ACP), os candidatos ao cargo de prefeito de Curitiba foram convidados a expor e debater suas propostas de governo para a cidade no quadriênio 2017-2020 com diretores, conselheiros e associados. A entidade entregou a todos os pleiteantes à prefeitura uma cópia do documento “A Curitiba que Queremos”, no qual revela o conjunto de suas sugestões e posições em relação à administração municipal. Trata-se da visão resultante de uma série de estudos e análises da viabilidade e execução de projetos alinhados aos temas preferenciais levantados pelos integrantes do Conselho Político da ACP, Movimento Pró-Paraná, Instituto dos Advogados do Paraná e Instituto Democracia e Liberdade (IDL), que em diversos aspectos estabelecem nexos próximos às intenções propriamente ditas dos candidatos.

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Em síntese, o documento adverte o futuro mandatário para a problemática das pessoas em situação de vulnerabilidade (os moradores de rua), vandalismo, pichação, assaltos, roubos, vigilância insuficiente, prédios inacabados, ausência de banheiros e estacionamentos públicos, número excessivo de ambulantes no Centro e outras situações que abalaram visivelmente o status internacional de Curitiba como célula experimental de bem-sucedidas soluções urbanísticas, de mobilidade e distribuição espacial da população.

Existem ferramentas para recuperar a imagem de cidade-modelo que Curitiba já ostentou com orgulho

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Um dos aspectos mais citados é a necessidade da redução da burocracia para a melhoria do atendimento dos munícipes, bem como o aprimoramento do sistema de comunicação dos serviços da prefeitura à população. A flexibilização dos horários de funcionamento do comércio, tendo em vista a mudança de hábitos de consumo e as necessidades imprevistas, é também uma discussão reiterada no âmbito do sistema de varejo.

Sabem todos que grande parte das edificações e, mais grave, o patrimônio histórico-cultural sofrem pesadamente com os desgastes e decadência do material, deslustrando um referencial arquitetônico admirado em todo o mundo. Um amplo projeto de restauração, bem como a implantação de soluções urbanísticas inovadoras na região central, especialmente na Rua das Flores, verdadeiro centro vivo da cidade, foi também reclamado pela ACP e seus parceiros a todos os candidatos.

Mobilidade urbana, com a melhoria da pavimentação, acessos, calçadas, ciclovias, rampas e faixas elevadas também foram objeto da atenção do setor produtivo, que não deixou de mostrar preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade.

Humanização do atendimento feito pelo SUS, mais profissionais de saúde, agendamento eletrônico de consultas na rede municipal e a ampliação do fornecimento gratuito de medicamentos foram itens considerados primordiais, bem como a adoção de um sistema educacional que fomente a atenção dos alunos e evite a evasão, além de assegurar o aperfeiçoamento profissional dos professores.

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O empreendedorismo incentivado por agências de fomento, centros de inovação e incubação, propiciando a abertura de negócios digitais na área do entretenimento, por exemplo, ao lado das parcerias público-privadas, atração de novos investimentos e programas de apoio ao desenvolvimento do turismo, na visão do empresariado do comércio e serviços, oferecem ferramentas apropriadas para a gradativa recuperação da imagem de cidade-modelo que Curitiba já ostentou com orgulho.

Nossa missão é oferecer ao associado e aos cidadãos curitibanos todas as condições de uma escolha consciente e democrática. Por isso, vote bem.

Antonio Miguel Espolador Neto, empresário, é presidente da Associação Comercial do Paraná.