Uso de tecnologias atestam a qualidade do ensino presencial e a distância.| Foto: Shutterstock
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O Ministério da Educação apresenta atualmente duas modalidades de ensino na educação superior: presencial e a distância. A modalidade a distância é conceituada como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.

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As características e condução de um curso superior são regidas por meio das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), onde constam as normas para o seu planejamento. Com base nas legislações educacionais, as instituições de ensino superior (IES) atrelam a tecnologia para a oferta dos seus cursos de graduação, trazendo, assim, inovações para o ensino.

Considerando que hoje temos somente as duas modalidades de ensino (presencial ou a distância), as IES optaram por oferecer cursos a distância com o objetivo de levar educação de qualidade a uma parcela da sociedade desprovida, em muitos municípios, do acesso a rede de ensino superior e sem condições financeiras de estudar e morar em grandes centros, onde localizam-se as instituições públicas. É uma maneira de grande parte da população ter a possibilidade de ingressar no curso superior, para melhorar a sua qualidade de vida e da família, e realizar um sonho.

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Na área da saúde, é notório que o mercado vive uma crise de falta de profissionais, sejam médicos, enfermeiros ou técnicos em enfermagem. Em muitas regiões do território brasileiro não há o quantitativo mínimo de profissionais de saúde recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que gera uma defasagem na assistência e compromete os princípios do Sistema Único de Saúde.

A oferta dos cursos na área da saúde por meio da modalidade a distância segue todos os padrões para a realização de aulas práticas presenciais em laboratórios, espaços ou cenários de saúde, e estágios supervisionados, conforme a característica de cada curso, não interferindo em hipótese alguma na interação entre alunos, docentes, equipe multidisciplinar em todos os níveis de atenção à saúde.

Como docente, sempre acreditei no avanço do ensino; o aluno não precisa estar presencialmente para apreender os conteúdos teóricos, pois em muitas situações o aluno está “de corpo presente” em sala de aula, durante longas horas, e acaba nem prestando atenção às explicações do professor. Já no ensino a distância ele consegue ter autonomia para fazer os seus horários de estudo da parte teórica, pois tem flexibilidade e ainda interage on-line com docentes e colegas. E tem, nos momentos presenciais, as oportunidades que necessita para o desenvolvimento de competências e habilidades práticas, pois o enfoque nos cursos a distância ocorre para a parte prática. Dessa forma os futuros profissionais têm o desenvolvimento da sua capacidade técnica para o exercício profissional, com mais recursos do que em muitas instituições públicas.

Em muitos casos, o curso a distância tem maior carga horária prática que os próprios cursos presenciais. Assim, os cursos na área da saúde que são ofertados na modalidade a distância utilizam a metodologia de ensino “semipresencial”.

A pandemia nos trouxe uma realidade que quebra os preconceitos que tínhamos com a educação a distância. Hoje, está mais que comprovado que a educação a distância com a metodologia semipresencial, administrada por instituições sérias e com qualidade comprovada, funciona e forma excelentes profissionais.

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Cristiano Caveião é enfermeiro, doutor em Enfermagem e diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.