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Nunca antes na história desse país, ou melhor, nunca antes nos meus 30 anos de existência pude acompanhar uma situação tão falida como esta. Ao voltarmos a outubro de 2014, vamos ver uma situação tão bela: não há chance de apagão! Não faltará água! Temos dinheiro! Os impostos não vão subir! Mero engano. Hoje temos uma situação de colapso em nível federal, em que o Poder Executivo está nas mãos do Legislativo. Estamos diante da maior roubalheira da história já conhecida. Quase 1 milhão de crianças e adolescentes ficaram sem aula por 29 dias no estado do Paraná. Temos uma Assembleia Legislativa que funciona como trator do governador. Ops – não existe mais o trator, a comissão geral? Entendo, mas lembre-se de que, em 2018, alguém dirá que foi o pai dessa “conquista”.

Só poderemos avançar como nação se realmente levarmos a sério a questão educacional no Brasil. As pessoas devem ler mais, estudar mais, se informar mais e de diversas fontes e maneiras

Estamos vivendo num descontrole, em que poucos conseguem enxergar as raízes do problema. Tal qual a nossa cultura, nós vamos tratar os sintomas e não a causa da doença. E a causa da doença é o pensar social coletivo, no qual não há espaço para reflexão. Somos imediatistas e não conseguimos ao menos prever que estamos diante de um grande buraco. Vejo muito movimento digital e nenhuma prática real. Não vejo as pessoas se mobilizando para juntos encontrarmos uma solução. Vejo muita manipulação e desinformações. Vejo um caminho individualista imperando ante um caminho coletivo. Vejo uma pátria perdida dentro dela mesma. É engraçado: ao mesmo tempo em que há um aparente movimento social de mudança (ao menos no Facebook), há uma miopia. Eu explico: é como se estivéssemos vendo a solução diante do espelho, mas estamos nos negando a acreditar naquilo que vemos.

Dentro de todos os acontecimentos que nos saltam diante dos olhos, ao menos eu visualizo uma possível trilha de resquício de mudança. E esse trilho se chama educação. Só poderemos avançar como nação se realmente levarmos a sério a questão educacional no Brasil. As pessoas devem ler mais, estudar mais, se informar mais e de diversas fontes e maneiras. Não vejo arma melhor que o conhecimento para enfrentarmos essa crise que está instalada no município, no estado e na nação. Então, busquemos o conhecimento, para afrontarmos esses fatos caóticos e apreender algo com essa situação para não errar no futuro. Uma sociedade sem conhecimento não é sociedade, é apenas um punhado de pessoas.

Elizeu Barroso Alves é professor de Administração da Uninter.
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