O ser humano, quando enfrenta maiores adversidades, precisa imediatamente aguçar seu poder criativo e passar a potencializar sua capacidade de criar soluções inteligentes e inovadoras, para vencer essas dificuldades.
Tais situações sempre ocorreram nos períodos de guerra e pós-guerra, mas podem também acontecer em qualquer tempo de vacas magras, isto é, quando a economia não vai bem. Se a economia doméstica passa por momentos de dificuldade, a família encontra meios criativos para conseguir sair da crise. O mesmo deve-se dar com a economia de cidades, estados e países.
Na sociedade desenvolvida, não se deve falar em alternativas, como inovação ou educação
Criatividade e inovação são fatores de grande relevância para o desenvolvimento socioeconômico, particularmente essenciais nas épocas de crise.
Se, nos períodos de dificuldade financeira, os gestores de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) precisarem concorrer por recursos com a educação, a saúde, a segurança etc. então é porque o sistema de CTI ainda não conseguiu transmitir que ele não é importante “em si” nem “para si”, mas que sua relevância deve estar exatamente na transversalidade. Nos momentos de crise, é a saúde que deveria estar lutando para mais recursos de CTI, por entender que a inovação é essencial para que os serviços de saúde se tornem melhores, mais econômicos e mais eficientes. Nos períodos de vacas magras, é a educação que deveria estar batalhando por mais recursos de CTI, enxergando a inovação como instrumento essencial para o desenvolvimento do setor educacional. O mesmo deveria estar ocorrendo com todos os demais campos da economia.
Na sociedade desenvolvida, não se deve falar em alternativas, como inovação ou educação, inovação ou segurança, inovação ou saúde... Mas, sim, em inovação para a educação, inovação para a segurança, inovação para a saúde...
Atingiremos os patamares desejados de progresso socioeconômico quando nosso sistema de ciência, tecnologia e inovação, que possui imenso potencial, estiver plenamente aberto e atento às necessidades mais urgentes da sociedade. Quando ele deixar de estar tão encastelado dentro dos muros das universidades e dos centros de pesquisa. E quando passar a demonstrar e oferecer ações mais práticas e efetivas, voltadas a perpassar transversalmente todos os setores da economia, se possível, antecipando-se às demandas, mas sempre respondendo a elas, de forma a promover o desenvolvimento da economia de modo contínuo e sustentável.
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