Com a volta às aulas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que alunos sem vacinação em dia para Covid-19 poderão frequentar as escolas do estado. Seguindo a mesma linha de Zema, o prefeito de Joinville (SC), Adriano Silva (Novo), também dispensou a obrigatoriedade do imunizante para matrículas na rede escolar do município catarinense.
Ambas manifestações têm sido muito politizadas e, na minha opinião, sem o menor sentido. Afinal de contas, a imensa maioria dos países do mundo não adota a vacinação compulsória para Covid-19 em crianças. Nações como Noruega, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Espanha, Chile, Colômbia e até Argentina, do ex-presidente Alberto Fernandes, não teve a obrigatoriedade da vacina.
O Uruguai, por exemplo, não recomenda o imunizante de maneira rotineira para crianças e grupos não vulneráveis, inclusive exige receita médica. Difícil é achar o país em que a vacina seja indiscriminadamente obrigatória. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que as crianças saudáveis que não integram o grupo de risco não deveriam ter a compulsoriedade da dose contra Covid-19.
O objetivo do governo federal e sua militância é manter a narrativa contra a direita e chamar aquele que é contra a obrigatoriedade de negacionista, criminoso, bolsonarista. Aliás, foi isso que fizeram matérias de jornais com o governador Zema, por exemplo, o chamando de bolsonarista por ter tomado essa medida, que já foi adotada por inúmeros países.
Felizmente, não estamos mais em meio a uma pandemia e não é mais razoável exercer esse autoritarismo. Precisamos proteger o direito dos pais, de tomar a melhor decisão junto com o médico de confiança sobre vacinar ou não a criança contra a Covid.
Liberdade para os pais é fundamental e é isso o que Zema e outros governantes estão fazendo. Lamentavelmente, a vacina da Covid está sendo usada como instrumento de guerra política, por gente que ignora todas as informações citadas aqui e ainda se diz a favor da ciência. O grande prejuízo que é garantido em manter a obrigatoriedade da vacina como condição para a matrícula em escolas é o risco do crescimento na evasão escolar, além de penalizar as crianças ao limitar o acesso à educação.
Felipe Camozzato é deputado estadual pelo NOVO-RS.
Moraes retira sigilo de inquérito que indiciou Bolsonaro e mais 36
Juristas dizem ao STF que mudança no Marco Civil da Internet deveria partir do Congresso
Idade mínima para militares é insuficiente e benefício integral tem de acabar, diz CLP
Processo contra van Hattem é “perseguição política”, diz Procuradoria da Câmara