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Profissional de saúde prepara dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 em centro de vacinação em Brighton, Inglaterra, 26 de janeiro
Dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 em centro de vacinação em Brighton, Inglaterra, 26 de janeiro.| Foto: Ben Stansall/AFP

A pandemia do novo coronavírus nos trouxe uma série de lições valiosas sobre reconhecimento e valorização de profissões que, muitas vezes, passam despercebidas no cotidiano das grandes cidades. E colocou em uma nova e merecida perspectiva a atuação de profissionais de limpeza.

Como é significativo ver essa nova perspectiva se espalhando pelo Brasil a cada vez que uma dose da vacina é aplicada em um trabalhador do setor de limpeza. Esses profissionais estão atuando incansavelmente desde o início da pandemia no combate à disseminação da Covid-19. Nos hospitais, são eles que proporcionam a higienização tão necessária para garantir as melhores condições sanitárias ao ambiente. Assim como seus colegas da saúde, eles encaram plantões que avançam por dias e noites em nome de uma missão.

Bons exemplos não faltam para acelerar esse processo de valorização e reconhecimento. É o caso da encarregada de limpeza Neura Cordeiro Barbosa, que atua no Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Essa profissional, que trabalha há quase dois anos na instituição, foi uma das primeiras pessoas a receber a vacina no Paraná, assim que as primeiras doses foram disponibilizadas pela Secretaria de Saúde. Essa profissional, tal como inúmeros colegas, está atuando junto aos profissionais da saúde da linha de frente. Vaciná-la é um ato simbólico muito importante para que a sociedade compreenda o quanto os trabalhadores da limpeza, asseio e conservação são essenciais.

E isso não apenas durante uma pandemia, e não apenas dentro dos hospitais e outras unidades de saúde. A limpeza e desinfecção correta dos ambientes é indispensável para todos nós. Todos somos beneficiados quando os espaços de convivência e circulação coletiva são corretamente higienizados e desinfetados. Ninguém nasce sabendo limpar, essa é uma crença ultrapassada. Para que os ambientes realmente fiquem livres de contaminação, é necessário aplicar técnicas específicas com os equipamentos adequados e os produtos corretos. Só quem pode realizar esse trabalho com excelência são os especialistas em limpeza, profissionais devidamente capacitados para essa função.

Não à toa o serviço prestado por esses profissionais foi, em 2020, reconhecido como serviço essencial no Brasil. A iniciativa de proteger a saúde dessas pessoas valorosas é louvável e precisa se expandir, no momento adequado, para os profissionais de limpeza que atuam fora do ambiente hospitalar. Esses trabalhadores também não pararam um só dia, garantindo nosso bem-estar e nos possibilitando estar em ambientes sempre saudáveis.

Cássia Almeida é superintendente-executiva da Fundação de Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities (Facop).

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