Imagem ilustrativa.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Em tempos de eleições, candidatos verbalizam ao vento diversas falácias e fatos a fim de persuadir os eleitores. Muitas delas são replicadas nos almoços de domingo entre famílias. O debate e a discussão sobre em quem votar são saudáveis, desde que desprovidos de violência e com muita lógica. Assim, neste período, é muito importante desfazer as falsas narrativas e avaliar as melhores propostas.

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Thomas Sowell, em seu livro Fatos e Falácias Da Economia, apresenta diversos equívocos que se apresentam no debate público - inclusive pelos políticos em períodos eleitorais - sobre a economia. Um deles é a Falácia da Soma Zero, que acontece quando se acredita que para alguém ganhar a outra pessoa precisa perder em mesma quantidade. O velho debate entre público e privado, patrão e funcionário, rico e pobre etc. é um exemplo. E economia não é um jogo de futebol. Quando ambas as partes aceitam voluntariamente um acordo, significa que ambas estão se beneficiando no seu ponto de vista.

Na hora de escolher em quem votar, a cada argumento ou narrativa dos candidatos, é importante estar atento para não cair em falácias

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Falácias sobre gênero e salário também são comuns nas conversas sobre em quem votar. Segundo muitos políticos, a diferença entre o salário do homem e da mulher se deve exclusivamente a uma discriminação por parte do empregador. Porém, o autor argumenta que outros fatores podem levar a essa diferença salarial, tais como: horários de trabalho, período do fim de semana, condições insalubres, rotinas fora de casa. Muitas vezes, a dupla jornada feminina dificulta a elas terem acesso a estes tipos de trabalho que por conta de um esforço extra, também apresentam remuneração extra, criando diferenças salariais.

Há também as falácias sobre o governo e o mercado. A cada eleição, candidatos prometem diversas ações a fim de melhorar a vida pública, pensando que eles possuem as melhores ideias do mundo, enquanto que todo o resto não é inteligente o suficiente, pois nunca fizeram. A verdade é que cada vez que o governo intervém na economia, em geral, o resultado é pior. Um exemplo é controle de preços, todos que tentaram geram escassez na economia.

Thomas Sowell conclui que muitas das falácias econômicas persistem porque elas se alinham com narrativas políticas e emocionais que são atraentes para o público. Ele enfatiza a importância de analisar criticamente essas crenças e de basear decisões políticas em fatos econômicos sólidos, em vez de mitos e falácias.

Na hora de escolher em quem votar, a cada argumento ou narrativa dos candidatos, é importante estar atento para não cair em falácias.

Lucas Coutinho é investment advisor na Bankshop e associado no Instituto de Formação de Líderes (IFL-SP).

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]