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A chamada nova economia ­– expressão que descreve o resultado da transição para um mercado mais tecnológico, flexível e prático – tem muito a ensinar para empresas tradicionais. E empresas tradicionais têm igualmente muito a ensinar a estes novos entrantes. A união desses dois mundos é um dos lugares onde reside a prosperidade dos negócios nos próximos anos.

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Eles caminham para se fundir – voluntariamente ou não. Ser o driver desta transformação vai trazer vantagens competitivas enormes para as empresas. O contrário deve ocorrer com aquelas que optarem por continuar fazendo as coisas como sempre fizeram. Em algum momento elas serão obrigadas a mudar, porque o mercado mudou, as demandas e o ambiente mudaram. O questionamento que a nova economia traz está diretamente ligado à necessidade de inovação que muitas empresas tradicionais têm sentido e perseguido.

Para todos os modelos de empresa, ter seu propósito ou tese bem definidos implica pensar num horizonte de tempo mais longo

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A capacidade da “velha” economia de olhar para sua história e lições aprendidas é o que ajuda a controlar a velocidade que precisam imprimir. Elas viveram situações e fases que as empresas da nova economia ainda vão enfrentar. E precisam estar atentas ao ambiente, às regulações, às possibilidades e riscos em que podem incorrer no ímpeto de “rampar” seu negócio o mais rapidamente possível.

No curto prazo, pode-se estar olhando para novos investidores, ou em como atingir um outro nicho de consumidores. Mas, para todos os modelos de empresa, ter seu propósito ou tese bem definidos implica pensar num horizonte de tempo mais longo e, consequentemente, em como perseguir a longevidade sustentável e rentável do negócio.

Um dos pilares dessa filosofia de trabalho é de que cada cliente tem uma maneira de atuar e que as práticas de governança e boa gestão cabem para toda e qualquer empresa – seja da tradicional ou da nova economia. O grande desafio é entender a forma de pensar e de atuar desse novo modelo de negócio. E enxergar como a governança pode ser adequada às necessidades específicas, sem roubar a sua essência ou interferir em sua velocidade e dinâmica.

Independentemente do que dizem as regras, a governança corporativa sempre deve respeitar a cultura da empresa, servi-la, para ser trabalhada de forma a capitalizar suas fortalezas e provocar mudanças que lhe trarão benefícios no médio e longo prazo.

Viviane Doelman, consultora em governança corporativa, é sócia da 3G Governança, Gestão e Gente.

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