Falar sobre a semana do meio ambiente é convocar a todos para uma grande comemoração e, conjuntamente, relembrar momentos em que a sobrevivência foi desafiada. A comemoração acontece na primeira semana de junho e é considerada uma das datas mais importantes na área ambiental. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que lidera essa comemoração desde 1974, propôs como tema Uma só Terra, tendo a Suécia como sede do evento.
Com o foco na vida sustentável em harmonia com a natureza, a iniciativa envolve milhões de pessoas em prol da defesa do planeta. Sensibilizar as pessoas para mostrar que, além do nosso domicílio, temos um compromisso com a casa terrestre, que é uma só. Mas viver em harmonia com os humanos e seres vivos de toda a natureza tem sido o grande desafio. Mesmo com todos os eventos realizados no decorrer dos tempos, a sensibilização e conscientização pela preservação da Terra é necessária e fundamental.
Mas afinal, o que se pretende defender uma só Terra? Precisamos pensar em tudo que a compõe: ar, água, solo, a biodiversidade existente, o ser humano que é o ser pensante em toda essa composição. O consumo consciente, a geração de resíduos, a exploração dos recursos naturais, que no período de pandemia nos fez repensar o estilo de vida que assumimos e o que nossa mãe Terra comporta e sustenta.
Vamos imaginar uma família com 7,8 bilhões de integrantes, acrescida de outras 100 milhões de diferentes espécies vivas dividindo a Terra com você. Além disso, devemos lembrar que são conhecidas menos de 2 milhões dessas espécies, e que a biodiversidade abrange toda a flora, fauna e micro-organismos. Há inúmeras funções ecológicas – nem todas conhecidas – desempenhadas por esses organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles.
Nesse contexto, é importante lembrar que o consumo sempre está atrelado ao descarte. Segundo dados do relatório What a Waste 2.0 do Banco Mundial, aproximadamente 2,01 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) são gerados anualmente no mundo. Estima-se que, em 2050, esse número chegue a 3,40 bilhões de toneladas, um aumento de quase 70%.
A partir desse cenário precisamos pensar no custo à saúde humana e ao meio ambiente, que, muitas vezes, fica comprometido pelo descarte incorreto de parte desses resíduos. A mudança climática também está associada a essa ação, com a geração e disposição incorreta desses resíduos, facilitando a Emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). O relatório do Banco Mundial ainda cita que 1,6 bilhão de toneladas de emissões equivalentes a dióxido de carbono (CO2 equivalente), estimadas para 2016, devem aumentar para 2,6 bilhões de toneladas até 2050.
Para mantermos o otimismo é necessário nos sensibilizarmos e conscientizarmos urgente aos demais para contribuir com Uma só Terra. Assim, ela pode comportar e sobreviver a todas as ações antrópicas e ações naturais adversas. Precisamos deixá-la em condições de vida para as futuras gerações. Esse é o grande legado da humanidade.
Sandra Lopes de Souza é administradora, mestre em Gestão Ambiental, coordenadora dos cursos de pós-graduação na área de Meio Ambiente do Centro Universitário Internacional Uninter.
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