Um fenômeno cada vez mais presente na sociedade atual representa os desbravadores que adoram se aventurar em terras desconhecidas, os apaixonados por viagem que sofrem da chamada “síndrome de wunderlust”. A etimologia do termo vem de wandern (excursão, viagem, passeio) e lust (desejo, anseio).
Nesse primeiro ano de governo, Lula e a primeira-dama, Janja, viajaram muito e hospedaram-se em hotéis de luxo, completamente desconectados da realidade da população brasileira. De aluguel de carros a intérpretes, as visitas do presidente custaram R$ 45 milhões. Até agora, o petista visitou 21 países. A viagem mais cara foi para a China, com um gasto total de R$ 6,7 milhões. Obviamente, os gastos extrapolam o bom senso e os princípios da razoabilidade, da moralidade e economicidade, em contraponto às normas da melhor aplicação do dinheiro público.
Os gastos excessivos com viagens internacionais contrastam com a situação fiscal crítica do Brasil, que enfrenta uma dívida pública superior a 90% do PIB e um déficit primário recorde de R$ 100 bilhões. A crise fiscal é resultado de anos de desequilíbrio entre receitas e despesas públicas, agravado pela pandemia, que exigiu medidas emergenciais de auxílio à população e aos setores afetados.
As relações externas são primordiais para qualquer governo, mas não podem ser desculpa para abusos com o dinheiro público, principalmente ao observarmos os verdadeiros trens da alegria que foram as comitivas que acompanharam o presidente.
De uma vez por todas, Lula precisa “aterrissar” no Brasil (com perdão do trocadilho) e focar nos inúmeros problemas do país. Essa “síndrome de wanderlust” do petista precisa ter hora e data para acabar.
Felipe Camozzato é deputado estadual pelo NOVO-RS.
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