O temor da volta de Lula à Presidência, para quem tem básicos conhecimentos de economia, trás consigo a constatação de perspectivas sombrias para a sobrevivência das famílias e o futuro se torna cada vez menos excitantes para as novas gerações.
O arcabouço jurídico-político do nosso querido Brasil, para essas pessoas, não resulta qualquer esperança de um país capaz de produzir riqueza material, cultural e espiritual, pois estaríamos num ambiente de um Estado centralizador, controlador e que não estimula a livre iniciativa, além de punir os criadores e geradores de riqueza, de novo, material, cultural e espiritualmente, aqueles que prosperam e são capazes de fazer seu entorno seguir seu exemplo.
A história do mundo mostra claramente que os governos ditos de esquerda, apesar dos discursos humanitários e otimistas, acabam não entregando uma vida melhor para a população.
Muito acima dos personagens e narrativas vigentes na polarização estabelecida, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, essas pessoas estão convencidas de que a história do mundo mostra claramente que os governos ditos de esquerda, no final das contas, apesar dos discursos humanitários e otimistas, acabam não entregando uma vida melhor para a maioria dos seus conterrâneos. O que se vê, então, é um país de instituições nada sólidas em que se possa depositar confiança em longo prazo. E essa é a diferença significativa quando se considera uma mudança do Brasil para um país como os EUA.
Os Estados Unidos, mesmo estando longe de ser um país perfeito, permite e incentiva a diversidade de opiniões, o respeito às vontades, os valores, as iniciativas, a mobilidade social e a propriedade privada.
Vejam quantas mudanças os governos Obama e Trump tentaram fazer, por exemplo, nas questões imigratórias. As instituições, Congresso Nacional e Judiciário, no frigir dos ovos, não permitiram nenhuma profunda alteração nas regras em vigor.
E é exatamente isso que torna os EUA um país tão atrativo. Há previsibilidade, ação, pragmatismo. E há uma economia pujante precisando de gente para contribuir ainda mais para o crescimento.
Mas, mais do que tudo, há entrega de qualidade de vida para a maioria da população. Não é sem razão que quem tem disponibilidade de recursos líquidos no Brasil, se já não retirou tudo disponível do país, está fazendo isso e os trazendo, principalmente, para os EUA. Ou, ao menos, estão diversificando e dolarizando fortemente seu patrimônio.
O passo seguinte? Deixar o Brasil. As estatísticas provam isso cada dia mais. A volta da esquerda ao poder vai acelerar a fuga de cérebros do Brasil e dos jovens mais brilhantes.
Ariel Yaari é diretor comercial da Mignone Law Firm.