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 | Fernando Frazão
Agência Brasil
| Foto: Fernando Frazão Agência Brasil

Em menos de três meses, a política externa do presidente Jair Bolsonaro, executada pelo chanceler Ernesto Araújo, não se apequenou diante dos desafios nem buscou o refúgio confortável da inação ou da mesmice, isso apesar da gritaria da mídia tradicional e de supostos especialistas. Esses pseudo-luminares, sabemos bem, cultivam a inapetência para reconhecer avanços que quebram paradigmas vetustos e são incapazes de enxergar resultados que desmentem seus pressupostos.

Nesse período, a política externa voltou a mostrar liderança na nossa região, ao injetar novo ânimo no Grupo de Lima, ampliando a pressão sobre a ditadura de Maduro na Venezuela. Em vez do apaziguamento de ditadores que prevaleceu no passado, em que diplomacia se confundia com cumplicidade diante de crimes, o Brasil emprestou sua palavra e seu peso político para denunciar o regime narco-terrorista que tortura seu próprio povo. Com isso, aliou a defesa dos valores caros à sociedade brasileira, como a liberdade e a dignidade humanas, a uma visão estratégica de nosso interesse nacional concreto e palpável, já que a continuidade desse regime ilegítimo é uma ameaça constante à segurança e ao bem-estar não apenas dos venezuelanos, mas de toda a região.

As urnas decidiram virar a página de um Estado inchado, perdulário, leniente com o crime e cúmplice da corrupção

O governo também logrou dar mostras de que o país agora tem rumo e direção. O povo decidiu dar um basta aos anos de uma política nociva aos cofres públicos e contrária aos valores da família. As urnas decidiram virar a página de um Estado inchado, perdulário, leniente com o crime e cúmplice da corrupção, sócio de uma educação que deixara de formar cidadãos bem preparados para o mercado de trabalho para produzir militantes políticos em escala industrial. E uma política externa ideológica, baseada num falso consenso, como se suas linhas mestras fossem imutáveis. Um consenso artificial, fabricado, que nada mais era do que uma senha para a inação, para a preguiça mental e, sobretudo, para o estelionato eleitoral cometido alegremente como um crime continuado, já que o orientação diplomática não poderia ser modificada para refletir a vontade popular.

Isso mudou no Itamaraty com a escolha de Ernesto Araújo pelo presidente Jair Bolsonaro. O atual governo não tem vergonha de responder aos anseios populares, de ouvir o clamor das ruas, em particular daqueles que trabalham, respeitam as leis e abominam a degenerescência moral e política que a esquerda nos quis impor. Esse novo Brasil foi apresentado à comunidade internacional em Davos, na Suíça, onde o presidente e ministros do governo tiveram encontros com empresários e formadores de opinião, gerando aumento de confiança dos investidores no país. A busca de uma relacionamento externo produtivo também foi evidente na visita do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a primeira de um chefe de governo israelense ao Brasil. Na pauta: cooperação em tecnologia e inovação, temas de defesa e segurança e mais comércio e investimentos.

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É essa mesma orientação que está por trás da escolha de EUA, Chile e Israel como primeiros destinos de visitas bilaterais de Bolsonaro. Com cada um desses parceiros, temos a oportunidade de construir relações muito mais vantajosas agora que estamos livres das amarras ideológicas. A agenda é a que foi prometida durante a campanha e não uma versão pasteurizada e com novo rótulo da política externa da inação: vamos aprofundar as relações bilaterais, os acordos e a cooperação com países que possam alavancar o nosso desenvolvimento e aumentar a competitividade de nossa economia. Essa é a receita do governo Bolsonaro, consagrada nas urnas, para gerar renda e emprego, assim como moldar nossas relações exteriores de acordo com nossos interesses e valores, no lugar de uma subordinação cega às forças do globalismo que tendem a diluir nações numa espécie geleia geral que deveríamos supostamente engolir para obter pontos junto a órgãos multilaterais e a autonomeados guardiães da “ordem internacional baseada em regras”.

Ainda há muito a se fazer em todas as esferas, mas não há dúvida que hoje os brasileiros podem se orgulhar de sua política externa que defende os valores da pátria sem medo de desagradar os setores minoritários avessos às mudanças ditadas pelo povo. Política externa democrática, nacionalista e moderna foi o que exigiu a maioria que votou em Bolsonaro. E é isso que o governo entregará, porque leva a sério o ditado: vox populi, vox Dei.

Marcio Coimbra é diretor de gestão corporativa da ApexBrasil.

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