A próxima operação de resgate deveria ser a do Brasil

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Bom dia!

Quando os 12 jovens jogadores de futebol e seu treinador foram explorar a caverna Tham Luang, na Tailândia, eles não esperavam ficar presos por 17 dias em razão de uma forte chuva que os pegou de surpresa, e muito menos uma operação de resgate que mobilizou o mundo e, diretamente, mais de mil pessoas. Ontem (10), o drama terminou em um final feliz para (quase) todo mundo com. O mergulhador Saman Kunan, ex-militar da Marinha que participou da operação de resgate, perdeu a vida para se tornar um herói.

Operação Brasil

O caso dos meninos tailandeses, que revelou a profunda reverência que sentimos pela vida humana, também ensina muito sobre o poder da ação coletiva em prol do bem comum. Em tempos tão difíceis para o Brasil, a Gazeta do Povo tem divulgado, dia a dia, “Sete Desejos para o Brasil” que são, no fundo, uma plataforma de ação coletiva pelo bem comum de todos os brasileiros. Saiba quais são esses desejos:

1. Um Estado leve e ágil, com gastos que cabem no orçamento
2. Mais espaço para a iniciativa privada
3. Uma economia rica e competitiva
4. Paz social, sem o abandono dos mais necessitados
5. Democracia aprofundada, com uma política moralmente exemplar
6. Formar cidadãos éticos para um mundo em transformação
7. Respeitar a família e defender a vida em todas as fases

Falando nisso...

A situação do Brasil melhorou um pouco no Índice Global de Inovação, mas ainda estamos longe dos primeiros colocados e não nos destacamos nem mesmo na América Latina. Entre as 126 economias analisadas, em que posição você acha que o Brasil está?

E o Editorial da Gazeta do Povo dá uma boa ideia para o país:

O setor estatal brasileiro precisa começar a ser avaliado com métricas e indicadores de padrão internacional em termos de eficiência técnica e gerencial, pois o tamanho do governo – que, no Brasil, gasta mais de 40% do PIB – é grande demais, de forma que suas mazelas causam danos irreversíveis a uma sociedade que é pobre e tem pressa de se desenvolver.

O papel da política

A política tem um papel imprescindível nessa operação. Por isso, é bom ficar de olho na costura das alianças políticas para as eleições. Fernando Martins traçou um amplo panorama das negociações e disputas na reta final da formação das coligações para as eleições.

Domingo não acabou

Ainda na esteira da lambança petista para tentar libertar o ex-presidente Lula, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, confirmou a decisão do presidente do TRF-4 e a incompetência do desembargador plantonista, Rogério Favreto, para conceder habeas corpus ao ex-presidente:

É óbvio e ululante que o mero anúncio de intenção de réu preso de ser candidato a cargo público não tem o condão de reabrir a discussão acerca da legalidade do encarceramento, mormente quando, como no caso, a questão já foi examinada e decidida em todas as instâncias do Poder Judiciário

Amigos, amigos. O óbvio e o ululante não parecem fazer muita diferença para os deputados petistas, que admitiram que acionaram a Justiça quando souberam que o desembargador que fora filiado ao PT por quase 20 anos estaria de plantão. Favreto, o juiz Sergio Moro e o relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, serão investigados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os limites da lei. E Flávia Pierry foi discutir: um juiz deve ser proibido de atuar em processos de partido ao qual foi filiado? O que você acha?

Mais enrolado

A situação do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), se complicou mais um pouco. Os vereadores conseguiram o número de assinaturas necessárias para suspender o recesso e investigar a conduta do mandatário, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e ofereceu vantagens a líderes religiosos em reunião secreta. Como o vice-prefeito faleceu em maio, o próximo da linha de sucessão é o presidente da Câmara Municipal. Ele é do PMDB.

Aqueles grupos...

Uma das maiores preocupações na disseminação de notícias falsas e boatos perigosos é o WhatsApp. O uso do aplicativo, que funciona até fora do regime de dados da rede móvel, é altamente disseminado, e o conteúdo circula com muito mais facilidade. Pior: ninguém sabe bem a dimensão dessa circulação, pois a criptografia impede medições agregadas. Com o objetivo de tentar combater (um pouquinho) as notícias falsas, o serviço de mensagens finalmente liberou, para todos os usuários, a função de notificar quando uma mensagem não foi escrita por quem enviou, e sim encaminhada de terceiros.

O perigo é real. Na Índia, por exemplo, diversos casos de boatos que acabaram gerando linchamentos já foram noticiados. Linchamentos, infelizmente, também acontecem no Brasil e a editoria de Ideias reuniu seis textos que mostram por que essa prática é um sinal de barbárie e de fracasso da civilidade.

Passo importante

A preocupação com a proteção de dados pessoais armazenados cresce na mesma medida em que a tecnologia se dissemina. Ao contrário de muitas nações desenvolvidas, o Brasil não tem uma lei geral de dados. Ontem, porém, o Senado aprovou o projeto de lei que regula a proteção de dados pessoais no país. Segue para sanção presidencial.

Privacidade

Falando nisso, Rodrigo Ghedin pergunta: preciso me preocupar com vírus e invasões em Smart TVs?

Nos Estados Unidos

A discussão sobre liberdade religiosa está na pauta do dia e o tema é pra lá de relevante, mas um grupo de espertalhões tentou usar de uma velha prática de litigância estratégia para fazer avançar sua agenda política às custas do Judiciário: a “Primeira Igreja da Cannabis de Indiana” tentou conseguir uma exceção à proibição do consumo de maconha no estado. 

Batalha pelo futuro. Quem preza pela liberdade religiosa e outras liberdades civis tem especial interesse na indicação do novo nome para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Há oito pontos que você precisa saber sobre Brett Kavanaugh, o indicado de Trump.

No Irã

Uma jovem foi presa por dançar e não usar véu – e só mais das mulheres que sofre por esse tipo de motivo na República teocrática dos aitolás.

No Canadá

Uma escola faz um esforço imenso para acolher 630 alunos, todos com idades entre 4 e 6 anos e a maioria filhos de imigrantes. A razão: eles falam 40 línguas diferentes.

No Paraná

O dia de ontem começou com a decisão da governadora Cida Borghetti (PP) de retirar o projeto que previa o reajuste de 1% no salário dos funcionários públicos do Poder Executivo, diante da possibilidade dos  2,76% oferecidos a outros poderes e órgãos (Legislativo, Judiciário, MP, TCE e Defensoria Pública). À tarde, ela anunciou a intenção de vetar os projetos que reajustam os salários acima de 1% e prometeu retomar a discussão depois das eleições. 

A Gazeta do Povo comentou em Editorial o que está por trás da briga, um problema que terá de ser enfrentado cedo ou tarde:

Pouco se tem falado das circunstâncias que permitem a outros poderes oferecer 2,76% sem problemas enquanto o Executivo alega que só pode chegar ao 1%: a maneira como os recursos do contribuinte são repassados. Em vez de receber verbas correspondentes às respectivas previsões de gastos, Alep, TJ, MPE e Tribunal de Contas contam com porcentuais fixos das receitas estaduais.

Euclides Lucas Garcia analisou a queda de braço e mostrou por que a preocupação com as contas públicas parece estar em segundo lugar:

As idas e vindas da pré-candidata à reeleição mostram uma gestora vacilante e escancaram que o pleito de outubro tomou conta de vez do cenário político no estado.

E Rogério Galindo arrisca dar o saldo da novela:

Chamemos as coisas pelos nomes que elas têm: o que aconteceu hoje ao governo Cida Borghetti denomina-se derrota. A governadora e seu marido, Ricardo Barros, atiçaram o funcionalismo reacendendo um debate sobre reajustes que estava quase morto. Acharam que podiam usar isso em seu favor e acabaram levando uma invertida.

Atenção. Uma doença africana está atacando lavouras de milho no Paraná. Em híbridos mais susceptíveis, ela pode causar perdas de até 50% de produtividade.

Em Curitiba

Agora vai? Com o edital da licitação do lixo suspenso desde setembro do ano passado, a prefeitura tem recorrido a contratos emergenciais. Agora, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) liberou o prosseguimento.

Rotina. Só ontem, foram mais dois arrastões em ônibus na cidade. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) estima que sejam cerca de 30 por mês.

Bom exemplo. Uma campanha lançada nas redes sociais quer arrecadar recursos para a reconstrução da centenária Capela de São Carlos Borromeo, destruída parcialmente por um incêndio.

Um ótimo dia a todos!