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Bom dia!

Depois do ditador Nicolás Maduro ter fechado a fronteira da Venezuela com o Brasil na quinta (21), a tensão aumentou e o país se isolou ainda mais. Na sexta (22), perto da fronteira com o Brasil, militares venezuelanos abriram fogo contra uma comunidade indígena favorável à entrada de ajuda humanitária, matando um casal e ferindo 15 pessoas.

Ainda na sexta, a cidade colombiana de Cúcuta, pertinho da fronteira, se tornou capital da resistência contra Maduro, sediando o show Venezuela Live Aid. O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, compareceu ao evento e se encontrou com os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e da Colômbia, Iván Duque. O chanceler brasileiro Ernesto Araújo também marcou presença. Nesta segunda (25), Guaidó deve se encontrar com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em Bogotá. 

Na manhã do dia seguinte (23), Maduro anunciou o fechamento da fronteira com a Colômbia – uma região que não precisa de muita ajuda para ser um barril de pólvora. Houve confrontos durante o dia e militares venezuelanos chegaram a atear fogo em três caminhões que levavam ajuda humanitária

Mesmo com a tentativa de barrar a entrada de ajuda, o Brasil pôs em prática no sábado o seu plano de entrega de alimentos e medicamentos. Dois caminhões que já tinham cruzado a fronteira tiveram que voltar depois de haver confrontos na região de Santa Helena de Uairén – manifestantes venezuelanos que tentavam impedir que os militares barrassem a entrada de ajuda usaram coquetéis molotov contra um posto do exército

Ainda assim, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, descartou qualquer possibilidade de confronto com a Venezuela. “A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira”, disse ele em entrevista no sábado.

Intimidades. O jornalista cubano radicado no Brasil Jorge C. Carrasco se debruça sobre as relações entre Cuba e Venezuela, que se mantêm mesmo na situação desastrosa em que o país sul-americano se encontra. Já os colunistas Mario Vitor Rodrigues e Gustavo Nogy comentam o apoio de parte da esquerda brasileira a Maduro. O primeiro questiona:

Quem é Marcelo Freixo para posar como paladino da moral se o seu partido reiteradamente se posiciona ao lado de um opressor? Como Gleisi Hoffmann ousa falar em reforma draconiana para os aposentados se beija a mão de um líder capaz de matar os seus de fome? Que condição tem essa turma, afinal, de falar grosso sobre o que é certo e o que é errado?

E o segundo arremata:

Por essas e outras afirmo: o fascismo não está à direita ou à esquerda. É um estado de espírito, e sopra onde quer.

Você já pensou em investir no Queiroz?

Já no Brasil o fim de semana trouxe más notícias para muitos engravatados do Planalto e do Congresso Nacional. Na sexta (22), um ex-funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro admitiu ao Ministério Público que depositava dois terços do seu salário, todo mês, na conta de Fabrício Queiroz. Mas isso não tem nada a ver com corrupção: segundo Agostinho Moraes da Silva, o valor era um “investimento” nos negócios de compra e venda de veículos do ex-assessor de Flávio. Silva garante: os repasses valiam mais a pena do que aplicações no mercado financeiro.

Ainda na sexta, a revista IstoÉ publicou uma reportagem que afirma que Valdenice de Oliveira Meliga, irmã de dois milicianos presos, tinha autorização de Flávio para assinar cheques em seu nome e movimentar dinheiro de campanha. Além disso, o ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de ser o líder do grupo criminoso Escritório do Crime e filho e esposo de duas ex-funcionárias do gabinete de Flávio, está sob a mira da Receita Federal, que quer entender o caminho do dinheiro movimentado pelos envolvidos nesse rolo todo.

o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), está sob a mira da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. Fruto da delação da JBS, a apuração foi encaminhada a essa instância pelo STF, no entendimento de que o foro privilegiado é restrito para crimes praticados no exercício do cargo e em razão dele. Os pagamentos ilícitos aconteceram nas campanhas de 2012 e 2014.

A delação da JBS também desembocou em mandados de busca em endereços ligados ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) na manhã de sexta (22). A Operação Compensação quer avançar nas investigações sobre o repasse de R$ 42 milhões para que o PP apoiasse o PT nas eleições de 2014 e no impeachment em 2016.

Em Curitiba, dilúvio e nova tarifa

Na sexta (22), o Simepar, órgão oficial de meteorologia do Paraná, confirmou que a chuva do dia anterior foi recordista: nunca choveu tanto em Curitiba em apenas 1 hora quanto entre as 16h e as 17h de quinta-feira (21). Alex Silveira conversou com especialistas para entender o que precisa ser feito para sanar o problema dos alagamentos na cidade.

Na próxima quinta (28), o curitibano terá que desembolsar 25 centavos a mais em cada trajeto para pegar ônibus: a tarifa, que não subia desde 2017, passará a ser de R$ 4,50. Enquanto João Frey explica por que o prefeito Rafael Greca (PMN) parecia comemorar quando anunciou o aumento, Giulia Fontes conta quais são as contrapartidas que o governo estadual pediu à prefeitura em troca do subsídio.

Vamos falar de coisa boa

Você precisa conhecer a história da professora Débora Garofalo, uma das 10 finalistas do Global Teacher Prize, a maior premiação de educação do mundo. Professora de uma escola pública paulistana, ela ensina robótica usando sucata. O maior desafio, segundo ela, é convencer os alunos de sua própria capacidade. “Entendo esse sentimento porque vim de uma família carente também. Foram meus professores que me fizeram acreditar que eu podia ser o que quisesse, e eu queria fazer o mesmo para os meus alunos”, explica.

Uma ótima semana para você!

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