A “bancada do calote” vai votar o perdão das próprias dívidas com o governo

Bom dia!

Imagine você, leitor da Gazeta do Povo, ter a opção de escolher o abatimento de 99% de juros, multa e encargo da dívida da sua empresa com o governo. É diante desta confortável situação que se encontram 115 deputados e 25 senadores. 

Estes 140 congressistas são sócios de empresas que, juntas, devem quase R$ 1 bilhão à Previdência e ao FGTS. Fernando Jasper e Guilherme Storck detalham quem faz parte da "bancada do calote". 

Um dos seus membros, Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), incluiu na MP 783, que renegocia as dívidas das empresas com a União, as favoráveis condições de pagamento descritas lá no primeiro parágrafo. 

A votação do Refis é uma das pautas da semana em Brasília. Reforma política e a nova taxa do BNDES completam o pacote de discussões fundamentais no DF. 

Vem pra urna 

MBL, Revoltados On Line e Vem Pra Rua foram nomes fundamentais na queda de Dilma Rousseff. Asseguraram a pressão das ruas necessária à tempestade perfeita que resultou no impeachment. Agora, seus líderes pretendem fazer política com as próprias mãos. 

MBL e Revoltados concorrerão a vagas no legislativo em 2018. O Vem Pra Rua não terá nome próprio, mas apoiará candidatos com quem se identifique. A reportagem é de Fernando Martins. 

Vale-tudo prorrogado 

Michel Temer sancionou, no início do mês, a lei que prorroga por mais até 15 anos as isenções tributárias oferecidas pelos estados para atrair investimentos. A guerra fiscal, porém, já deixou de ser uma mecanismo para estimular a concorrência e se tornou uma armadilha perigosa para os estados, como aponta o editorial da Gazeta do Povo. 

A guerra fiscal se transformou em um vale-tudo irresponsável em que gestores abrem mão de muito mais do que poderiam para levar o crédito (e o potencial dividendo eleitoral) por atrair investimentos e gerar empregos, especialmente nesta época de crise. 

Trabalho árduo 

Manter a solidez do mercado internacional em meio a uma onda protecionista é a dura missão da Organização Mundial do Comércio. Flávio Bernardes entrevistou o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo. Ele diz que o órgão está pronto para ouvir e dialogar mesmo com quem anda avesso a grandes acordos transnacionais, caso de Donald Trump. 

Internamente, os Estados Unidos anunciaram mais uma safra recorde de soja. O AgroReport, da Gazeta do Povo, mostra os efeitos do mercado da produção extra do grão. 

Boa notícia 

O Brasil zerou a taxa de importação de 5 mil equipamentos. Ricardo Amorim explica como o país irá ganhar dinheiro com essa medida. 

Luto 

Jerry Lewis, um dos maiores comediantes de todos os tempos, morreu ontem, aos 91 anos. Entre a extensa obra, está “The Day the Clown Cried”, filme dos anos 1970 renegado pelo próprio Lewis, mas que deve ser liberado ao público em 2024. Trata-se da história de uma palhaço enviado a um campo de concentração para divertir crianças que esperam pela morte na câmara de gás. 

Nazismo: direita ou esquerda? 

O confronto entre supremacistas brancos e antifascistas, em Charlottesville, esquentou um debate crescente: o nazismo é de direita ou de esquerda? Alexandre Borges, Jones Rossi, Leandro Narloch e Rodrigo Constantino debatem o tema no podcast Ideias. 

Estudem Marx 

No Caixa Zero, Rogerio Galindo diz por que nossos filhos devem ser estimulados a estudar Karl Marx. "E agradeça aos professores que lhe mostrarem suas teorias – inclusive para mostrar que muitas delas estavam redondamente enganadas." 

Medieval 

Um aluno de um escola de Sâo Paulo teve sua mão marcada à caneta, para que não pudesse repetir a merenda escolar. A mãe da criança fotografou, postou na internet e o tema virou debate nacional. A prefeitura de São Paulo já se posicionou contra a "marcação". 

Assassinato 

A Islândia caminha para erradicar a Síndrome de Down da maneira mais abominável possível. A legislação do país permite aos pais escolher por abortar filhos portadores de Down. O Sempre Família relata o caso. 

Em editorial, a Gazeta do Povo dá os dois únicos nomes possíveis ao método islandês: assassinato e eugenia. 

Uma coisa é eliminar uma doença erradicando seu vetor ou agente causador; outra coisa é eliminar uma doença matando todos os doentes – é o que os islandeses escolheram fazer. 

Contra a cultura ocidental 

Em outro editorial, abordamos o novo atentado terrorista perpetrado por muçulmanos, em Barcelona. As reações ao ataque mostram que, enfim, a Europa começa a perceber a intenção dos extremistas: destruir a cultura e os valores ocidentais. 

O extremismo islâmico rejeita os valores ocidentais de democracia e tolerância, e não são poucos os europeus que demoraram para perceber essa verdade. Por muito tempo, o multiculturalismo pregado pela esquerda europeia bloqueou qualquer crítica aos fundamentalistas 

Além do limite 

Mais da metade das cidades paranaenses gastam com pessoal além do permitido por lei, informa João Frey. Se não regularizarem a situação, os municípios ficarão impedidos de receber investimentos de outros poderes e firmar contratos. 

Uma solução 

Celso Nascimento passa a lupa sobre o cada vez mais agudo problema do transporte coletivo de Curitiba. E extrai uma possível solução para a crise, muito diferente do que é permanentemente discutido entre poder público e empresas de ônibus. 

Tudo no zero 

O fim de semana foi de 0 a 0 para os times paranaenses no Campeonato Brasileiro, cada um com seu significado. 

O 0 a 0 com o Paysandu impediu o Paraná de colar no G-4 da Série B. 

No Brasileirão, o Atlético-PR voltou de Porto Alegre com um 0 a 0 contra o Grêmio. Seria ótimo, não tivessem os gaúchos jogado com reservas. 

O Coritiba ficou no 0 a 0 com o Santos e está mais perto da zona de rebaixamento que do G-6. 

Na Série D, o 0 a 0 com o Atlético-AC permite ao Operário avançar à final com uma vitória simples. O Fantasma já garantiu acesso à Série C. 

Apresente Curitiba 

Está com um parente ou amigo para chegar e não sabe onde levá-lo? O Guia Gazeta do Povo indica os dez passeios essenciais para apresentar Curitiba a um forasteiro. 

Gente nossa 

Rômulo Lass é arquiteto, é de Curitiba e terá uma obra sua desenhada na Suécia. Ele foi um dos vencedores do concurso para revitalização de 21 quilômetros de ciclovia em Gotemburgo. Lass até escolheu em qual trecho pretende ver sua obra. 

Tem jeito 

Para encerrar - e começar a semana com pensamento positivo - cinco sinais histórias que mostram que o Brasil tem jeito, sim. Ótima segunda-feira a todos!