Bom dia!
Para onde se olhe em Brasília é possível encontrar privilégios no sistema previdenciário. Lúcio Vaz apontou o radar para a Câmara, onde 45% dos aposentados e pensionistas têm renda bruta acima do teto constitucional. Os inativos da casa que votará a reforma da Previdência custam R$ 1,35 bilhão por ano; média de R$ 32,7 mil mensais por servidor.
A situação se agrava nos estados, mostra Fernando Jasper. Para pagar as aposentadorias, diminui-se o gasto com os ativos. Em 2016, a previdência consumiu, em média, 40,6% da folha. O caso mais grave é o Rio Grande do Sul, em que os inativos correspondem a 59% da receita com pessoal.
A gravidade do sistema previdenciário não parece ser suficiente para sensibilizar o Congresso a aprovar uma reforma. Tampouco o surrado idioma do "toma-lá-dá-cá". O governo acenou com a reabertura do balcão de negócios por votos, mas a base aliada liberou seus parlamentares para votar como quiserem.
Outro golpe na estratégia de Temer foi a decisão judicial que retira do ar a publicidade do governo a favor da reforma. O mote de "combate aos privilégios" foi considerado pouco informativo, informam Bárbara Lobato e Evandro Éboli.
Quanto mais distante ficar a reforma da Previdência, menor será o ritmo da retomada de investimento estrangeiro no país. Ricardo Amorim reforça que este passo é crucial para a roda da economia voltar a girar com força no Brasil.
Acerto de contas
Romero Jucá foi cobrado em um avião por sua atuação (nem sempre republicana) na articulação política do governo e a célebre frase de fazer "um acordo nacional" para "estancar a sangria" da Lava Jato.
Rogerio Galindo escreve que Jucá não deveria estar sendo incomodado dentro do avião. Deveria estar preso.
Quem está cada vez mais próximo de um acerto de contas com a Justiça é Nelson Meurer. O deputado do PP tornou-se alvo do terceiro processo no STF no âmbito da Lava Jato, agora por asssociação criminosa, relata Catarina Scortecci.
Domingo, em Curitiba, tem manifestação em apoio à Lava Jato com direito até a balão inflável, conta Reinaldo Bessa.
Brasil, 2018
O editorial da Gazeta do Povo analisa os dias conturbados do PSDB, com Geraldo Alckmin apresentando-se para pacificar a guerra entre os grupos de Tasso Jereissati e Aécio Neves e a apresentação de um documento elaborado pelo Instituto Teotônio Vilela que baliza o projeto do partido para as eleições de 2018.
O que realmente preocupa nessa agitação é o partido estar se distanciando irreversivelmente de suas bandeiras históricas e de seu legado positivo, aproximando-se cada vez mais de se transformar em uma versão perfumada do PMDB.
Alexandre Borges define o documento do ITV como um manifesto tucanista que mescla o socialismo francês de Thomas Piketty com um intervencionismo estatal à moda Dilma Rousseff.
Rodrigo Constantino escreve que o Brasil precisa discutir um projeto para o país, não nomes de candidato nas eleições de 2018.
Seja qual for a via, certamente a solução não passa por Guilherme Boulos, o nome que a extrema esquerda ensaia lançar ao Planalto com a simpatia da classe artística e dos intelectuais que por tanto tempo embalaram Lula e o PT no colo.
Bolhas e bolhas
Há uma nova bolha especulativa se formando no mundo? Rodrigo Constantino diz que há vários sinais indicando que sim. E o Bitcoin é apenas um deles.
O Snapchat mantém seus usuários em uma bolha? O app preferido da molecada mudou para garantir que não. Mas Rodrigo Ghedin afirma que o Snap está escolhendo os rivais errados.
Sempre dá pra consertar
Todos nós já erramos feio no trabalho. Lívia Inácio mostra que mesmo as maiores barbeiragens podem ser consertadas. Basta mapear rapidamente o problema, recorrer ao seu superior, ter foco na solução e aprender com a falha.
Questões perturbadoras
Três textos para bagunçar sua cabeça nesta sexta-feira:
- Jeffrey Tucker, da Foundation of Economic Education pergunta (e responde): você é um gênio ou uma fraude?
- Bryan Caplan, também da FEE, explica por que uma suástica não é necessariamente sempre ofensiva.
- Robôs russos daqueles usados para intervir nas eleições americanas via redes sociais foram incluídos na lista dos "50 mais influentes do mundo" da Bloomberg.
Soja medicinal
Giorgio Dal Molin apresenta o medicamento desenvolvido pela Embrapa e o Instituto Nacional de Saúde que usa uma proteína da semente da soja para impedir a reprodução do vírus HIV.
Procura-se investidores
Primeiro, foi o BNDES. Agora é o BRDE que o governo Beto Richa pretende usar na captação de parceiros privados para as empresas públicas do Paraná. Embora os acordos permitam que se chegue às privatizações, o discurso é de limitar a atuação a concessões e PPPs, revela o Livre.Jor para a Gazeta do Povo.
Arquivado
Raquel Dodge arquivou os processos contra Beto Richa e Fernando Francischini pela Batalha do Centro Cívico, em 29 de abril de 2015. A PGR não viu elementos suficientes para indicar "conduta contra o direito de reunião" ou "intenção deliberada de provocar lesões corporais nos manifestantes".
Se ganhou a paz na Batalha do Centro Cívico, Richa vê cada vez mais distante um aliado de outrora. Osmar Dias gravou vídeo criticando o novo aumento da tarifa do pedágio. São as eleições de 2018 dobrando a esquina.
A Copa ganha cara
A Fifa sorteia hoje, em Moscou, os grupos para a Copa do Mundo de 2018. Thiago Arantes conta como o novo critério de distribuição dos potes com as 32 seleções aumentou a chance de o Brasil cair em um grupo da morte.
Se você não aguenta esperar pelo sorteio, pode gastar o dedo no simulador elaborado pela Gazeta do Povo. Estes são os grupos que saíram na minha simulação.
A: Rússia, Uruguai, Dinamarca e Nigéria.
B: Brasil, México, Suécia e Marrocos.
C: Portugal, Colômbia, Islândia e Austrália.
D: Bélgica, Suíça, Egito e Arábia Saudita.
E: França, Croácia, Irã e Panamá.
F: Alemanha, Peru, Senegal e Coreia do Sul.
G: Argentina, Espanha, Costa Rica e Sérvia.
H: Polônia, Inglaterra, Tunísia e Japão.
Para saber os grupos de verdade, confira o sorteio aqui na Gazeta do Povo. O evento começa às 13h20 e já termina com toda a tabela definida.
Vale em expansão
O terreno da antiga fábrica das Ceras Canário, em Curitiba, abrigará um conjunto de edifícios inteligentes destinados a receber novos negócios. É mais uma etapa do projeto do Vale do Pinhão, para revitalização urbana da região do Rebouças.
Nham!
A programação gastronômica será forte em Curitiba no fim de semana. Tem abertura da temporada de caranguejo, festival de comida amazônica, de cerveja e de pizza e vinho na calçada. Os detalhes estão no Bom Gourmet.
E a criançada?
O Guia Gazeta do Povo mapeou as melhores opções de colônia de férias para os pequenos. Os preços vão de R$ 58 a 90 e as atividades incluem até robótica.
Ótimo fim de semana e até segunda-feira!
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