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Resumo do dia

Brasil depende de Índia e China para continuar vacinação. Sai Trump, entra Biden. Comando Vermelho no Twitter

Vacinação contra Covid-19 corre risco de parar pouco depois de começar
Mulher recebe vacina contra a Covid-19 em São Paulo. (Foto: Governo de São Paulo/divulgação)

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Para começar este resumo de notícias. A recém-iniciada vacinação contra a Covid-19 no Brasil já enfrenta problemas. Com apenas 6 milhões de doses da Coronavac, neste primeiro momento, especialistas alertam para o risco de a imunização ser interrompida em pouco tempo, por falta de imunizantes e matéria-prima para produção.

Qual é o problema? O Brasil não conseguiu a liberação da China para importar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), princípio ativo da Coronavac. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia marcou reunião com o embaixador da China, Yang Wanming, para tentar agilizar o envio. Além disso, a Anvisa concluiu a triagem de documentos de um novo pedido de uso emergencial da Coronavac, feito pelo Butantan. A diferença é que esse pedido se refere à produção pelo instituto. As doses distribuídas pelo Brasil até o momento foram importadas prontas da farmacêutica Sinovac, da China.

Doses da Índia. O Brasil também aguarda ainda 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford-Astrazeneca vindas da Índia. Contudo, nesta terça (18), a Índia não incluiu o Brasil na primeira leva de exportações. Esse imunizante também será produzido pela Fiocruz, mas é importante frisar: os insumos para essa vacina virão da China. Há expectativa de chegada de insumos ainda em janeiro, mas a Fiocruz adiou o prazo de entrega das primeiras doses para março justamente por conta da demora na entrega de insumos. A fundação tem capacidade de produção de até 1 milhões de doses por dia.

Utilidade pública

Guia da Vacina. A Gazeta do Povo elaborou um e-book gratuito para você entender as imunizações e conhecer as informações mais importantes sobre as vacinas contra a Covid-19. As jornalistas Amanda Milléo e Helen Mendes explicam tudo o que você precisa saber sobre as vacinas contra a Covid-19; baixe aqui nosso novo e-book.

Falta de oxigênio e cloroquina. Após pacientes com Covid-19 morrerem asfixiados por falta de oxigênio em Manaus, a prefeitura de Coari, a 450 km da capital do Amazonas, informou nesta terça (19) que sete pessoas faleceram pelo mesmo motivo. Os amazonenses começaram a improvisar UTIs dentro de casa. A cidade de Faro, no Pará, também vive colapso na saúde, com seis mortes por falta de oxigênio. A Gazeta do Povo apresenta um resumo de como o caos de Manaus agora se espalha pela região Norte. Além disso, sobre medicamentos, vale ler: o autor francês de um estudo sobre o uso de hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19 reconheceu erros em sua pesquisa; entenda.

Atualização. O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por dia por coronavírus. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, foram 62.094 novos casos e 1.192 óbitos em 24 horas. O país já registra 8.573.864 diagnósticos positivos, 211.491 mortes e 7.518.846 recuperados. O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que chegou a 400 mil óbitos nesta terça (10).

Estados Unidos

Novo presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden toma posse nesta quarta-feira (20) em Washington sob clima de tensão, enquanto Donald Trump anunciou que fará um evento de despedida alternativo. O Departamento de Defesa teme situação similar ao que ocorreu na invasão do capitólio, no dia 6. Até mesmo 12 membros da Guarda Nacional foram removidos do serviço na cerimônia de posse, por suspeitas. Em análise, o historiador e analista de política internacional Filipe Figueiredo destaca a fantasia sobre a independência que sustenta milícias nos EUA; leia a coluna. Vale também ler o artigo de David L. Bahnsen, da revista conservadora National Review: Uma avaliação final da Presidência Trump e o caminho a seguir.

Política e economia: mais sobre vacina

Quanto custa? Você sabe dizer quanto custa cada dose e quem está bancando os imunizantes? Correspondente em Brasília, Jéssica Sant’Ana fez esse levantamento e traz informações sobre quanto custa e quem paga a vacinação contra a Covid-19 no Brasil.

Eleição na Câmara. Favoritos na disputa pela Câmara, que ocorre dia 1º de fevereiro, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) contam não apenas com o apoio, respectivamente, de Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Direto de Brasília, Rodolfo Costa mostra quem são e o que fazem os deputados da “tropa de choque” de Baleia Rossi e Arthur Lira. Arthur Lira esteve em campanha em Curitiba nesta terça (12) e disse que já conta com 22 votos entre os 30 deputados paranaenses; leia na reportagem de Roger Pereira.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Comando Vermelho no Twitter. Recentemente, o Twitter baniu Donald Trump alegando combate ao discurso de ódio e fake news. Mas a rede combate mesmo esses discursos? A Gazeta do Povo identificou dezenas de contas do Twitter ligadas ao Comando Vermelho, ao Terceiro Comando e à ADA, que estão em guerra pelo controle dos morros do Rio. Confira aqui o levantamento de Gabriel de Arruda Castro.

Sobre impeachment. Já tem quem peça a “cabeça” do presidente Jair Bolsonaro. Mas será uma possibilidade real? Para o economista  Pedro Menezes, dois pontos da pesquisa merecem destaque especial em qualquer análise; confira. Já Alexandre Borges também faz observações sobre o aumento da rejeição de Bolsonaro e seus reflexos em 2022. E em nova crônica, Polzonoff escreve: Já é impeachment do presidente João Dória na Austrália.

Nossa visão

Troca de poder. A transição de poder nos Estados Unidos se completa nesta quarta-feira. Em 3 de janeiro, tomaram posse os senadores e deputados eleitos dois meses antes, mantendo a maioria democrata na Câmara e ganhando espaço no Senado. Tema para o novo editorial da Gazeta do Povo: A posse de Biden e o legado de Trump.

Não serão apenas os democratas que precisarão encontrar seu caminho no governo, escolhendo entre a moderação ou a radicalização. Também os republicanos terão um longo trabalho a fazer com a herança mista deixada por Donald Trump. Suas políticas em defesa da vida e da família foram extremamente positivas, a economia norte-americana apresentava ótimos números antes da pandemia e suas nomeações para a Suprema Corte foram excelentes. Tudo isso, no entanto, veio contrabalançado por um enorme culto à personalidade, misturado com agressividade desmedida e desprezo pelas instituições democráticas.

Para inspirar

Orçamento doméstico. Todo ano é a mesma história? Você planeja melhorar o orçamento, mas não dá conta de pagar todas as despesas de início de ano, como IPVA, IPTU, material escolar, entre outros custos? Repórter da Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo, Lucian Haro entrevistou o economista e reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, que traz dicas para começar o ano com o pé direito nas finanças da família.

Tenha um ótimo dia!

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