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BOM DIA

Como Bolsonaro pode deixar de ser um tuiteiro que governa e se tornar um governante que tuita 

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Bom dia – hoje, especialmente para você, mulher, leitora da Gazeta do Povo!

Para começarmos o cardápio de conteúdos de hoje, nada melhor do que falar do Dia Internacional da Mulher. A primeira dica é o especial impecável que a HAUS preparou com 12 entrevistas exclusivas com arquitetas e designers de várias partes do mundo. Não deixe de conferir Arquitetura: substantivo feminino, trabalho de Luan Galani, Aléxia Saraiva, Luciane Belin e Sharon Abdalla.

No Bom Gourmet, Marina Mori e Amanda Lüder conversaram com 5 brasileiras que chegaram ao patamar mais alto da gastronomia, desafiando a predominância masculina até quando o assunto é cerveja e churrasco. E, se você é de Curitiba, vale dar uma olhada na programação do Festival Cinema de Mulheres, que rola no Museu da Imagem e do Som do Paraná durante o mês inteiro com a exibição gratuita de filmes dirigidos por mulheres. 

Perfil. Cirurgiã plástica de formação e mãe de três filhos, Michele Mamprim Grippa dedica as quintas-feiras à missão de socorrista em resgates médicos terrestres e aéreos. Ela compartilhou as histórias impressionantes de sua rotina com Maria Miqueletto, do Viver Bem: “Já fechei a porta da ambulância e chorei muito por me sentir impotente, mas por outro lado muitas vezes nos abraçamos e comemoramos por salvar uma vida”.

Passadas para trás. No mundo dos esportes, mesmo o que parece avanço acaba sendo retrocesso quando a participação das mulheres está em jogo. Um caso do atletismo norte-americano evidencia como elas têm perdido espaço para homens biológicos que se identificam como mulheres trans e acabam galgando as primeiras posições. Enquanto isso, lideranças do futebol feminino pleiteiam junto à Fifa que o prêmio do Mundial feminino seja equivalente ao do masculino – que, atualmente, é quase 10 vezes maior.

Imagem do dia

Golden priorities

O golden shower postado por Jair Bolsonaro foi uma surpresa, mas outra coisa que chama a atenção no Twitter do presidente é o que ele não posta. O presidente tinha dito a líderes partidários do Congresso que usaria seu alcance nas redes sociais para tornar a reforma da Previdência mais docinha aos olhos de seus eleitores, mas não tem cumprido o combinado. A ausência do tema – o principal desafio do novo governo –, ao mesmo tempo em que Bolsonaro fala de “prioridades” ao postar o fatídico vídeo, é curiosa. 

Fernando Jasper aprofunda o assunto e Guido Orgis lembra que, bem apresentada, a Previdência – ou o combate à criminalidade – poderia ser para Bolsonaro o que o Plano Real foi para FHC e o Fome Zero para Lula. Quem sabe, algo tenha começado a mudar ontem à noite, quando o presidente transmitiu uma live através de suas redes sociais – fique tranquilo, Sérgio Luis de Deus resumiu o conteúdo do vídeo para você

No editorial desta sexta-feira (8), a Gazeta do Povo defende que Bolsonaro é o garoto-propaganda que mais pode ter sucesso ao defender a necessidade da reforma da Previdência – em uma corrida em que já sai na desvantagem, porque a desinformação sobre o assunto já circula desde os tempos de Michel Temer. Bolsonaro vai ter que fazer a lição de casa se quiser mostrar que acha o assunto mais importante e promissor do que o alarmismo moralista ou antissocialista que domina suas publicações nas redes sociais – e se quiser realmente que a reforma passe pelo Congresso. 

Alta traição. Esse alarmismo, aliás, foi a guilhotina que cortou a cabeça de Paulo Roberto de Almeida, diplomata exonerado pelo ministro Ernesto Araújo na segunda-feira (4). O artigo de Paulo Emílio Vauthier Borges de Macedo explica o contexto da decisão: liberal clássico – o que já o fez amargar dificuldades durante os governos petistas –, Almeida não se alinhou à direita bolsonarista porque não comprou a ideia do antiglobalismo, um dos pilares do olavismo que gestou o novo chanceler.

Entre amigos. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Araújo disse que o Brasil vai tentar convencer os seus parceiros dos BRICS – Rússia, Índia, China e África do Sul – a retirar o apoio a Nicolás Maduro. Para ele, apoiar a transição democrática na Venezuela “é uma questão de bom senso”. A Venezuela, aliás, enfrentou apagões em quase todo o país nessa quinta-feira (7) – para Maduro, foi sabotagem.

Entre inimigos. O pedido de suspeição encaminhado à Procuradoria-Geral da União contra Gilmar Mendes não é o primeiro capítulo do cabo de guerra entre o ministro do STF e a força-tarefa da Lava Jato. Kelli Kadanus conta a história dessa inimizade

“TV do Lula”. Fundada em 2007 pelo ex-presidente Lula com a proposta de ser uma BBC brasileira, a EBC amargou a perspectiva de ser extinta neste começo de governo – uma das promessas de campanha de Bolsonaro. A extinção, porém, foi descartada e a empresa tem até um lugarzinho entre os tuítes presidenciais. Olavo Soares explica como aconteceu essa reviravolta

Laranjal. Zuleide Oliveira, que se candidatou a deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais, revelou nessa quinta que denunciou o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em setembro, acusando-o de a ter chamado para ser laranja nas eleições. O ministro, aliás, tentou de novo levar o caso dos laranjas para o STF, alegando foro especial

Laudo. Uma perícia médica apontou que Adélio Bispo, o autor da facada contra Bolsonaro, é portador de “transtorno delirante permanente paranoide” e deve ser considerado inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizado por seus atos. Se o laudo for aceito pela Justiça, Adélio deve cumprir pena em um manicômio judicial.

Engatinhando

Você já ouviu falar de acolhimento familiar? Embora ainda pouco conhecida no Brasil, essa modalidade de acolhimento de crianças e adolescentes cuja guarda foi retirada dos pais é tida como preferencial pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em relação ao acolhimento institucional em casas-lares. No Sempre Família, Lorena Maria Lafraia explica por que o programa tem dificuldades para avançar no país.

Ascensão meteórica

Uma cidade paranaense subiu nada menos do que 584 posições no ranking nacional de transparência elaborado pela Controladoria-Geral da União. Com a ascensão, Londrina alcançou o topo da lista, com a invejável nota de 9,95 em transparência. Cristina Seciuk conta o que o município fez para virar o jogo.

Aquele dáblio 

Você já se perguntou porque a sigla de Curitiba, na aviação, é CWB? Gustavo Ribeiro foi atrás dessa informação e conversou com a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) para entender a sopa de letras. Fica o spoilerzinho: “Nem sempre há uma lógica por trás do sistema”, reconheceu a entidade.

Ótimo fim de semana para você!

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