Arthur Lira (PP-AL) ao presidir a primeira reunião de líderes: debate sobre como fica a Mesa Diretora da Câmara.| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
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Para começar esse resumo de notícias. Após anular a composição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, definida pela reunião de líderes antes das eleições da Casa, o novo presidente Arthur Lira (PP-AL) determinou a dissolução do bloco que apoiava Baleia Rossi (MDB-SP), alegando que os adversários atrasaram o registro na Câmara. Mas recuou em alguns pontos para evitar a judicialização no Supremo Tribunal Federal.

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Como fica agora? A nova composição da Mesa Diretora deveria ter ocorrido durante na tarde desta terça (2), mas foi adiada para esta quarta, às 10h. Arthur Lira negociou com os opositores e chegou a um acordo. Ele cedeu vagas para PT e PSB, que ficarão respectivamente com a segunda e terceiras secretarias. De Brasília, Olavo Soares explica quem vai ficar com cada vaga após discussões e ameaças de processo sobre a composição da Mesa Diretora da Câmara.

E no Senado? Aproveite e confira também na reportagem de Rodolfo Costa, também de Brasília, como fica a composição na casa ao lado, o Senado, que tem como novo presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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Utilidade pública

Vacina russa contra o coronavírus que está nas intenções de compras do presidente Jair Bolsonaro, a Sputnik V teve eficácia de 91,6%, segundo as preliminares divulgadas sobre o imunizante nesta terça (2). O que mais se sabe até agora? Confira na reportagem da equipe de Saúde da Gazeta do Povo. Essa vacina ainda não foi aprovada pela Anvisa. Já o Instituto Butantan, de São Paulo, deve receber nesta quarta-feira 5,4 mil litros de insumos da China para produzir mais 8,6 milhões de doses da Coronavac.

Amazonas, atualização e mutação. Após o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso, com pacientes com Covid-19 morrendo sufocados, o Ministério da Saúde garantiu que o abastecimento de oxigênio no estado foi normalizado. A pasta também divulgou sua nova atualização quanto à doença: em 24 horas foram registrados no país 54.096 diagnósticos positivos, e 1.210 falecimentos. Ao todo, o Brasil contabiliza 9.283.418 casos, 226.309 óbitos e 8.160.929 recuperados da Covid-19. Enquanto isso, o Reino Unido detectou mais uma mutação “preocupante” da cepa britânica do coronavírus.

Política e economia: além da Mesa Diretora da Câmara

Reforma ministerial. Durante a campanha para as eleições da Câmara, Arthur Lira foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Isso deve mudar as relações do governo com a Câmara, que eram conturbadas com Rodrigo Maia; confira na reportagem de Wilson Lima, de Brasília. Aliás, nos bastidores, uma das promessas do Planalto para garimpar apoio na eleição da Câmara era cessão de cargos e ministérios ao Centrão; entenda o esboço da reforma ministerial que pode até mesmo recriar três ministérios. Já do lado econômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, listou as prioridades da pasta em tramitação no Congresso.

Olha o gás! Em maio de 2019, Paulo Guedes prometeu que o preço do botijão de gás cairia pela metade em dois anos. Até agora, o custo subiu 13%. Por que isso? De Brasília, Jéssica Sant’Ana apurou as justificativas para a alta do gás de cozinha. Já a energia elétrica pode cair no Norte e Nordeste; confira a ideia do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, sobre uma medida provisória com essa finalidade.

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Giro pelo mundo. Na Europa, mais um país restringiu voos do Brasil: a Espanha. Nos Estados Unidos, o dossiê da Câmara dos Representantes concluiu que Donald Trump teve responsabilidade na invasão ao Congresso. Os advogados do ex-presidente negam a participação. Também nos EUA, as vacinas contra Covid-19 serão distribuídas em farmácias. E em análise, Michael Brendan Dougherty, redator sênior da National Review, faz um alerta: o populismo está longe de sair de cena nos Estados Unidos; leia o artigo.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Sobre o Congresso. Nossos colunistas avaliam as eleições para as presidências na Câmara e no Senado. Alexandre Garcia apresenta os novos rumos do Congresso com Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado. Madeleine Lacsko destaca que a Frente Ampla de Maia pagou preço da arrogância nas eleições. E Guilherme Macalossi ironiza: Intervenção na eleição do Congresso é tratamento precoce contra o Impeachment. E aproveitando o ensejo político, o cronista Paulo Polzonoff responde a carta de uma leitora: como seria o Brasil do presidente Haddad.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Nossa visão: Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado. Não houve surpresas na eleição para a presidência do Senado, realizada na tarde desta segunda-feira. O mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) costurou uma aliança ampla que foi da direita à esquerda, contando com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas também de partidos como o PT e o PDT, e venceu com 57 votos. Tema para nosso editorial: O novo presidente do Senado.

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Candidato algum admitiria ser mero cordeirinho da Presidência da República em caso de vitória. Resta saber como essa independência será exercida, porque algumas oportunidades valiosas já foram perdidas, como quando a casa aprovou a indicação de Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal, realizando uma sabatina constrangedora para endossar o nome escolhido por Jair Bolsonaro. Um motivo de preocupação é o fato de Pacheco ter conquistado a presidência do Senado também com o apoio de partidos cuja plataforma é diametralmente oposta às necessidades do país.

Nossa visão: Arthur Lira

O presidente da Câmara. O presidente Jair Bolsonaro e o Centrão conseguiram uma vitória importante na noite de segunda-feira, dia 1.º. Arthur lira começou com a polêmica da Mesa Diretora da Câmara. Mas, na verdade, só mesmo aqueles diretamente envolvidos com o grupo vencedor têm motivos para comemorar, pois não é nada animador para o país ver no comando de uma das casas do Congresso Nacional alguém que é réu por corrupção em duas ações no Supremo Tribunal Federal. Este também é de editorial: Arthur Lira e o Centrão no comando da Câmara.

R$ 3 bilhões do Ministério do Desenvolvimento Regional foram colocados à disposição de 285 parlamentares – deputados e senadores – para que escolhessem o destino do dinheiro. Apoiadores do presidente Bolsonaro dirão que isso nada mais é que lutar com as armas que estão à disposição. Mas não há diferença alguma entre essa troca de apoio por verba para redutos eleitorais e aquilo que foi feito, por exemplo, quando Dilma Rousseff usou um decreto para condicionar uma liberação de verbas à aprovação de um projeto que lhe permitia dar um “golpe fiscal” em 2014; ou o balcão montado por Lula em Brasília para minar o apoio ao impeachment de Dilma.

Para inspirar

Jiu-jitsu para a vida. Uma jovem de Curitiba percebeu que poderia mudar a vida. Não dela, mas de outros jovens. Treinadora de jiu-jitsu, ela alugou um imóvel e abrigou quatro meninas e quatro meninos com mais de um objetivo: além de oferecer treinamento no esporte, dar uma oportunidade para que jovens em situação de vulnerabilidade mudassem de vida. Em reportagem, Diogo Souza, da equipe Um Dois Esportes revela a história da curitibana que criou “A Casa” que ensina jiu-jitsu dá lições de vida.

Tenha um ótimo dia!

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