Para começar este resumo de notícias. O Senado deve instalar nesta terça-feira (27) a CPI a Covid, que vai investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia. Antes mesmo de ser iniciada oficialmente, a comissão já sofre com um impasse. Uma liminar da Justiça Federal impede que o senador Renan Calheiros (MDB-Al) assuma a relatoria, conforme acordo firmado entre os parlamentares. “Por que tanto medo?”, disse o emedebista, que vai recorrer da decisão. A Casa Civil distribuiu a 13 ministérios uma lista com 23 acusações e críticas ao governo que podem ser usadas na CPI, entre elas algumas ligadas à economia.
Auxílio federal. Um dos principais desafios da CPI será investigar a aplicação do auxílio federal pago a estados e municípios. Jéssica Sant’Ana destaca que a União transferiu R$ 60 bilhões, mas alguns fatores dificultam o rastreamento.
Perguntas e respostas. Afinal de contas, até onde poderá seguir a investigação da CPI? Quem deverá ser chamado para depor? E por que ela desperta resistência? Olavo Soares tem as respostas.
Utilidade pública
Sonegação. Você sabe quanto deixa de entrar nos cofres públicos a cada ano em razão da sonegação e da inadimplência no setor de combustíveis? Nada menos que R$ 14 bilhões, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Célio Yano explica por que essas perdas acontecem e o que pode ser feito para combatê-las.
Vacinação. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse estar preocupado com o fornecimento da segunda dose da vacina Coronavac e reconheceu “dificuldade” na distribuição do imunizante. Os Estados Unidos anunciaram que vão doar todo seu estoque de vacinas da AstraZeneca a países em desenvolvimento.
Atualização. O Brasil registrou nesta segunda-feira (26) 1.139 mortes por Covid-19 e 28.636 novos casos da doença, segundo boletim do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 14.369.423 diagnósticos positivos e 391.936 óbitos. Quanto à vacinação, até o momento foram imunizados 27.145.294 com a primeira dose e 11.421.157 com a segunda.
Política e economia
Orçamento 2021. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo fará, por meios legais, a recomposição do Orçamento 2021, sancionado com cortes nas áreas de saúde, meio ambiente e obras em andamento. Para o futuro, o governo aposta na reforma administrativa como uma forma de aliviar os cofres públicos em mais de R$ 800 bilhões. Entenda como isso seria possível.
Eleições 2022. Por qual partido Bolsonaro deve disputar a reeleição em 2022? Filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tenta levá-lo para o PRTB, do vice Hamilton Mourão. Mourão, por sua vez, cogita disputar uma cadeira no Senado no ano que vem. E quem seria o vice na chapa de Bolsonaro? Um nome que ganha força é o do ministro das Comunicações, Fabio Faria.
Giro pelo mundo. Um relatório do Stockholm International Peace Research Institute mostra que os gastos globais com defesa aumentaram em 2020, chegando a US$ 1,9 trilhão. A Justiça da Rússia ordenou a suspensão das atividades das organizações vinculadas ao oposicionista Alexey Navalny. E Portugal teve no domingo (25) o primeiro dia sem mortes por Covid-19 em nove meses.
O que mais você precisa saber hoje
Relações internacionais. Por vacina e reeleição, Bolsonaro adota tom mais pragmático na política externa brasileira
Educação. Escolas dos EUA abraçam teoria racial crítica e investem na formação de militantes antirracistas
Pandemia. Pesquisa: 55,1% concordam que as igrejas devem ficar fechadas para ajudar a conter a Covid
História. Seis pontos para entender a violenta repressão soviética à Hungria em 1956
Colunas e artigos
Homeschooling. Elisa Flemer adotou o homeschooling (prática de estudar em casa) e passou no vestibular da USP, porém, a Justiça impediu sua matrícula. Cristina Graeml entrevistou a estudante sobre o caso. Madeleine Lacsko analisa quem é mais antidemocrático: o Twitter ou o Partido Comunista Chinês?
Nossa visão
Desigualdade social. Quando o Produto Interno Bruto (PIB) de um ano é inferior ao do anterior, em valores nominais absolutos e descontada a inflação, está caracterizada a recessão. Mas a taxa de recessão econômica, ou seja, o porcentual de queda do produto total da nação, não é a taxa de empobrecimento geral, nem explica como o custo da recessão foi distribuído entre as várias camadas da população segunda sua renda. Tema para o nosso novo editorial: A redução das desigualdades sociais.
A redução das desigualdades de renda deve entrar no radar das metas mais urgentes do Brasil, no mínimo por três razões. Uma, para tornar a democracia e a economia livre mais sólidas; a segunda, por razões humanitárias e de solidariedade entre as gerações; a terceira, porque a população brasileira deve seguir aumentando até 2047 e, depois, começa a diminuir, a ponto de poder chegar com 50 milhões de pessoas a menos no ano 2100, conforme estudo da escola de Medicina da Universidade de Washington e publicado no dia 14 de abril passado pela revista científica britânica The Lancet.
Para inspirar
Amor ao trabalho. Todos gostariam de trabalhar com aquilo que amam, mas nem sempre isso é possível. Por isso, mudar de carreira para alcançar esse sonho requer planejamento. Rossana Bittencourt, do Sempre Família, traz dicas para quem pensa em mudar de vida com esse objetivo. Confira! Um bom dia e uma ótima semana!
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