Para começar esse resumo de notícias. Enquanto o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de contaminados pela Covid-19 (leia abaixo), pequenos, médios e grandes empresários encaram outra frente de batalha: a falta de crédito para financiarem a crise que começou na saúde e assola a economia.
Alguns números. Segundo o IBGE, na primeira quinzena de junho, quatro em cada dez empresas que fecharam as portas temporariamente ou definitivamente o fizeram em razão da pandemia. Muitas, como revela reportagem de Andrea Torrente, enfrentam uma missão [quase] impossível: ter acesso às linhas de crédito criadas para socorrer empresas na pandemia. Dinheiro nos bancos, contudo, existe: R$ 71 bilhões foram disponibilizados, mas apenas 25% foram concedidos até agora.
Uma oportunidade. Entre as linhas disponíveis, há uma de R$ 10 bilhões operada pelo BNDES focada em microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte: o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito. Empresários têm acesso ao chamado crédito fumaça: a garantia da empresa para pagar o empréstimo é baseada nas vendas futuras – neste caso, feitas via maquinhas de cartão. Assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos explicou nesta quinta (16) como funciona essa linha baseada em vendas de maquininhas de cartão para apoiar pequenos empreendedores.
Utilidade pública: além do crédito fumaça
Atualização. De acordo com boletim do Ministério da Saúde, o país chegou a 2.012.151 de casos confirmados de coronavírus. Em 24 horas, foram 45.403 diagnósticos e 1.322 óbitos. O total de mortos chegou a 76.688 em decorrência da doença. Veja números de recuperados, casos em acompanhamento e mortes em investigação.
Imprecisão nos números. Certamente há mais casos e óbitos do que os divulgados pelo Ministério da Saúde – e não apenas por conta da subnotificação. A pasta depende das secretarias de saúde dos estados, que nem sempre contabilizam todos os dados enviados pelas prefeituras. O Paraná é um exemplo. O jornalista Roger Pereira levantou informações de 10 cidades e mostra a disparidade entre os números dos municípios e da Secretaria de Estado da Saúde. Veja também o perfil das vítimas fatais no estado.
Vacina e imunidade. A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e testada em países como o Brasil, poderá ter o registro liberado em junho de 2021. Confira o atual estágio e novidades sobre essa vacina. Outra boa notícia é quanto à imunidade de rebanho. Dois estudos mostram que ela pode ser alcançada com um índice menor de infectados do que o estimado; veja os novos dados.
Política e economia
Posse no MEC. Com a presença virtual do presidente Jair Bolsonaro – em isolamento por estar com coronavírus –, o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, tomou posse nesta quinta (16). Diferente do antecessor Abraham Weintraub, conhecido pela condução ideológica, o novo chefe do MEC prometeu “um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores”; leia a cobertura no texto de Isabella Barone, correspondente em Brasília.
Promessas de reformas. Ao mesmo tempo em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu ir à casa do presidente do Senado levar a proposta de reforma tributária, a equipe econômica quer retomar o debate sobre o Plano Mais Brasil, enviado ao Congresso no ano passado. De Brasília, Jéssica Sant’Ana adianta: das três propostas de emenda à Constituição do plano, duas podem ser fundidas; veja o status das PECs Emergencial, do Pacto Federativo e dos Fundos Públicos.
Por falar em economia, você aceitaria pagar a CPMF “em troca” da abolição de outro imposto? Queremos ouvir a sua opinião; vote na enquete.
Giro pelo mundo. Dois ataques hacker chamaram a atenção em 24 horas. Em um, russos tentaram roubar informações sobre vacinas contra a Covid-19. Em outro, Obama, Bill Gates, Joe Biden e outros tiveram contas hackeadas no Twitter. Nos Estados Unidos, Donald Trump não irá impor uso obrigatório de máscaras em todo o país. Na China, a economia voltou a crescer: 3,2% no segundo trimestre. Em Bristol, na Inglaterra, uma estátua do Black Lives Matter foi removida. A Gazeta do Povo revela ainda como funciona o esquema de mineração ilegal que financia Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Houve aumento de torturas no país, revela pesquisa da ONG Provea.
O que mais você precisa saber hoje
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- Doações da Odebrecht. Alckmin é indiciado por lavagem de dinheiro, caixa 2 e corrupção
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Colunas e artigos
Debates pandêmicos. Em novo texto, Fernando Schüller comenta o desejo de certas pessoas verem adversários políticos mortos na pandemia. Leia no artigo: Só a ideia de que somos infalíveis justifica a morte em nome de uma ideia. Presidente do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral e mestre em Ciência Política, Ana Carolina Clève mostra por que realizar as eleições em novembro é algo razoável neste momento de crise sanitária. E Hanna Batista traz uma bela reflexão sobre a rotina de estudos de filhos autistas na pandemia.
Leituras para o fim de semana. Em nova crônica para os leitores da Gazeta do Povo apreciarem, Paulo Polzonoff escreve como um louco num caixote o fez dar ouvidos a um santo. Já Jarrett Stepman, em artigo no Daily Signal, faz um resgate histórico e lembra que os pais do comunismo eram racistas. Como o assunto é “machado e martelo”, Pedro Henrique Alvez traz uma reflexão sobre consequencialismo: o receituário dos genocidas comunistas e fascistas.
Nossa visão
Editorial. Pela primeira vez, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) aprovou a abertura de um procedimento administrativo de investigação contra um de seus membros. Em condições normais, é uma notícia que seria recebida com júbilo, por revelar uma disposição pouco comum no âmbito do Judiciário de julgar sem corporativismos seus próprios integrantes. No entanto, neste caso específico não é isso o que ocorre. Entenda e confira nossa visão no editorial: O Judiciário paranaense comete uma grande injustiça.
Em resumo, vemos um juiz probo que tomou uma decisão que desagradou outro juiz, e que por isso será julgado e investigado como se tivesse cometido grave infração disciplinar. A mera possibilidade de que tal julgamento viesse a ocorrer já seria um sofrimento enorme para um homem de bem – imagine-se, então, a sua concretização, decidida pelo Órgão Especial.
Para inspirar
Desligue-se. Em períodos de isolamento, utilizar asredes sociais para falar com amigos e familiares é algo acolhedor. Mas ficar 24 horas por dia online pode afastar pais e filhos, irmãos e, principalmente, o casal. Não queremos que esse seja o seu caso. A editora Lorena Lafraia gravou um vídeo com 4 dicas para que as redes sociais não atrapalhem seu casamento. Comece a aplicar essas dicas agora mesmo.
Tenha um bom fim de semana e aproveite para colocar em dia suas leituras da Gazeta do Povo.