Bom dia!
As eleições de 2018 serão decisivas para o futuro da Lava Jato e do combate à corrupção no país. Esta ideia foi transmitida de forma enfática, quase simultaneamente, por dois personagens centrais da operação: Deltan Dallagnol e Sergio Moro.
Dallagnol definiu 2018 como "a batalha final da Lava Jato" e apelou diretamente à população para não reeleger políticos acusados de corrupção. Foi em um encontro de procuradores, no qual foi apresentado um documento conjunto das forças-tarefa de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, repetindo o tom de ser necessário purificar a política nacional.
Moro falou durante evento da revista Veja. Reclamou de ataques que sofre de políticos implicados na Lava Jato e colocou o combate à corrupção como uma área tão crucial nas próximas eleições quanto as agendas social e econômica.
Quase candidato
Luciano Huck não estará no debate de 2018 como candidato a presidente. Tiago Cordeiro narra os seis meses entre a primeira menção ao nome do apresentador e o anúncio da desistência, período em que o global cumpriu agenda de presidenciável.
Huck definiu como insanidade lançar candidatura agora. Para André Gonçalves, loucura, loucura, loucura que ficou evidente ao comparar a estável e bem-sucedida carreira na televisão com o lodaçal da governabilidade que marca o presidencialismo brasileiro.
No fim, com um outsider a menos na disputa, são os velhos políticos que saem ganhando, com mais espaço para se manter no poder.
Ela chegou
A "descandidatura" de Luciano Huck foi um dos temas da estreia de "A Protagonista", com Madeleine Lacsko, na Gazeta do Povo. O programa #1 teve recado de Jair Bolsonaro, discussão sobre foro privilegiado e uma pesquisa exclusiva comparando os governos Dilma e Temer. Hoje, às 17 horas, tem mais ao vivo. E ao longo do dia no blog A Protagonista.
Acabou a farra
Desde 2012, o ministério da Fazenda emprestava dinheiro para estados e municípios tendo a União como fiadora. Um mecanismo que fez jorrarem R$ 5 bilhões, quase integralmente para o Rio de Janeiro, pagos pelo contribuinte. A sangria foi estancada na semana passada, com o fim do mecanismo que pagou a roubalheira do Rio com o nosso dinheiro, como define Ricardo Amorim.
A conta virá
O Brasil perdeu 1 milhão de crianças de 0 a 9 anos entre 2012 e 2016. Na mão oposta, o contingente acima de 60 anos aumentou em 4 milhões. O envelhecimento da população terá efeitos de longo prazo na economia, na educação, na saúde e no mercado de trabalho, como mostra Antoniele Luciano.
Novo alvo
A população mais velha acentua a necessidade de reformar a Previdência. E este é exatamente o novo alvo das centrais sindicais, em apuros com o fim do imposto sindical obrigatório determinado pela reforma trabalhista.
Brasil em três atos
Um grupo de juízes lançou manifesto dizendo que não aplicaria a reforma trabalhista em suas sentenças. Um grupo de empresários lançou uma cartilha ensinando a denunciar ao CNJ juízes que não aplicarem a reforma. Agora, o grupo de juízes processa os empresários que ensina a denunciá-los.
Módicos R$ 11 bilhões
Governo e poupadores fecharam, enfim, um acordo para quitar as perdas da poupança nos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2, tentativas malsucedidas de remendar a economia brasileira entre o fim dos anos 1980 e início dos 90. A fatura total é de R$ 11 bilhões e precisará da chancela do Supremo.
Questão de cultura
O Uber revelou na semana passada, com um ano de atraso, o ataque que expôs os dados de 50 milhões de clientes e 9 milhões de motoristas. O acobertamento, precedido por um suborno aos hackers para que apagassem as informações, só revelou a cultura de desonestidade que marca a empresa.
Talvez tenha faltado alguém que dissesse ao antigo CEO Travis Kalanick o quanto a empresa estava no caminho errado. Mesmo em uma cultura apodrecida, é possível dizer ao chefe que ele está errado, ensina Lívia Inácio.
Ouro frágil
Os bitcoins estão valorizando rapidamente, o que tem animado a entrada de investidores inexperientes. Sem a noção exata de como o mercado das criptomoedas é diferente do jogo de ações, eles acabam cometendo erros tolos e perdendo dinheiro.
Vermelhos
Karl Mark queria abolir a propriedade privada. Isso é de amplo conhecimento. Mas o pai do comunismo também queria extinguir a família, a individualidade, as verdades eternas, as nações e o passado.
Cuba segue o receituário marxista desde os anos 1950. Roberto Rachewsky esteve por lá recentemente e relatou no blog de Rodrigo Constantino que ficou arrepiado com o que viu - não, isso não é um elogio.
Outra experiência com o DNA marxista é o "socialismo do século XXI" da Venezuela. O ditador Nicolás Maduro entregou o comando da petroleira PDVSA para um general, reforçando a transformação do seu governo em uma ditadura militar socialista, como apontamos no editorial da Gazeta do Povo.
Já é passada a hora de a América Latina assumir sua parcela de responsabilidade no caos em que se transformou a Venezuela. É necessário que se aposte em todos os mecanismos multilaterais para pressionar a ditadura de Maduro e cobrar Rússia e China para que deixem de financiar o regime o mais rápido possível.
Disputa ferrenha
O governo do Paraná apresenta hoje o projeto de um novo ramal ferroviário para o estado, entre Guarapuava e Paranaguá, em meio a uma batalha acirrada entre Ferroeste e Rumo. A Ferroeste alega que há dois gargalos no trecho administrado pela Rumo. A Rumo admite um e diz que o projeto do governo é inviável.
Pé no freio
O Paraná vai congelar a expansão de escolas em tempo integral em 2018. A alegação do governo é de que isso pressionaria as contas públicas e que 30% dos alunos do integral pediram transferência para o parcial, informa Rosana Felix.
Belém abaixo
Prefeitura de Curitiba e governo do Paraná apresentam nas próximas semanas um projeto de despoluição do Rio Belém, com objetivo de torná-lo navegável. Cogita-se até um acesso ao aeroporto por via fluvial, conta André Nunes.
Enfim, em casa
O artesão José Valsonir Gauer, conhecido como Sony, enfim deixou as ruas de Curitiba, onde morava dentro de uma casinha de cachorro. Ele voltou a morar com o filho, de quem havia se afastado por causa de uma depressão. A reportagem é de Angieli Maros.
A mais letal
Até 2029, o câncer deve tomar das doenças cardiovasculares o posto de doença que mais mata no Brasil. A própria redução no volume de mortes por problemas cardíacos indica um caminho a ser repetido: o brasileiro melhorou seus hábitos.
O tempo passa, o tempo voa
O Palácio Avenida é um dos destinos mais procurados de Curitiba em dezembro, por causa das apresentações de Natal. Mas o prédio ficou abandonado e quase foi demolido nos anos 1970, antes de passar por reforma e se tornar o que é hoje, como mostra Sharon Abdalla.
O Natal do Palácio Avenida estreia na sexta-feira, abrindo oficialmente a temporada natalina em Curitiba. Esta semana tem também Casa do Papai Noel e Rua Iluminada. Confira a agenda.
Se você quer levar o Natal para dentro de casa, o Clube Selections tem promoções de enfeites natalinos exclusivos para quem é assinante da Gazeta do Povo.
#forçaChape
Amanhã completa um ano do acidente que matou 71 pessoas no voo da Chapecoense para jogar a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia. Daniel Malucelli ouviu Alan Ruschel, um dos seis sobreviventes da tragédia. De volta aos gramados, o lateral se pergunta até hoje: "por que sobrevivi?".
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