Bom dia!
Os dois últimos dias foram marcados pelo aumento da tensão na Venezuela, com grupos pró e contra o ditador Nicolás Maduro tomando as ruas de Caracas após o rompimento de militares pró-Guaidó com as forças pró-Maduro. Juan Guaidó, o presidente interino do país, disse na manhã de terça (30) que “as principais unidades militares” venezuelanas estão ao seu lado, atuando para tirar Maduro do poder – ele chamou o movimento de “fase final da Operação Liberdade”.
Na quarta (1º), Guaidó pediu que os servidores públicos se rebelem contra Maduro até que se instale uma greve geral no país. O presidente interino afirmou que a partir de agora não haverá descanso até que o ditador caia e rebateu as acusações de golpe, dizendo que golpe mesmo seria a sua prisão. Fique por dentro da movimentação no país com a cobertura da Gazeta:
- Helen Mendes e Isabella Mayer de Moura explicam como a operação se desenrolou e o que vem pela frente.
- Vídeos mostram membros da Guarda Nacional atacando e prendendo outros guardas, além de veículos militares blindados passando literalmente por cima de manifestantes da oposição.
- O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a possibilidade do Brasil participar de uma ação armada no país é “próxima de zero”. Enquanto isso, o PT publicou uma nota de apoio a Maduro.
- Para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), a queda de Maduro será inevitável. O chanceler Ernesto Araújo é mais modesto e acha que é melhor “não esperar demais”.
- A entrada de venezuelanos no Brasil bateu um recorde na terça – mais de 800 cruzaram a fronteira com Roraima em um só dia.
Liberdade ainda que tardia
Bolsonaro assinou na terça-feira uma medida provisória para “tirar o Estado do cangote das pessoas”, como explicou o presidente: é a MP da Liberdade Econômica. Onyx Lorenzoni (DEM), o ministro-chefe da Casa Civil, explicou que se trata de um voto de confiança ao cidadão que quer empreender. De Brasília, Jéssica Sant’Ana explica o que muda com a MP.
Medalha, medalha, medalha
No mesmo dia, Bolsonaro resolveu distribuir a rodo a aliados seus a Ordem de Rio Branco, uma das maiores condecorações do país. O grau mais alto da ordem, o de Grã-Cruz, foi concedido a Olavo de Carvalho, a Mourão e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); a Sergio Moro, Paulo Guedes, Abraham Weintraub, Damares Alves, Ricardo Salles (Novo) e outros seis ministros; a João Doria (PSDB), Wilson Witzel (PSC), Romeu Zema (Novo), Ratinho Junior (PSD) e outros cinco governadores alinhados com Bolsonaro.
Ao segundo grau mais importante, o de Grande Oficial, foram alçados ninguém menos do que Flávio (PSL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de outros parlamentares como Joice Hasselmann (PSL-SP), Major Olímpio (PSL-SP), Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Bia Kicis (PSL-DF).
Tem mais
- O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda acabou na terça. E alguém resolveu preencher a declaração em nome da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
- Falando nela, Luan Sperandio analisa os primeiros meses do governo Bolsonaro para explicar por que, no campo econômico, o capitão merece o apelido de “Dilmo”.
- Calma lá: para Moro, a discussão sobre a carta-branca para que o proprietário rural possa atirar em invasores – alardeada por Bolsonaro na segunda (29) – é “prematura”.
- A pior recessão econômica da história do Brasil, entre 2014 e 2016, impactou negativamente a taxa de pobreza de toda a América Latina. Fernanda Trisotto explica como isso aconteceu.
- O editorial da Gazeta do Povo desta quinta (2) explica por que em nosso momento histórico a palavra “reforma” está tão em voga – e por que reformas como a da Previdência são tão necessárias.
- Na HAUS, a arquiteta Maria Helena da Rocha Paranhos analisa um elemento que é fundamental para a cidade, mas que não recebe nenhuma importância em nosso país: a calçada.
- Vinho à vontade a partir de R$ 29? Em Curitiba tem. Confira as indicações de Flávia Schiochet, no Guia – afinal, amanhã já é sexta.
Tenha uma ótima quinta-feira!