Bom dia!
Os gastos com o funcionalismo público são pauta nacional e cada esfera de governo lida com eles à sua maneira.
A prefeitura de Curitiba enviou para a Câmara de Vereadores um orçamento de pessoal para 2018 6% menor que o deste ano, informa João Frey. A redução é comemorada pela equipe Rafael Greca como resultado direto do ajuste fiscal promovido no primeiro semestre.
Ajustes fiscais têm sido a tônica do segundo mandato de Beto Richa, em parte para cobrir a generosidade do primeiro. Entre 2010 e 2017, a folha do governo estadual teve crescimento real de 60%, o que deu ao servidor paranaense um "salário top", segundo Mauro Ricardo Costa. O secretário da Fazenda confirmou a Rogerio Galindo que este salário ficará congelado até o fim de 2018.
Mauro Ricardo responsibiliza o teto de gastos do governo federal pelo congelamento. Curiosidade, é Brasília quem menos contribuirá para reduzir as despesas com funcionalismo. Temer queimou muito capital político - e dinheiro de emendas - para barrar as duas denúncias contra si. Agora, fica sem fôlego para bancar junto ao Congresso uma reforma da Previdência que mexa nos privilégios do funcionalismo, conta Flávia Pierry.
Discurso
Há tempos a economia é a única notícia boa - e cada vez melhor - do governo Temer. Também virou justificativa padrão para quem votou pela rejeição da segunda denúncia contra o presidente. Catarina Scortecci contabilizou 8 dos 18 votos paranaenses pelo arquivamento justificados pelo crescimento econômico.
E prática
A preocupação com a economia terá de se tornar prática na votação da reforma da Previdência. No editorial da Gazeta do Povo, reforçamos como a mudança no sistema de aposentadoria é fundamental para uma recuperação sustentável do país. E o empenho de Rodrigo Maia é fundamental para uma rápida aprovação.
Com a forte campanha de desinformação feita em torno da reforma, deputados não querem encarar o eleitorado e ouvir que ajudaram a “acabar com a aposentadoria” ou que fizeram o brasileiro “trabalhar até morrer”. Diante dessa resistência, a opção de Maia, aprovando o que for mais urgente ou consensual, deixando o restante para depois, surge como uma possibilidade plausível.
Tudo de novo
Nem bem escapou da segunda denúncia, Temer pode encarar a terceira. O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, intimou a Polícia Federal a formular perguntas ao presidente sobre suposta fraude no Decreto dos Portos.
Fidelidade espontânea
Na terça-feira, Evandro Éboli revelou que 120 deputados foram ao Palácio Planalto nos 30 dias anteriores à votação da denúncia. Ontem, foi dia de balanço do corpo a corpo. Apenas 6 votaram pelo andamento imediato da denúncia. Os demais ajudaram Temer; seja votando contra a denúncia, seja não comparecendo à votação ou voltando à suplência para que ministros exonerados pudessem votar com o presidente.
Quem vai rir por último?
Para Ricardo Amorim, a rejeição da denúncia deixa claro mais uma vez que só a pressão popular poderá deter os corruptos da política brasileira.
Lula como ele é
Na caravana por Minas Gerais, Lula lançou a ideia de organizar um plebiscito para derrubar o teto de gastos, caso seja eleito. Guido Orgis diz que o discurso refresca a memória coletiva de como Lula usa a economia para fazer populismo. E a conta volta para a população.
Ops!
A Universidade Federal Bahia anulou a questão de uma prova que exaltava o ex-presidente Lula. Coincidentemente, a medida foi tomada quando a Gazeta do Povo questionou o nítido viés ideológico da questão.
Desproporcional
Lúcio Vaz avança na questão dos "crimes de bagatela", delitos envolvendo valores irrisórios que acabam chegando às cortes superiores. Um homem que roubou bala de menta, barras de chocolate e cereais de uma loja de conveniência pegou 8 anos e 2 meses de prisão, quase a mesma pena que a imposta a Lula no caso do tríplex do Guarujá. O caso está no STF.
Abaixo da linha da cintura
A sessão de ontem do Supremo foi quente. Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes bateram boca. A discussão começou com troca de ofensa aos estados-natais dos ministros e desembocou em Barroso acusando Gilmar de ser leniente com crimes de colarinho branco.
É proibido proibir
É proibido vender armas, munições e explosivos a crianças e adolescentes. Está no ECA. O que o ECA não faz é restrição aos pais ensinarem seus filhos a atirar. Mariana Balan explica o caso.
Limite necessário
Um dos debates mais quentes na sociedade americana é de impor regulação aos gigantes da tecnologia Facebook e Google. Rodrigo Constantino escreve que mesmo para um liberal essa necessidade torna-se evidente, diante do poder superior ao de muitos estados que as duas empresas têm atualmente.
Expansão
As Farmácias Nissei planejam mais uma onda de expansão até 2021. A rede obteve R$ 153 milhões para investimento com a venda de debêntures. O plano é abrir 120 lojas novas.
Fica, vai ter bacon
Curitiba terá um Festival do Bacon. Será dia 4 de novembro, informa Reinaldo Bessa. O toucinho estará presente em pratos comuns, como hambúrguer e pastel, mas também em milk shakes. O Guia Gazeta do Povo tem a lista dos 11 restaurantes participantes.
Vem vindo o Natal
A programação de Natal de Curitiba começa a ganhar cores e vozes. O coral do Palácio Avenida terá Marisa Monte no seu repertório. No Umbará, a Família Moletta vai decorar a Avenida Nicola Pelanda com 30 mil luzes.
Reencontro com a história
Começou oficialmente, ontem, o Reação Urbana, laboratório de inovação que buscará soluções urbanas para revitalizar o Vale do Pinhão, em Curitiba. Um projeto para fazer Curitiba reencontrar sua vocação de vanguarda do planejamento urbano. As discussões seguem até domingo e na segunda-feira eu conto para vocês o que saiu de lá. Ótimo fim de semana a todos.
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