Bom dia!
A mais recente pesquisa eleitoral para 2018 mantém Lula, condenado por corrupção em primeira instância e e réu em mais seis processos pelo mesmo crime, à frente em todos os cenários. O sétimo processo foi aceito ontem, dentro da Operação Zelotes, por venda de medida provisória.
A liderança mesmo com tamanha ficha corrida surpreende, mas há um dado mais forte de tendência para a eleição do próximo ano: a rejeição de todos os pré-candidatos é alta, acima de 50% para todos. Fernando Martins decodifica o recado. O brasileiro não quer um político como presidente da República. E mesmo João Dória, outsider até poucos meses atrás, já foi jogado na vala comum. De onde virá o novo? Da força-tarefa da Lava Jato, prefere o eleitor.
Estratégia repetida
O PT traçou uma estratégia clara. A base do partido, em especial a presidente Gleisi Hoffmann, reforça um discurso radical de esquerda. Enquanto isso, Lula tenta se reaproximar de alas do PMDB (Renan Calheiros) e do setor produtivo (o empresário Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, é cotado para ser vice, como foi seu pai). É uma tentativa de emular o cenário da eleição de 2002.
Um verniz "Lulinha paz e amor" que descasca com a primeira tempestade. Basta ver a postura do partido diante do depoimento e da delação do ex-ministro Antonio Palocci. O PT trata da sua expulsão por ele ter delatado Lula diante de Sergio Moro. Essa hipótese nem foi cogitada quando Palocci precisou sair duas vezes do governo por corrupção. A régua ética do PT é tema do editorial da Gazeta do Povo.
Quem comete crimes e sofre pelo partido é transformado em herói. Quem colabora com a Justiça e entrega os comparsas é execrável, indigno de fazer parte do PT.
Sem distritão
O sistema de votação proporcional será mantido nas eleições de 2018. A Câmara rejeitou, por 238 a 205, a adoção do distritão, pelo qual as vagas no legislativo seriam distribuídas aos mais votados. Segue, assim, o método atual, com voto de legenda e coeficiente eleitoral.
Novo time, novo comando
Raquel Dodge reformou rapidamente o time da Lava Jato na procuradoria-geral da República. Apenas 2 dos 10 nomes que trabalhavam com Rodrigo Janot foram mantidos, o que deve devolver a Operação, ao menos por algum tempo, o ritmo lento que sempre a marcou na PGR - exceto na reta final, quando Janot saiu distribuindo flechadas.
O coordenador da Lava Jato no MPF de Brasília passa a ser José Alfredo de Paula Silva. Bruna Borges apresenta o procurador, que atuou no mensalão e na Zelotes.
Negado
Raquel Dodge não enfrentará a saia-justa de revisar a denúncia contra Temer enviada por Janot. Edson Fachin recusou o pedido do presidente e manteve a denúncia no STF. Hoje, o Supremo decide se aceitou outro pleito de Temer, de a denúncia não ir para a Câmara enquanto não se deliberar sobre a validade das provas apresentadas pela JBS.
Na ONU
Enquanto seus advogados trabalhavam, Michel Temer discursava na abertura da Assembleia da ONU. Falou que as reformas estão fazendo o Brasil superar a crise, mas não entrou no assunto "corrupção".
40 minutos de tuítes
No mesmo estilo direto e belicoso que opera seu Twitter, Donald Trump discursou pela primeira vez na ONU. Deixou o "America first" de lado e fincou as bases da política externa dos EUA: ameaçou destruir a Coreia do Norte, romper acordo nuclear com o Irã e agir para restabelecer a democracia na Venezuela.
Tragédia
No dia em que lembrava os 32 anos de um terremoto que matou 10 mil pessoas, o México sentiu novamente a terra tremer. O terremoto de 7,1 pontos na escala Richter matou 217 pessoas até a publicação deste texto e derrubou 49 prédios. Os vídeos do abalo são impressionantes.
Não é mera construção
A atriz Taís Araújo causou polêmica ao dizer, na internet, que ficou chocada ao ver que sua filha prefere brincadeiras e cores tipicamente de meninas, mesmo que ela, Taís, seja ativamente contra o que chama de "construções sociais". Carlos Orsi separa o joio do tribo. Há construção social? Sim. Basicamente, em cores. Mas há, principalmente, uma ampla base científica para explicar porque naturalmente meninos preferem coisas de menino e meninas, coisas de menina.
Caçadora de bons exemplos
A publicitária Amanda Malucelli está de partida para uma expedição diferente pelo Brasil. Ela procura bons projetos em educação. A primeira perna será pelo Sul e irá durar seis meses.
Até os 40
Se você, como eu, está vendo os 40 anos apontando no fim da reta, aqui vão quatro dicas do que fazer com seu dinheiro até lá. Ou será tarde: poupar para a aposentadoria, controlar gastos, criar um fundo de emergência e zerar as dívidas de consumo.
A próxima crise
Será das fintechs. Pequenas, dispersas e sem regulação, as startups de finanças devem causar a próxima grande crise do mercado financeiro exatamente por essa leveza oposta a Wall Street. Mas ainda há tempo de evitar o pior.
Carne forte
Uma em cada cinco fatias de carne colocadas no prato do brasileiro foi produzida no Paraná. É o que indica a Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado já produziu 2,64 milhões de toneladas de carnes de frango, bovina e suína no país em 2017, 21% do total.
Carne fraca
O Tribunal de Justiça do Paraná retoma, hoje, a apreciação do recurso de José Ary Nassif e Cláudio Marques da Silva, ex-diretores da Assembleia condenados em primeira instância no escândalo dos Diários Secretos. Resta apenas o voto do desembargador José Carlos Dalacqua, que pode até anular a sentença. O histórico de Dalacqua em casos similares, contudo, indica a tendência de ele manter a pena aos acusados.
Novas regras
O Tribunal de Contas do Paraná estipulou novas regras para cargos comissionados. Aqui está o que pode e o que não pode.
Fundão
A Câmara de Vereadores aprovou o CuritibaPrev, novo fundo de previdência complementar do funcionalismo municipal. A grande mudança é que os servidores terão de fazer contribuição complementar caso queiram aposentadoria acima do teto do INSS.
De primeira
O Paraná parece cada vez mais pronto a voltar à Série A. O Tricolou goleou o Guarani, concorrente direto, por 4 a 0, ontem, em Campinas. O Paraná agora é o terceiro colocado da Série B.
Boa praça
Curitiba tem 439 praças, mas uma pequena parcela delas é efetivamente usada pela população. Jorge Olavo ouviu especialistas para apontar possíveis soluções, que não se restringem apenas à atuação do poder público. Você e seus vizinhos também podem abraçar e revitalizar a pracinha do bairro.
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