O presidente Lula (PT) afirmou que está convencido de que alguém abriu as portas do Palácio do Planalto para que os manifestantes do último domingo (8) entrassem no prédio e promovessem os atos de vandalismo. As declarações foram feitas durante encontro com jornalistas. Ele disse que quer ver as fitas gravadas dentro da Suprema Corte e dentro do Palácio e acredita que policiais militares e integrantes das Forças Armadas foram coniventes com a situação.
Pente fino no Palácio
O presidente afirmou ainda que confia no ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e descartou a demissão dele. Ainda segundo o petista, o novo governo irá fazer uma “triagem profunda” para identificar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ainda atuam dentro do Palácio. Durante a fala, Lula enfatizou que as Forças Armadas não são o poder moderador e que têm um papel na Constituição que é a defesa do povo brasileiro e da soberania contra possíveis inimigos externos.
Moraes afastou Ibaneis sem seguir o rito da Justiça
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de afastar Ibaneis Rocha (MDB) do governo do Distrito Federal, foi tomada sem a provocação de um órgão de investigação ou pedido de parlamentares, como seria o rito normal da Justiça. O plenário da casa manteve a determinação com nove votos favoráveis e dois contrários. Essa é a primeira vez que um magistrado do STF retira um chefe de Executivo estadual e se soma a outras decisões tomadas pela Suprema Corte nos últimos anos criticadas por juristas. Em 2019, por exemplo, o então presidente Dias Toffoli determinou a abertura do inquérito das fake news sem pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), além de escolher Moraes para relatar o caso sem sorteio, como ocorre em todos os inquéritos instaurados. O caso gerou críticas mesmo dentro do STF, o que levou Toffoli a submeter a decisão ao plenário mais de um ano depois, em junho de 2020. Na decisão mais recente contra Ibaneis, Moraes apontou o que teria sido uma “conduta dolosamente omissiva” de Ibaneis, que teria ignora do “todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro, em especial, com a proibição de ingresso na esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”.
Manifesto cobra deputados
O movimento de cidadania Grita!, associação formada por cidadãos que defendem a democracia e o voto consciente nos integrantes do Poder Legislativo, lançou um manifesto público cobrando dos deputados eleitos ações concretas contra a invasão dos prédios públicos em Brasília e também contra as decisões por parte do Poder Executivo e do Judiciário que têm acontecido na sequência desses atos. O “Manifesto pela Pacificação de um País Dividido” é assinado por todos os integrantes do conselho do Grita! e pretende mobilizar a população para cobrar dos deputados e senadores eleitos que trabalhem pela democracia, independentemente de ocuparem atualmente a cadeira da oposição ou governista.
Chuvas nos EUA castigam Califórnia
A Califórnia volta a sofrer com fortes chuvas, agravadas por um ciclone que ameaça aumentar as inundações e deslizamentos de terra causados por temporais que já mataram 19 pessoas no estado mais populoso do país. Os danos materiais são estimados em mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões). As chuvas torrenciais dos últimos dias nos solos já saturados de água geraram grandes cortes de energia, numerosas inundações, arrancaram árvores e bloquearam estradas principais do oeste americano. Algumas regiões registram níveis de precipitação não alcançados há 150 anos. Cerca de 160 mil empresas e residências na Califórnia estão sem eletricidade desde o início da semana. O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) dos Estados Unidos descreveu o fenômeno como "um ataque interminável de eventos atmosféricos". No começo da semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de emergência na Califórnia. Isso permite que o governo estadual, assim como as administrações locais, tenham acesso a recursos federais para lidar com desastres gerados por tempestades.
A opinião de Bruna Frascolla, que afirma que o vício em rede social desestabilizou o país.
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