Maduro levantou a bola. Mourão cortou. Ponto para o Brasil. E ainda: Jean Willys alvo de ovada

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Na semana passada, o presidente da República, Jair Bolsonaro, incumbiu ao vice, general Hamilton Mourão, a missão de representar o Brasil em Bogotá em uma reunião de 14 países que discutem a crise na Venezuela. Missão dada é missão cumprida: Mourão agarrou a oportunidade para ser protagonista.

O vice se reuniu com o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e chamou o ditador venezuelano Nicolás Maduro de “criminoso”, “uma ameaça” e declarou que “é preciso devolver a Venezuela ao convívio democrático”. De Brasília, Olavo Soares explica a ‘guerra’ de Mourão contra papel de vice decorativo. E olha aí outra amostra de que nosso vice tem ofuscado até mesmo o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo:

Mas nem todos os brasileiros estão tranquilos. No domingo, um brasileiro, sob a mira de fuzis, foi obrigado a entregar suas duas malas no lado venezuelano. E o povo da Venezuela continua tentando escapar por trilhas na mata. A situação é o primeiro grande teste do Itamaraty, como mostra editorial da Gazeta do Povo:

“O Itamaraty, até agora, tem tratado a questão com a firmeza necessária, mas sem precipitação. O governo analisou a conjuntura, avaliou as opções, definiu o plano de ação e deixou claro para a sociedade e para os órgãos internacionais o modo como o Brasil atuaria.”

Outra situação tensa viveu o jornalista Jorge Ramos, âncora da emissora Univisión: foi detido com sua equipe na sede do governo da Venezuela e depois deportado após mostrar ao ditador Maduro um vídeo que retrata a triste realidade do país: pessoas andando atrás de um caminhão de lixo para pegar restos de alimentos.

Violência também na Ásia. A Índia conduziu um ataque aéreo na fronteira com o Paquistão, na disputada região da Caxemira. A ação – uma retaliação a um ataque terrorista que matou 40 soldados indianos neste mês – é uma significativa escalada das tensões entre as duas potências nucleares.

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Já em Portugal, um segurança impediu que uma ovada acertasse o ex-deputado Jean Willys, que renunciou ao mandato na Câmara alegando sofrer ameaças. Desde então, ele vive exilado na Europa. Confira aqui o momento da agressão.

Quem quer dinheiro?

Uma semana depois da apresentação da PEC da Previdência ao Congresso, o editor Fernando Jasper calcula: Por que é quase impossível ganhar o teto do INSS na aposentadoria, mesmo antes da reforma?

Em Brasília, o jornalista Lúcio Vaz encontrou alguém que vai ganhar 32% a mais que o teto do INSS. É um ex-deputado que pagou R$ 356 mil para se aposentar antes da reforma da Previdência. E a correspondente Jéssica Sant’Ana conta como e por que os PMs querem aposentadoria diferente das Forças Armadas e manter benefícios.

• Por falar em dinheiro (1): A presidência do Banco Central já tem dono. Terça foi o dia da sabatina do Senado com o novo presidente do BC. E terminou com fato inédito: sem bate-boca.

• Por falar em dinheiro (2): Os acionistas da Embraer aprovaram a parceria com a Boeing e a editora Naiady Piva explica o plano criação de uma nova empresa na área de aviação comercial, controlada pela Boeing. Vale a leitura!

Sente e aproveite as dicas: confira recomendações de nossos jornalistas

• Por falar em dinheiro (3): a Kraft Heinz, do bilionário Warren Buffett, perdeu US$ 15,4 bilhões. ‘Culpa’ do consumidor que busca comidas naturais.

• Por falar em dinheiro (4): As autoridades não estão nada felizes com a ação da Receita Federal que investiga suspeitas de crimes tributários de agentes públicos. Após Gilmar Mendes, chegou a informação de que a esposa do presidente do STF e a ministra do STJ Isabel Galloti são investigadas pelo Fisco. Mas o secretário especial da Receita Federal quer dar um “basta na folia”: Marcos Cintra pediu a Moro que a PF investigue vazamentos de apuração fiscal.

E já que estamos o ministro da Justiça entrou na pauta aqui, nossa correspondente Kelli Kadanus explica: como funciona o contrato local de segurança que Moro quer implantar no Brasil. Uma das inspirações é Portugal.

Lula comentarista de Facebook. E o inusitado pedido do MEC

O ex-presidente Lula também deu um jeitinho de aparecer na mídia. O editor Fernando Martins explica como, mesmo preso, Lula virou ‘comentarista-geral da União’ nas redes sociais emitindo opinião sobre quase tudo, da Venezuela à reforma da Previdência.

Também nas mídias sociais, no Twitter, Joice Hasselmann anunciou que é líder do governo no Congresso. E no Facebook [provavelmente] já está rolando a enquete: O ministro do Turismo vai se demitir ou será demitido pelo presidente Bolsonaro? A situação do ministro Marcelo Álvaro Antônio vai de mal a pior: Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido para que a investigação sobre candidatas-laranjas do PSL aberta em Minas Gerais passe a tramitar no Supremo.

E teve um político que conseguiu a proeza de ser demitido antes de assumir o cargo. O caso vem da Casa Civil, confira e leia ainda a sequência da polêmica envolvendo o ministro da Educação, que recomendou às escolas gravarem os alunos cantando o hino. Fundador do movimento Escola sem Partido, Miguel Nagib comentou o ofício do MEC, em entrevista à Gazeta do Povo.

Mesmo com as recentes polêmicas, o presidente está bem-visto pela população: 39% dos brasileiros avaliam governo como bom ou ótimo. Essa pesquisa chamou a atenção do editor André Gonçalves para 7 coisas que os brasileiros pensam sobre Bolsonaro (e que ele deveria prestar atenção).

Enquanto isso, na terra das araucárias...

Além de bem avaliado, o presidente foi destaque ao dar um pulinho em Foz do Iguaçu para a posse do novo diretor da Itaipu. Giulia Fontes acompanhou.

Quem não esteve em Foz foi o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que está nos Estados Unidos, mas assinou mais uma nomeação polêmica: um ex-chefe de gabinete de Valdir Rossoni (PSDB), citado em delação no âmbito da Operação Quadro Negro, ganhou um cargo comissionado na Agepar. A Catarina Scortecci explica essa nomeação que, claro, repercutiu mal. E o Palácio Iguaçu se apressou em informar que vai anular o decreto de nomeação.

Já no Porto de Paranaguá, o grito é por independência do governo federal, sob a justificativa de que isso trará agilidade às decisões. Entenda o pleito da “administração descentralizada” no texto da repórter Katia Brembatti

Vale conferir ainda a ajudinha de custo para os deputados federais do Paraná: R$ 33 mil para cada um, a título de “auxílio-mudança”. O detalhe é o seguinte: mesmo parlamentares reeleitos, que já mantêm uma residência em Brasília há pelo menos quatro anos, também tiveram direito ao benefício.

Em Curitiba, um alerta: a gangue dos falsos palhaços tem importunado as famílias que vão ao circo. Eles ameaçam riscar os carros de quem não comprar brinquedos na entrada dos espetáculos.

Também na região de Curitiba, um caso assustou, principalmente, quem tem filhos matriculados nas creches. Um bebê de 1 ano e 11 meses chegou em casa com 10 mordidas pelo corpo. Os pais registraram boletim de ocorrência e cobram explicações sobre o incidente.

E o arquiteto curitibano Jaime Lerner vai comandar a transformação do Minhocão, o Elevado Presidente João Goulart, em parque suspenso em São Paulo. O editor Luan Galani mostra que o piso será um tapete de grafites e a área de mais de 17 mil m² e terá deques, parquinhos, hortas, jardins e espaços para performances.