Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde.| Foto: Isac Nobrega
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Para começar. O [ainda] ministro da Saúde, Luiz Hernrique Mandetta, começou a semana ameaçado de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. Eles vêm se desentendendo sobre a crise do coronavírus. Enquanto Mandetta defende o isolamento da população, Bolsonaro quer que seja aplicado apenas o “isolamento vertical”.

O presidente já havia criticado o ministro no domingo (5). Disse que “pessoas do governo de repente viraram estrelas” e que  “iria usar a caneta”. Chegou-se a convocar uma reunião com todos os ministros para a cartada. Mas após o vazamento da demissão, e a repercussão da opinião pública e de lideranças do Congresso e do Judiciário, Bolsonaro voltou atrás e Mandetta permanece. Pelo menos por enquanto.

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Quando uma notícia é jogada à imprensa, e avalia-se a repercussão (positiva ou negativa) antes de uma decisão, em jornalismo isso é chamado de balão de ensaio. Foi o que ocorreu nesta segunda-feira? Para que você tire suas próprias conclusões, Olavo Soares, correspondente da Gazeta do Povo no Congresso, revela como a permanência de Mandetta teve apoio de partidos antagônicos, do Novo ao Psol.

Conteúdo Aberto

Números. O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (6) novos dados da expansão do coronavírus no Brasil. O país já tem 12.056 casos confirmados e 553 vítimas fatais; veja mais dados e os estados que mais preocupam. Mas apesar do avanço de casos, o Ministério da Saúde propôs que municípios e estados com 50% do sistema de saúde vago considerem a possibilidade de reduzir o nível de isolamento social.

Dia do pagamento. O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que os primeiros pagamentos do auxílio a trabalhadores informais começam nesta terça-feira (7). Também entra em funcionamento um aplicativo de cadastro de informações. Veja quem serão os primeiros a receber e as medidas de prefeitos para agilizar o cadastro de informais nos municípios. A jornalista Giulia Fontes elaborou um conteúdo “tira-dúvidas” sobre o benefício.

Pelo mundo. Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson foi internado em uma UTI após uma piora no quadro de coronavírus. Países com o maior número de casos, Itália, Espanha e Estados Unidos divulgaram novos registros quanto ao número de óbitos nesta segunda-feira (6). Há certo achatamento da curva na Europa.

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Exclusivo para assinantes

Coronavírus na economia. Apesar de uma nova medida provisória permitir a redução de salários e a suspensão de contratos de trabalho da iniciativa privada, os servidores devem passar imunes. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana explica por que os servidores terão tratamento diferente da iniciativa privada neste momento de crise.

Debates essenciais. Também de Brasília, Isabelle Barone escreve sobre alertas para mulheres sobre violência física, psicológica e patrimonial neste momento de pandemia, indicados pela ministra Damares Alves e pela cantora Marcela Taís. E veja ainda esse outro debate: antes utilizada com frequência apenas em países asiáticos, o uso de máscaras para toda a população é agora medida obrigatória em certas nações europeias. Confira na reportagem de João Fortes por que o mundo está mudando de ideia quanto ao uso de máscaras contra o coronavírus.

Indicações de leitura. Já Celio Martins apresenta Vladimir Zelenko, médico que inspira Trump e Bolsonaro. E em nova crônica, Paulo Polzonoff questiona: Quem é você no naufrágio do coronavírus?

Minuto coronavírus

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O mais importante de ontem no Brasil

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Nossa visão

Gestão da divergência. Diz o manual do bom gestor que elogios são públicos e críticas feitas em particular. Infelizmente, não é o que vem ocorrendo no governo. Leia no novo editorial da Gazeta do Povo: Bolsonaro, Mandetta e a gestão da divergência.

O sucesso de Mandetta poderia ser o sucesso de Bolsonaro como chefe e como gestor de uma equipe que não conta apenas com o ministro da Saúde no combate à pandemia. As divergências seriam tratadas de maneira privada enquanto se buscam consensos ou se fazem concessões.

A importância dos bancos. O sistema bancário será essencial para que os efeitos da paralisação prolongada sejam amenizados. Em editorial da Gazeta do Povo, comentamos o assunto: Os bancos diante dos efeitos econômicos do coronavírus.

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O desejável seria a ação voluntária de um setor que vem colecionando lucros suficientes para, neste momento de catástrofe, ser capaz de assumir riscos adicionais em nome do reerguimento econômico do Brasil. O governo colocou os bancos estatais na vanguarda de facilitação do crédito, mas apenas eles não serão suficientes.

Para inspirar

Compaixão. Em momentos de crise, atos de solidariedade aliviam o estresse e previnem doenças emocionais. Repórter da Equipe Sempre Família, Raquel Derevecki revela que os benefícios são percebidos principalmente quando o doador sabe quem está recebendo ajuda.

Tenha uma boa semana!

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