O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), os ex-secretários de Segurança do DF Anderson Torres e seu interino, Fernando de Sousa Oliveira, além do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, Fábio Vieira. A determinação tem o objetivo de investigar eventual responsabilidade das autoridades em relação aos atos de vandalismo praticados contra as sedes dos Três Poderes no dia 08 de janeiro em Brasília. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão está em busca de provas de eventuais ações ou omissões dos investigados.
Omissão e conivência de autoridades
A PGR também pediu a abertura de outro inquérito, dessa vez para identificar os mentores intelectuais dos ataques. Na decisão, Moraes aponta que alguns fatos revelam a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência do DF, como a ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da PMDF, durante os atos, autorização para que mais de cem ônibus ingressassem em Brasília sem qualquer acompanhamento policial e a total inércia no encerramento do acampamento de manifestantes na frente do quartel-general do Exército, em Brasília.
Atividade econômica cai em novembro
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que funciona como uma prévia do PIB, teve uma queda de 0,55% em novembro, comparativamente a outubro. Nos três meses encerrados em novembro, a retração foi de 0,68% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com novembro de 2021, houve uma expansão de 1,65% na atividade econômica. No ano, a variação positiva é de 3,26% e em 12 meses, de 3,15%. O índice reúne informações da atividade dos três setores da economia: agropecuária, indústria e serviços. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a produção industrial encolheu 0,1% em novembro, relativamente a outubro, e as vendas no comércio caíram 0,6%.
Ministério da Saúde pode facilitar o aborto
Com a troca de comando no governo, o Ministério da Saúde tem dado sinais de que pode rever medidas sobre o aborto e remover algumas das barreiras à realização do procedimento. Opositores do aborto enxergam uma grande chance de que o governo revogue quatro medidas implementadas pelo Ministério da Saúde na gestão Bolsonaro. Nos primeiros dias do novo governo, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, já afirmou que vai atuar pela legalização do procedimento. A ministra da Saúde, a socióloga Nísia Trindade, prometeu revogar normas que ofendem "os direitos sexuais e reprodutivos." O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, foi na mesma direção: disse que vai desfazer medidas "retrógradas" nesse campo. A postura de Nésio é especialmente relevante porque o tema do aborto está sob a alçada dele na pasta. A Saúde, mais do que a pasta de Cida Gonçalves, tem poder suficiente para desfazer algumas das proteções à vida estabelecidas durante o governo Bolsonaro. São normas que disciplinam os procedimentos isentos de punição segundo a lei: em caso de risco de vida à mãe e de gestações geradas por estupro.
Inflação de 94,8% na Argentina
A inflação na Argentina quase dobrou em 2022 em relação ao ano anterior, fechando em 94,8%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Trata-se de um percentual que não era registrado desde a última hiperinflação no país, há 30 anos. Em 2021, a inflação foi de 50,9%, e os preços continuaram a disparar no ano seguinte devido ao impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços dos alimentos e da energia e a uma deterioração macroeconômica interna e incerteza política causada por mudanças no Ministério da Economia, de acordo com analistas privados. A projeção do governo do presidente Alberto Fernández no orçamento de 2023 é de uma inflação de 60% para este ano, e a meta mensal, segundo o ministro da economia, Sergio Massa, é de 3% a partir de abril.
A opinião de Lúcio Vaz, que escreve sobre quem gastou mais com cartões corporativos.
E o sistema de irrigação de Mendoza, na Argentina. Com 30 dias de chuva por ano é possível abastecer a cidade e mil vinhedos.