• Carregando...
 | Paixão
| Foto: Paixão

Bom dia!

Rodrigo se cansou de Sergio que era ídolo de Carlos que era filho de Jair que contava com Vitor que não queria negociar com ninguém. Acompanhar passo a passo o bate-boca entre os poderes nos últimos três dias não é tarefa fácil. No centro do emaranhado, está um presidente da Câmara que cansou de fazer o papel de articulador político em favor de um presidente da República que reluta para vestir a camisa das reformas que o seu próprio governo envia ao Congresso.

Em um telefonema ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Rodrigo Maia (DEM) disse que não vai mais estar à frente da articulação pela reforma da Previdência na Casa. Kelli Kadanus elenca cinco recados de Maia ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) em pronunciamentos e entrevistas nos últimos dias. Entre outras coisas, Maia disse:

Eles construíram nos últimos anos o “nós contra eles”. Nós, liberais, contra os comunistas. O discurso de Bolsonaro foi esse. Para eles, essa disputa do mal contra o bem, do sim contra o não, do quente contra o frio é o que alimenta a relação com parte da sociedade. Só que agora eles venceram as eleições. E, em um país democrático, não é essa ruptura proposta que vai resolver o problema. O Brasil não ganha nada trabalhando nos extremos.

Bolsonaro diz que não entende o porquê da revolta de Maia, embora o seu filho, Carlos (PSC-RJ), tenha tuitado contra o presidente da Câmara depois do estopim dessa bagunça toda: a insistência do ministro da Justiça, Sergio Moro, de votar o quanto antes o seu projeto anticrime. Bolsonaro, porém, quer se manter fiel ao primeiro amor:

Só conversando. Você nunca teve uma namorada? E quando ela quis ir embora o que você fez para ela voltar, não conversou? Estou à disposição para conversar com o Rodrigo Maia, sem problema nenhum.

Alexandre Garcia recorda muito bem que não é o papel do presidente da Câmara fazer articulação política

Quem faz esse papel é o líder do governo na Câmara (...). Maia tem que se manter neutro, em respeito às várias correntes que existem dentro da Câmara, contra e a favor da reforma da Previdência.

No entanto, o major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara, não está a fim de negociar e tem o aval de Bolsonaro. Aí é que está um dos principais nós desse emaranhado: a confusão entre a velha política do toma-lá-dá-cá e a sempre necessária habilidade política de negociação entre Executivo e Legislativo. No editorial desta segunda (24), a Gazeta do Povo afirma que espera que o presidente assuma essa liderança:

Ser capaz, na condução das negociações, de distinguir entre o que é prioritário e o que é periférico; ter a magnanimidade de não alimentar divisões e a capacidade de negociar o que for possível – o que é bem diferente do “toma lá, dá cá” –, respeitando a inevitável heterogeneidade dos atores políticos; (...) essas são algumas das qualidades que tornam grandes os líderes.

Com o vácuo da articulação política, alguns nomes tentam dar um passo à frente. Olavo Soares conta como os parlamentares do Partido Novo é que têm sido a linha de frente da defesa da reforma da Previdência. Já o ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP), que acaba de ser denunciado por improbidade administrativa, se colocou à disposição de Bolsonaro para articular em favor do projeto anticrime de Moro.

E mais:

Havia um risco evidente ao eleger um governo que não apresentava propostas concretas, mas um ritual diário de lacração e execração de alegados inimigos em redes sociais: o risco do cachorro nervoso. Sabe o cão irritado que segue carro na rua? O grande problema dele é o que fazer quando o carro para. Estamos precisamente nesse ponto, o carro parou, o cachorro obteve o que quer e não sabe o que fazer.

E o Temer? 

Se você achava que Michel Temer (MDB) não passaria sequer um dia preso, achou errado. O habeas corpus do ex-presidente só será julgado no TRF-2 na quarta-feira (27). Preso em uma sala especial da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Temer recusou o jantar no primeiro dia de cárcere e também tem recusado o banho de sol. Na sexta-feira (22), o emedebista se reservou ao direito de ficar em silêncio durante o depoimento à PF

De volta ao lar 

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, anunciou na sexta (22) sua desfiliação do PMN e o seu retorno ao DEM, sigla da qual foi membro entre 1997 e 2003, quando o partido ainda se chamava PFL. 

O anúncio foi feito durante o segundo dia da Smart City Expo em Curitiba. Na mesma ocasião, o prefeito assinou um pacto que torna a capital paranaense o mais novo membro do programa City Possible, uma rede colaborativa para o desenvolvimento de grandes centros urbanos. Curitiba é uma das três cidades latino-americanas que participam do projeto, ao lado de Guarulhos e Buenos Aires. Na HAUS, Camila Machado explica mais sobre como o pacto pode contribuir para o desenvolvimento da cidade

Greca, aliás, é um dos quatro pré-candidatos à prefeitura em 2020 mais bem colocados na primeira pesquisa sobre o tema. João Frey analisa qual o modelo de cidade ideal de cada um deles.

Museu

Um laudo da PF concluiu que  o incêndio no Museu Nacional, em setembro de 2018, foi causado por um curto circuito no ar condicionado. Com o resultado da perícia, o delegado responsável avaliará quem poderá ser responsabilizado pela destruição do museu.

Desnecessário

No Viver Bem, Cecília Aimée Brandão elenca 5 ações desnecessárias realizadas em UTIs. Movimentos de médicos nos Estados Unidos e no Brasil estão chamando a atenção para medidas costumeiras que não revertem em bem-estar para o paciente.

Alerta

O Sempre Família explica como os pais podem detectar sinais de abuso sexual em seus filhos e o que fazer em uma situação dessas.

Rota da Cerveja

No Guia, Laura Leal Bordin mostra o que é possível visitar – e experimentar – na Rota da Cerveja, em Pinhais (PR). O passeio passa por 5 cervejarias artesanais da cidade.

Uma ótima semana para você!

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]