Bom dia!
O maior massacre a tiros da história dos Estados Unidos desencadeou a sequência de perguntas a tragédias como essa: quem? Por quê? Há ligação com o terrorismo islâmico? A legislação americana sobre armas facilitou de alguma maneira o ataque?
O dado mais atualizado, do fim da noite de ontem, apontava 59 mortos e 517 feridos no ataque a tiros durante um festival de música country, domingo à noite, em Las Vegas. Stephen Paddock, aposentado, 64 anos, foi o autor dos disparos a partir de um quarto do hotel Mandalay. A fumaça solta pelo cano do armamento acionou o detector de incêndio do quarto onde estava e permitiu que os agentes chegassem até ele. Paddock se matou antes de ser apanhado.
O Estado Islâmico chegou a reivindicar a autoria do atentado, mas o FBI não vê indício de ligação. Paddock foi definido por familiares e amigos como uma pessoa calma, fã de música country e de apostas. A sequência das investigações indicará se ele carregava um traço comum a atiradores solitários: comportamento antissocial, às vezes violento.
O ataque de Paddock reforça uma tendência trágica nos Estados Unidos: atiradores estão sendo cada vez mais mortais. O que reforça a permanente discussão sobre porte de armas na América. A metralhadora usada por Paddock, frise-se, tem acesso altamente restrito, permitido apenas para fabricantes licenciados, policiais e militares.
Para o curitibano Nicholas Marshall Micaloski, o massacre de Las Vegas foi uma quase tragédia. De férias, ele tentou comprar ingresso para o festival de música country. Estavam esgotados. Escapou do massacre. Uma sorte que mais de 500 pessoas não tiveram no domingo à noite.
O dia de Aécio
O Senado deve votar hoje, em regime de urgência, o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) determinado pelo STF. O caminho óbvio é o tucano ter o mandato mantido pelos pares. Nada óbvio é a defesa mais veemente de Aécio ter partido do PT, não do PSDB, como mostra Evandro Éboli.
Enquanto isso, Edson Fachim mandou para a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, o processo que decidirá de quem é o poder de afastar um parlamentar no exercício do mandato. Na Corte, o caso deve ficar para o dia 11. O Senado tem pressa.
Confissões de Moro
Sergio Moro ganhou prêmio da Universidade de Notre Dame pela atuação à frente da Lava Jato. A novidade foi o juiz federal conversar com a imprensa logo após a solenidade, algo raro. Moro falou sobre até quando vai a Lava Jato em Curitiba, a saudade de casos envolvendo traficantes e o que pensa sobre seu nome aparecer nas pesquisas eleitorais.
Mera coincidência
As doações para o Instituto Lula aumentaram quase o triplo em três anos. Se você está pensando que o salto foi patrocinado por construtoras investigadas na Lava Jato, acertou.
Vai falar... por escrito
Raquel Dodge quer ouvir Michel Temer no inquérito da MP dos Portos, embrião de uma terceira denúncia contra o presidente deixado por Rodrigo Janot. O procedimento é normal. Mesmo assim, foi elogiado pelo Palácio do Planalto, que não perdeu a chance de criticar o antigo PGR. Em tempo: Temer dará seu depoimento por escrito.
Lei Gilmar Mendes
O deputado Major Olímpio (SD-SP) apresentou um projeto que prevê a punição de juízes que atuem em casos envolvendo familiares e amigos. Para os laços familiares não há muita dúvida. No rol de amizades foi incluído ser padrinho de casamento, o que cabe sob medida para Gilmar Mendes. O ministro do STF mandou soltar o empresário Jacob Barata Filho e não se declarou impedido para tanto mesmo sendo padrinho de casamento da filha do magnata do ônibus no Rio.
Até que enfim
No Senado, tramita um projeto do senador Wilder Morais (PP-GO) que acaba com a progressão continuada, sistema que extinguiu a possibilidade de repetência escolar. Pelo projeto, só passa de ano aluno com um índice mínimo de notas.
Reorientação sexual
O "Sínteses" debate a decisão judicial que permitiu a psicólogos atenderem pacientes em busca de reorientação sexual - o que acabou erroneamente sendo disseminado como uma liberação para a "cura gay".
O psicólogo Aender Borba escreve que o Conselho Federal de Psicologia erra ao tomar como verdade única um discurso ideológico.
Desqualificar profissionais da área usando apenas este argumento falacioso da “cura gay” é, no mínimo, desonestidade ou, na melhor das hipóteses, incompetência.
O professor de Direito Lawrence Estivalet de Mello escreve que a liberdade científica não permite estudos preconceituosos, discriminatórios e anticientíficos.
Violar a vida privada para propor tratamento falso e estelionatário é ilegal, fraudulento e deve ser repudiado por todos que levam o direito a sério.
Publicano na encruzilhada
Catarina Scortecci explica que a Operação Publicano chegou a um ponto crucial. O processo subiu para o STJ por causa da citação ao governador Beto Richa. Na força-tarefa que conduzia os trabalhos em Londrina há o temor de quebra no ritmo das investigações.
Voo solo
Plauto Miró (DEM) seguirá sozinho como autor do projeto que reduz área de proteção ambiental da Escarpa Devoniana, nos Campos Gerais. Luiz Cláudio Romanelli (PSB) retirou seu nome da proposta, foco de debate acirrado entre ambientalistas e setor produtivo, e aconselhou Miró a fazer o mesmo. Não foi ouvido.
Olho na reforma
Fernanda Trisotto indica seis mudanças para as empresas que serão provocadas pela reforma trabalhista. Bom ficar atento para não correr o risco de tomar multa.
Atentos até demais estão os sindicatos. Centrais estão correndo para aprovar impostos sindicais que atinjam todos os trabalhadores e com percentuais superiores a um dia de trabalho. O imposto obrigatório será extinto com a nova legislação.
Olho na previdência
A reforma da Previdência (se sair) fez você pensar em abrir um plano de previdência privada? Aqui estão alguns cuidados fundamentais para não se meter em roubada.
Não vai cair?
A inflação deve fechar 2017 a 3%, mas a taxa básica de juros ainda está em 8,25%. No editorial da Gazeta do Povo, analisamos este descompasso.
O mercado de crédito promove crescimento econômico quando há taxa de juros baixas e fundos para financiar investimentos produtivos e capital de giro para as empresas. Essas duas condições dependem de baixa dívida pública total e de superávit nas contas fiscais que seja suficiente para pagar os encargos da dívida. No Brasil, não existe nenhuma dessas condições.
Clube do (meio) bilhão
Lúcio Vaz mostra que a concentração de renda tipicamente brasileira se estende também ao setor notarial. Dez cartórios brasileiros concentram pouco mais de meio bilhão de receita. A maioria fica em São Paulo.
Próxima parada...
Em breve, os curitibanos que forem a São Paulo se sentirão mais em casa. Jaime Lerner assina o projeto "Centro Novo", encomendado pelo prefeito paulistano João Dória. Em entrevista exclusiva a Sharon Abdalla, Lerner disse que o projeto tem várias referências a Curitiba, inclusive um ônibus que se assemelha a uma estação-tubo.
Dez anos essa noite
O Paraná caminha fortemente para encerrar os dez anos de Série B e a noite de hoje será uma das mais importantes na caminhada. O Tricolor enfrenta o líder Internacional, às 20h30, na Arena da Baixada. Está nas mãos dos cambistas, dos colorados e dos sócios a quebra do recorde de público do rival. A festa? Não há dúvida alguma de que essa está garantida pelos paranistas.
Não é brinquedo, não
A contagem regressiva para o Dia das Crianças está em curso (por aqui, é diária e em vários turnos). Angélica Favretto lista dez ideias de presente que não são brinquedo.
Sobe o som
Vai pegar o carro para o trabalho ou para as tarefas do dia? Saiba que o que você escuta ao volante é determinante para o seu humor. Este é o resultado de uma pesquisa encomendada pela Ford à Universidade de Nova York e ao Spotify. Um dos frutos do material é uma playlist com 25 músicas ideais para dirigir. Que tal um test-drive?
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais